Pés
Estou doente! Estou confusa no momento, mas vou me lembrar que ninguém anda com os pés fora do chão. Seja como for, eu sei, pois já passei por isso, vai passar novamente. Costumo fazer promessas, mas elas nunca são cumpridas. Então aprendi que não devemos prometer eternidade se tudo for banalidade. - texto: "Pela terceira vez, e que seja a ultima" -
Que nunca me falte: você pertinho, abraço quentinho, vontade de chuva, dança nos pés, alma feliz, difíceis lições, sentido de vida, canseira passageira, cheiro de terra, privilégio de ter, saudades pra lembrar, lágrimas secas, sorriso verdadeiro, um amor de verdade, coração pulando, frio mansinho. Que nunca me falte um motivo pra sorrir e outro pra chorar, um que é pra aprender e o outro que é pra viver.
Todas as vezes que se sentires só, triste sem ter onde colocar os pés e com vontade de derramar uma lágrima, pare e de um sorriso, mas pensando em você mesmo, pois assim estaremos pensando na mesma pessoa.
Uma noite realmente quente...
Eu me sinto tão fragil...
Sem meus pés no chão...
O calor me sufoca, me faz respirar mais profundamente...
Sinto cada batida do meu coração...
Eu realmente não gosto do meu cabelo preso mas o calor é demais...
Sinto goticulas de suor escorendo em meu rosto...
São coisas tão pequenas como prender os cabelos, beber um copo de água e sentir o sabor, que nós da sentindo a vida...
sabor?
sim, sabor de vida...água é vida...
Eu uso sapatos n°35, que cabem confortavelmente nos meus pés,e só as vezes dão uma machucadinha. Mas eu já tive um sapato n°34, esses são quase impossíveis de usar, machucam demais, sem contar que quase não cabem no meu pé, eu tenho que fazer um esforço enorme. Mas depois eles machucam tanto, incomodam, apertam, criam bolhas. Eu não compro um sapato n°34 porque eu quero, mas eu vejo aquele sapato vermelho lindo na vitrine, e só tem o n°34, como não comprar? Mas depois ele me machuca tanto que faz eu não querer ter pé. É como se amor pra mim fosse um sapato n°34...
Se não pudermos caminhar com nossos pés, com nosso pensamento poderemos voar e chegar aonde desejarmos. A rosa é o premio para aquele que não teve medo de enfrentar os espinhos.
Por que eu não sou equilibrista, longe de mim, manter os meus pés colados numa superfície.
Prefiro pular cordas e roubar bandeiras: Eu sou teimosa!
Você é aquilo que eu chamo de amor, pois é a pessoa mais adorável que eu conheço. Você é a única pessoa que conseguiu tocar meu coração. Você é a minha vida. Te amo!
MATULÃO
Vivo das lembranças...
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi.
A florada no seu tempo
Escutei com displicência o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Remôo essas lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
A saparia escondida do maestro ensaboado.
Araras no topo jogando migalhas,
Que os bichos rasteiros
Comiam lembranças do chão.
Adoeço só de ver as estradas encobertas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise.
Quanto mais me disto desses lugares meus.
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naeno*comreservas
MATULÃO
Vivo das lembranças
De levantar do chão meus pés andarilhos.
Nessas investidas, quase muito eu vi...
A florada no seu tempo certo,
E vi errado o argumento dos homens
Duvidosos das chuvas, de língua seca.
Morro das lembranças
Eu apanhando do chão
Meu matulão cansado da estrada
E eu um homem desertificado,
Orado, rezado, benzido pelas sombras boas.
Cacho de alecrim, pra espantar mutuca,
E deixar um cheirinho
Que a gente logo abusa.
E de noitinha ouvir a sinfonia mais desencontrada
Da saparia escondida nas locas.
Arengas na estrada de cobra e lagarta,
Araras no topo jogando migalhas,
Que até eu, com a fome no estômago, alimentada,
Pegava e comia, essas lembranças do chão.
Adoeço só de ver essas estradas raspadas,
E um céu descoberto, nem uma nuvem que se pise
Quanto mais me disto desses lugares meus.