Pés
“Não quero viver como uma planta que engasga e não diz a sua flor. Como um pássaro que mantém os pés atados a um visgo imaginário. Como um texto que tece centenas de parágrafos sem dar o recado pretendido. Que eu saiba fazer os meus sonhos frutificarem a sua música. Que eu não me especialize em desculpas que me desviem dos meus prazeres. Que eu consiga derreter as grades de cera que me afastam da minha vontade. Que a cada manhã, ao acordar, eu desperte um pouco mais para o que verdadeiramente me interessa.”
“Mesmo que acorrentem meus pés, amarrem minhas mãos, tapem minha boca, meu coração gritará por liberdade.”
Senta aí, me dê a mão, diz que me ama e finge que tá tudo bem. Entre, limpe bem os pés antes de vagar nesse meu coração vagabundo!
A distância nos causa uma saudade boa de ser sentida. Longe ou perto o que importa é saber que a pessoa que amamos está bem, é só questão de tempo para revê-la. Mesmo quando estamos distantes uns dos outros, os nossos corações tem o poder de nos aproximar através das lembranças. O que importa é a existência do outro para que possamos sentir a falta dele e depois termos o poder de matar toda essa saudade ocasionada por ela. A saudade dói, e muito, quando amamos aquele que Deus já recolheu.
De repente tudo fica sem sentido o chão some dos meus pés fica tudo tão vazio um mundo sem cor, pra de repente alguém chegar e fazer tanta diferença recuperar sua alto estima te alegrar e depois ir embora com um sorriso no rosto sabendo que fez sua missão de fazer vc sentir dor pra aprender a viver por isso sempre digo as vezes a dor é a maior disciplina da vida, viver nao é facil...
E com os pés no chão e cabeça no mundo da lua, vou seguindo o meu trajeto, pensando na vida, tentando entende-la...
Eu ficava confusa, me sentia uma intrusa, eu só queria desaparecer. Não entendia o porque de uma pessoa me fazer tão mal, pudesse me fazer tão bem, com ele eu sentia frio, eu me sentia quente. Eu tentava dar um sorriso, até ele estragar tudo, mas porque diabos horas depois lá estava ele tentando me fazer sorrir? A minha vida nunca esteve tão confusa, tão difusa. De um lado eu rezava para que ele ficasse longe, afinal, eu tinha amor próprio! Mas porque será então que toda vez que eu colocava um pé para fora do apartamento, lá estava eu imaginado mil lugares onde poderia encontra-lo? Eu disse que ia desistir, mas eu também nunca fui muito de tentar, sempre gostei de deixar tudo como está. Sou comodista, uma grande artista da preguiça, falo mais que faço, e faço menos do que preciso. Eu que sempre fui considerada a grande contradição, a pura confusão, e me deparei logo com um campeão dessa colocação. Já cogitei a possibilidade de uma continuação, afinal o dia e a noite fazem parte do mesmo mundo, porque eu e ele não? Eu já tentei de tudo para me desfazer, mas de tudo eu consegui menos de você… Eu me perguntava qual era seu problema, você dizia que era eu, e eu não entendia, tudo que eu fiz foi fingir que existia. E ta aí o problema, eu sou um dilema, uma inconstante, enquanto você sempre tão certo e tão distante. Criticava até a caneta que eu escolhia, dos filmes, livros e tudo que eu dizia. Roubava minhas coisas, roubou até a mim mesma. Eu já disse, não toque em mim! Eu já disse se afaste! Faz parte. Tudo faz parte. Lamento pelo seu estado, lamento pela sua loucura. Lamento por sua personalidade invasiva, e por seu critério existente, lamento por mim, que fui me sentir confusa logo por um cara que tinha uma personalidade tão difusa. E não fique achando que eu lamento de tudo por você, afinal eu te dei tudo, e você, não me deu nem um terço do que eu merecia ter.
Meu destino não é tem os pés no chão, meu destino é viver nas alturas, voando como um pássaro, é de viver em constante liberdade, sem endereço fixo, é de voar como um anjo, levando alegria e emoção, pois meu coração é feito de Intensidade.
“E eu juro. Eu juro de pés juntos que eu não acredito nessa besteira de “contos de fadas”, nessa besteira de “finais felizes”. Eu juro, eu olho nos seus olhos, juro pra mim mesmo que esse friozinho na barriga não é nada demais. Que esse coração acelerado não significa nada. Não pode significar nada. Pode?”
Como Jesus demonstrou-lhes Seu amor? Lavando seus pés sujos, tomando o papel de um escravo, fazendo o que era desagradável - o que era sacrifício. Amar ao próximo não é sentir impulsos emocionais. É servir. Quando sacrificamos voluntariamente o que queremos, pelo bem do próximo, quando escolhemos suprir a necessidade de alguém em vez de satisfazer nossa própria necessidade, então, realmente amamos (não importa quais sejam nossas emoções). É isso que Deus espera de nós. O Apóstolo João resume o amor como chave para o crescimento espiritual com palavras simples e conhecidas: "Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade" (1 João 3:18).
O peso do mundo decai sobre aqueles pobres ombros, cansados como os seus pés.
Caminhou o mundo atrás de uma resposta, e nem se encontrar, encontrou.
“Viver grandes emoções nos faz tirar os pés do chão e conhecer lugares diferentes. Mas quando colocamos novamente no seu devido lugar, percebemos que ninguém e nada substitui o amor-próprio”.
"Aprendemos a ser autênticos a medida em que percebemos que é impossível agradar a todas as pessoas, e passamos a agradar a si mesmos."
Debaixo desse céu, com os pés nessa terra, há pessoas que sofrem pela ausência de condições existenciais minimas, sejamos mais humanos e menos acomodados com as enfermidades que assolam o mundo, façamos com que o conformismo a coisas eminentemente desprezíveis não encontrem conforto em nossa vida, é tempo de nos sensibilizarmos com absurdas desigualdades socialmente aceitas, de reivindicarmos um dia melhor à todos indistintamente, deixemos de lado a soberba que nos torna incapaz de estender a mão aos que necessitam da nossa mais sutil ajuda, é tempo de contribuir significativamente para a construção de um mundo que pode e deve ser melhor, façamos a nossa parte.
ESCONDE-ESCONDE
Tempos idos,
tempos de pés no chão e bolinha de gude...
Oh saudade de ser criança!
Mas a criança em mim não morreu
só se escondeu dentro de mim.
Quando eu tento acha-la procuro em meu coração
onde guardo lembranças de um menino
levado sapeca e muito curioso.
Agora sendo homem feito não canso de procurar
em mim essa tal criança e sua ingenuidade.
Quando a acho sinto-me feliz
porque foram tempos bons tempos
onde essa criança corria riscos incalculáveis,
mas essa criança vingou e virou homem.
No final brinco de esconde-esconde com essa criança
e finjo que não sei onde ela se esconde!
Eu insisti.
Não nasci pra ter os pés não chão.
E escolhi aceitar.
Para cada sim, uma solidão, um avesso.