Pés

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EU APRENDI
que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha;

EU APRENDI
que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;

EU APRENDI
que ser gentil é mais importante do que estar certo;

EU APRENDI
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;

EU APRENDI
que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;

EU APRENDI
que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;

EU APRENDI
que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;

EU APRENDI
que dinheiro não compra "classe";

EU APRENDI
que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;

EU APRENDI
que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada,
compreendida e amada;

EU APRENDI
que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

EU APRENDI
que ignorar os fatos não os altera;

EU APRENDI
que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

EU APRENDI
que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;

EU APRENDI
que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

EU APRENDI
que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

EU APRENDI
que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

EU APRENDI
que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

EU APRENDI
que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;

EU APRENDI
que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;

EU APRENDI
que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

EU APRENDI
Que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

H. Jackson Brown Jr

Nota: Trechos do livro "The Complete Live and Learn and Pass It On" de H. Jackson Brown Jr. O texto é muitas vezes atribuído, de forma errônea, a William Shakespeare.

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Se algum dia alguém te olhar dos pés a cabeça e rir... lembre-se que a maior honra para um gênio é a risada de um idiota.

Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre.

Desconhecido

Nota: O pensamento é atribuído a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés
de uma pessoa mais velha; Que quando você está amando dá na vista; Que ter uma criança adormecida em seus braços é
um dos momentos mais pacíficos do mundo.

Porque eu só preciso de pés livres, de mãos dadas, e de olhos bem abertos.

O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeita audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância.
Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes.
A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura.
Às vezes é preciso recolher-se.

Não consigo molhar os pés apenas
eu mergulho e só paro quando me afogo
eu me queimo e só paro quando derreto
eu me jogo e só paro quando me param.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Cartas Extraviadas e Outros Poemas. Porto Alegre: LP&M, 2010.

Mantenha os olhos nas estrelas e os pés no chão.

Quero fim de ano, pés descalços na areia, a brisa do mar, fim de tarde tranquilo, música boa, sem relógio, despertador ou qualquer coisa que me mostre o tempo passando. Quero sair de noite, olhar pro céu e ver estrelas, ter tempo pra ver como a lua é bela, observar pessoas, rir, chorar, pensar, viver, cantar, sentir. Preciso de um tempo, preciso me reencontrar em novos caminhos e preciso disso agora...

A sorte me acompanha, tenho corpo fechado à inveja, a intriga não me amarra os pés, sou imune ao mau-olhado.

Jorge Amado
Navegação de Cabotagem

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Desconhecido

Nota: O pensamento é atribuído a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.

Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.

Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.

A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "Amor Epidérmico" de Martha Medeiros.

Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Eles secam as lágrimas, vou ali ser feliz e não volto.

Pense que eu cheguei de leve, machuquei você de leve, e me retirei com pés de lã. Sei que o seu caminho amanhã, será tudo de bom, mas não me leve.

Porque eu sou feita pro amor. Da cabeça aos pés.

Se um dia, já homem feito e realizado, sentires que a terra cede a teus pés, que tuas obras desmoronam, que não há ninguém à tua volta para te estender a mão, esquece a tua maturidade, passa pela tua mocidade, volta à tua infância e balbucia, entre lágrimas e esperanças, as últimas palavras que sempre te restarão na alma: minha mãe, meu pai.

Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto.

A filosofia de uma pessoa não é melhor expressa em palavras; ela é expressa pelas escolhas que a pessoa faz. A longo prazo, moldamos nossas vidas e moldamos a nós mesmos. O processo nunca termina até que morramos. E as escolhas que fizemos são, no final das contas, nossa própria responsabilidade.

É aquela vontade danada de andar de mãos dadas durante o dia e de pés dados durante a noite.

Pelas plantas dos pés subia um estremecimento de medo, o sussurro de que a terra poderia aprofundar-se. E de dentro erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo.

Clarice Lispector
O lustre. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.