Pés
E então, resolvera caminhar até aquele local e plantar seus pés por lá todos os dias, não pensara duas vezes. Beleza majestade em face e brilho vívido no olhar, me encantaste com os mais suaves traços e apreços. A partir dali não era mais; vivera naquele tempo. E assim se fez por dias enlaces e esboços floridos de seu perfume, uma vida por um momento.
Cada passo poesia, traço fulgente e convergente de meu ser. Sua esmera presença encontrara meu ritmo; forjara a ferro sua marca para sempre ficar, e desde então me fizera amar assim. Seguia seus passos entre laços sem volta, meu par. Um rubro cintilante, coração pulsante que não quer mais parar: Você foi e sempre será o motivo a me inspirar.
Seu perfume em minhas vestes, eterna lembrança em meu coração que anos se passam e continuo sentindo um vão. Essência que inebria e liberta, aviva e motiva, perdi-te para sempre em ocasião. A inocência à porta de um primeiro amor que não volta, que se perdeu. Sonho com este amor desde então, que vive aos cantos e desencantos dentro de meu coração.
Em memória de meus treze anos.
A saudade mais dolorida é aquela que sentimos ao olhar para alguém e não reconhecer mais nela a pessoa pela qual nos apaixonamos. Eu acho até que é mais do que só a dor da saudade, é a própria dor do luto por amar alguém que não existe mais.
A SACOLA DA SAUDADE
Era um peregrino de pés a caminho
De um santuário que ele inventara
Em trovoadas da vida dura que achara,
Agora em destino de copos de vinho.
Carregava na sacola o seu tesouro
Ganho em tantas horas de penar,
Não eram pérolas, jóias nem ouro,
Somente imagens antigas do seu amar.
E lá ia o vulto cambaleando na estrada,
Falando sozinho num dialeto seu,
Que só o entendiam as aves do céu.
Às tantas, exausto, na berma parou,
Tirou da sacola o seu tesouro e chorou,
Beijando a imagem da mulher amada.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 09-01-2024)
PEDE UM CACHIMBO
Domingo, café e leite
Pedem cachimbos em pés
Para o máximo deleite
Nas redes da sua mulher.
Ton Jófer.
É errado confundir
O grau de instrução
De uma pessoa
Com a sua educação
Pois existem certas
Pessoas Intituladas doutores
Sem educação nenhuma.
Assim como também existem
Pessoas analfabetas
Doutoradas em educação.
Pegadas
Com o corpo cansado
Precisando de apoio
Coloco os pés calejados na areia
Olho para a lado
Não vejo ninguém
Estou andando
Não sei como ainda ando
Não sei o que me sustenta
O cansaço é grande
Mas ainda tenho forças
Estou de pé
Não há ninguém comigo
Eu penso...
Ninguém se importa
Ninguém me ouve
Simplesmente estou só
Chego ao final da caminhada
Venci mais um desafio
Venci mais uma batalha
Venci...
Olho para o que ficou
Vejo apenas pegadas
Minhas pegadas
Pegadas firmes
Sinto no coração, refrigério
Sinto paz...
Há uma presença divina
É Ele ao meu lado
As pegadas... as minhas
Não eram tão firmes!
As Dele sim!
Em um vale abundante
Dos anjos caídos
Aos seus pés perante
Talvez a um abismo
A bondade distorcida
Da verdade
Aos poucos sendo moldada.
Invisível aos olhos da humanidade.
O frio dos teus olhos te levará a perdição
Junto com este pobre mundo.
Cheio de ambição
Que logo encontrará o inferno profundo.
Eu como você, ali estará alguém
Nós esperando no setealem.
Evite mergulhar
Ponha os pés
Estude e veja se é profundo
Não há motivos para que tenha pressa
Caso opte por ter, pode mais uma vez
Mergulhar
Numa poça pensando ser mar.
As dúvidas do caminho pregam as certezas do amor
Mas com a coragem vou seguindo
Com os meus pés descalços sinto dor
Umedecendo as minhas expectativas
Vou matando a minha sede
E se realmente vale a pena só vivendo ao que procede;
Para ser um líder não é necessário que o mundo ajoelhe-se ao seus pés, basta ter humildade e caráter que uma multidão o seguirá.
Que meus pés levem-me por caminhos sempre do bem;
Que meus pés levem-me a lugares onde eu possa
tocar sua alma; seja com palavras, gestos ou pensamentos.
Que eu sinta a doçura e a leveza da sua gratidão.
Que eu transforme toda essa energia positiva
que cerca-me e devolva à você,
deixando-te mais forte e confiante de si mesmo.
Minha essência é essa, minha gratificação
é saber da sua existência.
Flávia Abib
A delicia de seu sorriso mais o esplendor do seu universo, me algemaram nos pés deste imenso pedestal irremovível que no topo ampara uma grande luz, significando esperança de que a qualquer momento eu possa ser acolhido pela sombra de seu baluarte, que me afasta das mais profundas trincheiras que me separam dos teus pensamentos e me inibem de participar dos seus ocultos segredos.
Filha das águas, Caminha no mundo onde os pés falha.
Pulsa dentro de si, uma sereia menina, mulher a qual a sua alma cativa.
Com os seus colares de pérolas se apresenta em noites de luar.
Observando as ondas do mar, eu encontrei os 50 tons em seu olhar.
Purifica a sua alma e faz amor, nas águas de uma cachoeira.
Meu amor eu, te peço, me lança um encanto para que em cada canto do teu mundo eu, contigo, possa ficar.
a névoa fria tampa os ouvidos os dentes ranjem almentando o eco
os pés tocam o chão com ossos de vidro estou no labirinto.
A Passagem secreta.
Pés descalço correndo gritando feito louco pela rua em cada olhar sorriso a felicidade reinava. Para nós felicidades se resumia em acordar e logo pela manhã usar a imaginação para explorar o inexplorado o desconhecido.
- Hoje temos que abrir trilha e acessar o portal da passagem secreta, dizia Dinho.
Na cerca que fazia divisa para o sítio colocamos uma moldura de espelho grande, com o tempo a cor da madeira havia se desbotado.
- Moldura gigante é essa? Dizia Dinho.
- tive uma ideia, vamos cobrir a moldura com uma cortina velha que servirá como portal, e tem mais hoje precisamos entrar pelo portal.
- É muito arriscado correr o risco de ficar presos igual os personagem da Caverna do Dragão, falava Roro.
- Quem será o primeiro a entrar se obtivermos êxito na abertura do portal?
Todos me olharam e começaram a rir, percebi que meu reinado de cobaia não havia terminado. Aproveitamos a natureza para o improviso; um balanço em galho de árvore, naves no pé bananeira, em posse de estilingue nos aventuramos no cafezal, bosque de Santa Bárbara. Um dia nossa manhã ficou mais iluminada fugimos um pouco da monotonia ouvimos cantos misteriosos próximo do rancho. Mais que depressa fomos observar para qual direção voavam os pássaros, corremos para o pântano e fomos rasgando espinhos e taboa no peito despreocupados com os perigos de insetos e animais que aquele habitat oferecia...
- Eles são lindos, exclama Roro.
- Está delirando, Eeeeee um simples ninho com filhotes de marreco d'água.
- Temos que guardar segredo, dizia Dinho.
Pela primeira vez em anos percebi que nossa amizade corria sério perigo pois como a matemática é uma ciência exata não havia possibilidade de realizarmos a divisão justa. Dinho com a língua para fora iniciou uma provocação sentamos e após horas de negociação resolvemos chegamos a um consenso, de semana em semana os filhotes trocam de casa e cuidados.
O acordo foi justo conseguimos uma gaiola e fizemos um ninho já na primeira noite de cuidados com os filhotes quando me preparava para o mesmo ritual de dantes senti uma certa preguiça e acreditei que um noite sem aquela monótona rotina não faria diferença, dentro do casebre só ouvia barulho de grilo e coruja , sempre fui compenetrado em tudo que faço mais para minha surpresa este dia quebrei o protocolo e a exaustão falou mais alto estava estampada em meu corpo, nós animais racionais sempre somos assim "valentões" kkkk não tememos o breu da noite, uma barata voadora, uma noite chuvosa com raios e trovões, vultos na rua receio de encontrar uma alma penada, se é que existe espírito ruim RS RS , na madrugada a minha imprudência trouxe uma certa surpresa na madrugada ouvi barulho na escada, lembrei que era um aventureiro destemido e reprimi minha mente, o meu sexto sentido o barulho nos degraus persistiu pensei em abrir um olho mais me contentei que era apenas um sonho na casa só ouvia som de respirações anunciando um boa noite de sono por outro lado eu estava inquieto o meu espírito me alertava não podemos ignorar esses sinais comecei ficar impaciente na cama quando ouvi gritos na cozinha mais que depressa corri em direção ao sinistro para minha surpresa a porta que da acesso a escada estava aberta vi um vulto no último degrau peguei minha arma e subi correndo igual um louco quando o vulto correu en direção a capoeira ouvia os pio pensei em atirar mais não tinha certeza se ia acertar o alvo queria acordar e pensei subir no telhado também mais com estou acima do peso kkk voltei para sala abri a porta e portão de madeira sai como um luz corri meio quarteirão descalço e o meliante correndo sobre os telhados no meio da quadra ele foi inteligente pulou de um telhado para o outro tive que dar a volta na quadra corri já ofegante e com alguma esperança de encontrar o entrei na mata procurei e para minha tristeza o felino do Dinho fez sua refeição, comeu os filhotes que estavam sobre meus cuidados.
Pela manhã, logo cedo resolvi procurar os restos mortais, mais depressa fui a casa dos meus amigos e com um sorriso os avisei que uma gata havia jantado os filhotes. No portão disseram que íamos vingar a morte dos passarinhos,
me vesti e fomos caçar os restos mortais e para minha surpresa Dinho gritou:
- A ratazana, exclamou RO.
Mate-o logo - disse Dinho?
Um dia maravilhoso, na rua encontrei o gato caçador, olhei para um lado e para o outro, esperei na tocaia e vi o felino entrando em uma construção inacabada e percebi que toda caça ele devora dentro da casa. Não fui à escola e descobri que a fêmea tinha filhotes.
Gilson de Faria.
15/02/2021
O Amor nos deixa feliz em todos os momentos.
Com JESUS no coração os pés se tornam ligeiros na prática do Bem.
Quando o mundo parecer desabar ao meus pés, eu continuarei olhando firme para aquele que o criou, e assim seguirei destemido a minha jornada.