Pés
Eu acredito que tem gente que nunca subiu num palco e respeita MUITO mais a dança do que algumas pessoas que vivem nele.
Enquanto os jovens da contracultura americana colocavam os pés na estrada, os da América Latina punham a cabeça a prêmio.
Me quebro
Me corto
E sangro
Com meus próprios
Pedaços
Ando aos pés descalços
Me corto
E sangro
Com os pedaços
Que deixei no chão
Às vezes vejo pedaços
Me jogo à seus pés
Me quebro
Me corto
E sangramos
Somos iguais
Não tenho toda a força
Vivo em tentativas
Sob minha pressão
Estou em minhas próprias mãos
Cortadas, quebradas ou não.
Pisando na areia já não sinto os pés
Sinto apenas meu corpo tomado por alma
As ondas que teu dançar me traz
Hipnotizam-me e me trazem a paz
Meus pés já não tocam o chão
Já estamos os dois
Alma e corpo
Em seus braços clamando pelo teu seio
Alimente-me de luz
Mãe generosa de amor
Seque minhas lágrimas
Troque-as por água do teu mar
Me faça dançar em tua maré
Me ensine de que maré é feito meu amor
Teus olhos morenos de mar
Teu canto, meu canto, meu olhar
Me conte porque tenho o mesmo olhar
O teu olhar com encanto
Encanto da sereia
Venho a areia pra clamar
Ó minha mãe me leve pro teu reino
Pois só me entregando a ti
Posso me entregar a mim
Odoyá
Pra voar tem que se jogar. Pra ser firme, tem que fixar bem os pés no chão. A teoria do equilíbrio é até fácil de ser interpretada, mas e a prática? Tem que saber dosar.
Hoje meu orgulho é sadio. Não me convém arriscar em algo sem garantia nem em fatos distorcidos. Incluir limites é ótimo mas as vezes é necessário sair um pouco da razão pra ver se realmente ainda vale a pena certas coisas. E nem sempre vale
Apaixonei-me por um anjo, a mais bela das flores
Sem perceber, já encontrava-me ao seus pés
Surpreendente, meu coração acelerou o ritmo
Impossível resistir a tanta formosura
Minha mente perde-se no seu sorriso
Admito, Amo-te e como amo-te!
Porém, chega um dado momento da nossa vida que querendo ou não, arriscando-se ou estando com os pés no chão, quase grudados até, pulando de um arranha- céus sem para-quedas ou se sujeitando aos maiores sofrimentos em prol de uma felicidade eufórica, desejada e estonteante,
chega este momento que inevitavelmente você passa novamente a confiar , a se apegar, a compartilhar, a voltar a dormir não mais e simplesmente para descansar mas para sonhar, por saber que estes sonhos podem um dia se tornarem realidade.
Você aos poucos passa a construir este coração despedaçado e passa a preencher a mala com coisas novas, pessoas, sentimentos, planejamentos.
Tudo novo, de novo.
Passa a voltar a viver, a acordar para a vida , a antes de esperar, fazer acontecer, a antes de amar alguém, se amar, a antes de esperar pelo futuro incerto, viver o presente.
O sertão e o meu corpo
Caminho, sem pressa,
Por uma, longa e tortuosa, estrada.
Meus pés já não suportam a dor,
Os cortes, os calos,
Pois a terra é firme
E meus pés, fracos,
Não resistem a tamanho impacto.
Terra seca, empoeirada,
Vegetação arbustiva,
Árvores espinhentas, sem vida,
Sem água, sem nada,
Mas que apesar da triste arquitetura,
Conserva rústica beleza,
Traz sentimento de compaixão,
Cansaço e ao mesmo tempo, ternura.
De repente as nuvens amontoam- se,
Despejando sobre a terra seca,
Gotas frias, figura grotesca,
Gélida, sombria.
Cada gota açoita minha pele,
São chicotes impiedosos
Que marcas tão profundas,
Hematomas causam à minha pele,
Já que de um ambiente tão seco,
Água tão aguda,
Relva, grama, vida, nada cresce.
Portanto, aos poucos, as escassas flores
Que a fina chuva cresceu,
Vão morrendo, desgastando, fenecendo...
Seja criança quando precisar, mas não viva em um mundo de fantasias, pois a realidade requer pés no chão.
Não e Fácil desistir das pessoas que a gente Ama,Mas as vezes e Necessário, Porque nem sempre as pessoas que a Gente
Ama .São as que vão Nos fazer Felizes.
Nunca vivi meio amor, meia vida ou meio sentimento, pois pode sujar e sabão está caro;
Vivo de pés no chão para então viver e conhecer tudo por inteiro, pois sabonete é bem mais barato;
O que move seus pés e te faz trilhar por algum caminho? Sua vontade, sua certeza, influência, interesse, sentimento ou simples curiosidade?
O que faz abrir seus lábios e dizer palavras doces que não estão em lugar nenhum dentro de você? O que mantém seu rosto sereno e pálido ao contar uma mentira? Não te atinge de nenhuma maneira ver que você pode estar fazendo mal a outra pessoa?
De onde sai a sua força de vontade pra levantar depois de uma queda e se esforçar para colocar um sorriso no rosto? Vale a pena? Adianta lutar por uma felicidade que você nem sabe se realmente existe? Quantas pessoas você já ouviu dizer que são felizes? Poucas? As pessoas só sabem reclamar, cada um de nós - e você também - não tem consciência da preciosidade da vida que temos. Preciosa pra quem? Esta não é uma boa pergunta, ninguém se importa com você a ponto de abrir mão de qualquer coisa. A sua vida é preciosa pra você. Não por que o mundo seja maravilhoso ou por que a vida seja linda, longe disso. A sua vida é preciosa pra você, por ser a única coisa realmente tua. Você vai passar quanto tempo dela reclamando? Você já sabe que ninguém merece nada, pois nunca vão reconhecer nada, e quer saber? Nem você. Você é tão imperfeito quanto todos os outros. No fim, de qualquer jeito, você vai acabar com a sua vida, nunca vi alguém que saísse dela plenamente satisfeito. Nada vale a pena, tudo causa dor.”
Nem mesmo preso pelas mãos e pelas minhas pernas e pés, amarrados, foram suficientes para deixar de esboçar um sorriso escondido enquanto o senhor do engenho teimava em gritar e a marcar em minhas costas o seu destempero e a sua brutal ignorância. Já percebia as mãos daquela linda mulher que começara a puxar meu espírito para o alto, desprendendo-me daquele corpo mal tratado, fétido e queimado pelo sol dos dias passados. Nem mesmo as pesadas correntes puderam me segurar mais ali...
São vários os passos e diversos os caminhos, sendo que a variável comum serão os pés que irão caminhar.
Devemos voar com os pés no chão, porque se alguém vier e cortar nossas asas não vai existir tombo e sem tombo a gente não quebra a cara.
Pés
Afora estes pés outros pés,
milhões de passos...
Pés macios e calejados,
feios, bonitos,
diferentes, amortecidos,
lentos e apressados.
Pés idosos, milenares,
fincados na terra mãe
e outras terras densas...
Pés sutis, voláteis,
vagando outros lugares,
provocando emoções...
Por ora, examino a realeza e a bruteza
dos pés calçando este caminho
entre a diversidade de sensações.
Estarão sempre buscando levezas?
Sim... não?
Sua vida... perdida.
Somente despedidas,
seus pés se negam encontrar uma saída.
Sua vida... desprotegida,
sempre becos sem saída.
Sua vida... de vida despida,
completamente invertida.
Sua vida destruída.
Como a morte,
uma vida de vida destituída.
Eis a sua sina: total falta de sorte.
Eu danço, como as folhas que caem no caminho
Como o dia, que no horizonte se encerra
Os pés descalços tocam devagar a terra
A boca doce, ainda com o gosto do vinho