Pés
Sentei a cama e pus os pés no gélido chão. Aquele choque me levou a cabeça lembranças de dor, de cor escura, de flor murcha de paixão. Era mesmo a hora de chorar o orvalho da manhã, as mãos elevei aos olhos como forma de aparar aquela chuva que molhara minutos depois meu travesseiro, meu abraço molhado fez baixar a poeira árida, hostil, que meu coração por hora agitava e por isso sufocava.
Naquela manhã, naquelas lembranças, naquele choro, a dor dissipou logo uma mão me veio a cabeça fez um carinho, me chamou de meu, de meu amor, me levantou puxou a cadeira e o café ali aprontou.
Alimentei as tremulas carnes fracas de amor com um poema e uma canção da gente. Escrevi na mesa que agora tinha um corpo suado, sem cheiro de pudor, uma carta sem remetente e ali já não mais separava, o amor da nova corrente.
''Eu me esqueci de tudo e de todos aqueles que esfriavam meu coração. Sorriso no rosto, dois pés no chão e coração mais limpo que nunca.''
Uma mente habitada por bons pensamentos
Sempre terá aos seus pés um caminho pavimentado pela bondade
Não há causa perdida quando colocada aos pés do Criador. Não há vida irrecuperável para Deus. Ele liberta os encarcerados, levanta os prostrados, restaura os caídos e dá ânimo aos desanimados. Ele também pode libertar você, perdoar você, salvar você, animar você e usar poderosamente a sua vida.
Se uma lágrima talvez caísse dos meus olhos
Se um rio de lágrimas existisse em meus pés
Você construiria uma ponte para me ver sorrir?
A terra está se movendo
Mas eu não sinto meus pés no chão
Toda vez que você olha pra mim
Meu coração perde toda razão
Estou desperdiçando meus sentimentos em você
Sei que nunca vai perceber
Eu olho para a foto em minhas mãos
Nela esta meu coração
Dando meu melhor para entender
Eu queria realmente saber
Como fiz pra te perder?
Uma arte na vida que os covardes não compreendem, vivemos com os pés no chão e finalizamos quando necessário;
Quando damos nosso primeiro passo firmamos os pés no chão e seguimos em frente de cabeça erguida e não importa quantas vezes caímos, levantamos sem hesitar e com um sorriso no rosto, porque não manter esses hábitos durante toda a vida?
Quando tiver a chance de pisar em vocês nao o farei pois meus pés são muito puros para pisar em porcarias
Não deixe morrer a alegria, que ao longo dos anos
com os pés descalços e suor escorrendo pelo rosto, fez-se existir...
Os méritos das suas conquistas são eternos...
Pés cansados e coração dolorido, porém com esperaça que assim como as flores florescem ao amanhecer e exalam seu bom perfume, creio que tudo isso irá passar, eu sei que vai, por mais que a manhã demore a chegar, mas vai chegar.
E se este sentimento for pecado, que eu seja crucificada
E que aos pés da cruz esteja escrito palavras doces com sabor de mel, flores amarelas e um sorriso molhado único
Um Lugar
De pés sujos, despenteada, roupa rasgada.
Foi assim minha infância, privilegiada!
Subia em árvore, ajuntava lindas pedrinhas,
Pedalava minha bike, brincava de casinha,
Modelava argila, nadava na represa, corria na chuva,
Fazia trilha, me enroscava em arame farpado!
Tinha pato, vaca, cachorro, galinha,
Porco, gato, coelho é o que mais tinha!
Cutucava o toro, e corria,
E ficava horas trancada na estrebaria,
No chiqueiro quase nem ia,
No galinheiro minha mãe me encontrava!
Era uma aventura ir a 20 km em cima do trator com meu pai,
E mais divertido ainda andar em meio a roça!
Cinco da manhã o relógio despertava
No escuro, na chuva, no frio. Não importava!
Pra estudar já devia pegar a estrada.
Chegava final de semana eu já sabia,
No sábado panquecas, no domingo churrasco,
Toda a família se reunia.
Vó, vô, tios e tias...
“Cristiane, Renan, Tainara, Jaqueline e Maiara”
Nós cinco brincava de casinha, e as vezes se desentendia!
Quando aparecia Willian e Vinicius, eu me surpreendia,
Eram meus outros primos que quase não via!
Pegamos sapos e besouros;
Durante as noites, corríamos atrás de pisca-pisca.
Lembro muito dos meus aniversários,
Comemorei sempre com minha mana,
Tinha bolo, doces, salgados, refrigerantes
Balão, presentes, amiguinhos e muita gente velha!
Minha irmã e companheira de tudo me protegia,
Eu, em agradecimento a agredia...
Mas ela sempre foi minha melhor companhia!
De minha mãe e meu pai, eu não entendia,
E disso eu não sofria.
Às vezes eu me escondia e eles se desesperavam!
Sempre havia um lugar onde eu me encaixava,
Pra brincar, pra chorar e sonhar.
Um cantinho só meu.
Mas enfim, eu era feliz...
Do meu jeitinho, e mais nada.
Pois não foi só o lugar, foi minha infância.