Pés
Há um rio formoso, abundante, que corre junto aos meus pés, e, eu tendo sede fui buscar água no deserto.
Prisão mascarada
Ruas postes, esquinas viradas.
Vejo cabeças, pés e mãos.
O que vejo são vãos.
Mascarados de graças baratas.
E liberdades santificadas.
De olhos afobados apontados.
Para os doces pecados.
De viver como se fossem vigiados.
E isso aumenta a fome, a vontade.
A desordem se faz.
Por querer demonstrar um cartaz.
Quando obviamente.
“O que é?” não se responde por si.
Natural é ir, vir.
E ser no estado de estar.
Demonstrar, acorrentar.
Soletrar, balbuciar, dá no mesmo.
Infelizmente ainda é uma criança.
Chora sempre alto, com a esperança.
De um prêmio, seria um biscoito?
Seria por que tem dezoito?
Anda contando os passos para mostrar.
A liberdade que tem ao andar.
Pobres são os que são.
E aqueles que se esforçam para estar.
No ato de apontar, remoer.
Planejar o libertar.
Esvair-se á toda a liberdade.
E desta forma de dentro para fora.
De onde eu vim pisei na grama logo conheci a lama em cada passada era uma farpa o sol secando e pés rachando uma boa foi o barro sujava e limpava rápido doendo senti uma lasca era pedra triturada era asfalto com pinche encharcada vida longa vida corrida vida andada
Amor é sensacional, já dor...
Dor é especial, muda de nome a cada parte do corpo...
Nos pés é caminhar, nas mãos é trabalhar...
No peito é amar, na cabeça... pensar!
No umbigo, nascer e na pele, viver.
Já na alma... é humilhar.
Ela é o tônico e o alarme de todos nós...
Atônitos ou ilesos, somos vitimas deste sentimento...
Sem dor não existimos, mas também somente com ela, morremos...
Dor é dor, significa trabalho, significa amor, significa vida!
Vida que te quero viva, quero de ti muitas alegrias,
Mas que nunca, nunca, nunca me falte esse majestoso sentimento,
A Dor...
A acompanhante especial
Tenho acompanhado muitas
pessoas e nenhuma delas
chegou aos pés dela.
Aquele olhar, aquele sorriso,
aquele abraço, aquele beijo.
Com certeza ela foi a melhor
acompanhante que eu tive.
Uma vez lembro-me dela
ter dito embaixo de uma
árvore depois de alguns
beijos que me amava.
Eu sorri e respondi perguntando,
- até quando?
Ela nunca entendeu essa pergunta.
Nunca disse pra ela o quanto ela era especial.
Algumas
Alguns pés,
algumas mãos,
todas com cheiro de
perfume caro.
Alguns olhares,
alguns contatos,
alguns beijos com
perfeitos encontros.
Algumas...
é impossível
lembrar destas,
foram algumas,
mas que marcaram o
meu pescoço com beijos.
Algumas deixara telefones,
algumas deixara marcas de batom,
algumas deixara saudade,
algumas deixara marcas no peito.
-pergunto a algumas, onde estão agora?
Quem pode entender seus próprios erros, (Salmista Davi)
Às vezes criticamos o comportamento das pessoas, esquecendo que muitas vezes estamos vivendo da mesma maneira.
Deus é o espinho para os pés do mundo, não te preocupes com os pés que te pisam, sorria e continue vivendo, sem esquecer que la de cima alguém zela por ti e tem morada em seu coração
NAVEGANTE
Voltei
Voltei com a alma liberta
e com asas nos pés
Precisei sair um pouco desse
mundo louco
Sair de cena e
voltar-me somente pra mim.
Tem dias que sou mesmo assim:
Um passarinho acabrunhado
Uma folha jogada ao relento
Uma borboleta escorada no vento...
Preciso debruçar silente na janela
da minh'alma e passear por entre
espinhos e alvoradas
desertos e estradas
becos e manhãs...
Fui...
Encontrei com pardais em êxtases
de suas preces
Vi borboletas fazendo rodopios
com seus encantos
Beijei o vento e soprei pra bem longe
qualquer tormento que ouse
pousar por aqui
Dei de cara com a beleza dos lírios
e encontrei os bem te vis melodiando
pazes tão sutis.
Ah... Estou tão feliz !
Tem dias
que preciso navegar fundo em minh'alma
e trazer a tona toda minha calma
Por isso fui
a me ser retirante em qualquer lugar
que cintile luzir
Nasci navegante
Livre
e com sede de beber mar anis
em meus afins.
O brilho do sol
Não se compara
Ao seu Sorriso
O perfume das flores
Não chega aos pés
Do seu cheiro
Não a nada
Que possa pagar
Ter a possibilidade
De te olhar
Os Pés de nossos Filhos
Desde o dia em que tu nasceste, eu criei a ilusão, dentro de mim, que poderia caminhar por ti.
Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranquilos e seguros.
Isso seria eternamente minha responsabilidade.
... e foi assim durante um bom tempo, caminhei por ti, para ti.
Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais se cansaria da caminhada, nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar.
De repente, o tempo veio me avisar bruscamente que essa deliciosa tarefa não faria mais parte dos meus dias.
Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus, daí quando eu menos esperava eles escorregaram e alcançaram o solo.
Hoje sou obrigada a vê-los trilhar caminhos nos quais eu jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só raríssimas vezes consigo.
Agora só me é permitido correr com os meus junto aos teus , e em certos momentos teus passos são tão longos que quase não posso acompanhá-los.
Atualmente, assisto aos teus tropeços sempre pronta para levantar-te das tuas quedas.
Por vezes tu me estendes as tuas mãos em busca de socorro, outras, mesmo estando estirado ao chão e ferido, insistes em levantar-te sozinho por puro orgulho ou para me provar que já és capaz de erguer-te após teus tombos e curar-te de tuas próprias feridas.
Assim vamos vivendo e sinto uma saudade imensurável daquele tempo que precisavas de mim para conduzi-la(o), pois era bem mais fácil suportar teu peso sobre meus pés, do que sobre meu coração.
No entanto, já consigo compreender como a vida é sábia.
Percebo, finalmente, que em algum momento tu precisaste mesmo desbravar teus caminhos independente de mim...
... como eu, é provável que tenhas que fazê-lo com mais alguns pés sobre os teus, os dos teus filhos.
Não, claro que não é uma tarefa fácil, mas se eu consegui, tu também conseguirás, porque plantei em teu coração o melhor e mais poderoso aditivo para que suportes tanto peso : o amor !
Dedico este texto aos meus filhos, aos amigos, e à todos os pais.
Autor desconhecido
Origens!
Fui lá, fiz da pedra meu assento, calcei meus pés descalços com lama,as espadas protegeram meu corpo, enquanto a terra endurecida me serviu de encosto, abrigo seguro para meu corpo. "
Reflexão diária 30/01/2017
De que adianta sua vaidade se não consegue que faça com que outras pessoas as enxergue, seja humilde, ai sim conseguirão enxergar sua beleza e seu valor através de suas qualidades.
Eu não choro por amor, eu lamento o amor que não se permitiu acontecer, pois como disse Fernando Pessoa, não há saudades mais dolorosas que as das coisas que nunca foram...