Pés
Que apóie nossos fatigados pés descalços ao fim de mais outras semanas de batalhas inúteis, fantasias escapistas, maus orgasmos e crediários atrasados.
Da esperança, a dor; o sentido oculto que move os pés; o desejo incontido de ver as estradas se transformando, aos poucos, em chegadas rebordadas de alegrias.
Ir; um ir sem tréguas, senão as poucas pausas dos descansos virtuosos que nos devolvem a nós mesmos. Idas que não findam e que não esgotam os destinos a serem desbravados. Passagens; páscoas e deslocamentos.
Eu vou. Vou sempre porque não sei ficar. Vou na mesma mística que envolveu os meus pais na fé, os antepassados que viram antes de mim. Vou envolvido pela morfologia da esperança; este lugar simples, prometido por Deus, e que os escritores sagrados chamam de Terra Prometida. Eu quero.
O lugar sugere saciedade e descanso. Sugere ausência de correntes e cativeiros...
Ainda que o caminho seja longo, dele não desisto. Insisto na visão antecipada de seus vislumbres para que o mar não me assuste na hora da travessia. Aquele que sabe antecipar o sabor da vitória, pela força de seu muito querer, certamente terá mais facilidade de enfrentar o momento da luta.
O povo marchava nutrido pela promessa. A terra seria linda. Nela não haveria escravidão. Poderiam desembrulhar as suas cítaras; poderiam cantar os seus cantos; poderiam declamar os seus poemas. A terra prometida seria o lugar da liberdade...
Mas antes dela, o processo. Deus não poderia contradizer a ordem da vida. Uma flor só chega a ser flor depois que viveu o duro processo de morrer para suas antigas condições. O novo nasce é da morte. Caso contrário Deus estaria privando o seu povo de aprender a beleza do significado da páscoa. Nenhuma passagem pode ser sem esforço. É no muito penar que alcançamos o outro lado do rio; o outro lado do mar...
E assim o foi. O desatino das inseguranças não fez barreira às esperanças de quem ia. O mar vermelho não foi capaz de amedrontar os desejantes da Terra, os filhos da promessa. Pés enxutos e corações molhados, homens e mulheres deitaram suas trouxas no chão; choraram o doce choro da vitória, e construíram de forma bela e convincente o significado do que hoje também celebramos.
A vida cresceu generosa. O significado também.
Ainda hoje somos homens e mulheres de passagens; somos filhos da Páscoa.
Os mares existem; os cativeiros também. As ameaças são inúmeras. Mas haverá sempre uma esperança a nos dominar; um sentido oculto que não nos deixa parar; uma terra prometida que nos motiva dizer: Eu não vou desistir!
E assim seguimos. Juntos. Mesmo que não estejamos na mira dos olhos.
O importante é saber, que em algum lugar deste grande mar de ameaças, de alguma forma estamos em travessia...
Vem cá e deixa eu bagunçar teu cabelo, ser tua motorista, e esquentar teus pés no frio. Vem cá me pegar no colo, me chamar de vida e atrapalhar meus estudos. Vem comigo pra eu rir da tua cara quando tu falar que tá bravo e falar que tu é lindo. Vem cá e se atira de cabeça, alma e coração nessa relação que tem tudo pra dar certo, e vai dar certo, que já deu certo, vem cá vem.
Seja o tipo de mulher que, quando seus pés tocam o chão a cada manhã, o diabo fala:
"Droga, ela acordou!”
A vida é muito curta pra empurrar o dia com a barriga...
Não acorde com arrependimentos ou mágoas...
Ame àqueles que te querem bem, que te fazem feliz
Se perdeu uma oportunidade não se lamente. Apenas siga porque outras virão
Acredite que tudo acontece por uma razão.
Se tiver uma segunda chance, agarre firme com as duas mãos.
Se isso mudar sua vida, deixe acontecer.
Ande depressa mas não perca a paisagem que o cerca
Perdoe rápido
decida
aja
Deus nunca disse que a vida seria fácil. Ele simplesmente prometeu que valeria a pena.
Por isso, quando for para amar que seja com calma
Beije devagar
E viva intensamente o melhor dos sentimentos.
Cada um dá o que tem, se tem rancor, inveja e raiva dentro de você é isso que você dará às pessoas mesmo sem perceber.
Afinal, se você não é o protagonista de seu próprio drama, é um figurante no de outra pessoa – e pode muito bem ser escalado para interpretar um papel triste, solitário e trágico.
Quem me dera eu fosse pó que rola na estrada e os pés dos pobres me tivessem pisando. Quem me dera eu fosse o burro do moleiro e que ele me batesse e me estimasse. Antes isso do que ser aquele que passa pela vida olhando pra traz, sentindo pena.
Amor no outono da vida
Abro meus braços para o mar
Sinto meus pés afundarem na areia molhada...
Um imenso mar azul está à minha frente,
Refletindo gotas douradas pelo sol e areia.
Pensei em ti nesse momento e agradeci
Pelos beijos úmidos de maresia,
Pelo abraço apertado a me proteger do vento,
Pela íntima conversa silenciosa dos olhos...
Passos perdidos em meu caminhar
Sinto a areia molhada e minha alma
Marcada pela paisagem...
Este momento tem sentido na minha alma,
Este momento tem sentido na minha vida...
Uma lágrima serena escorre pela face
Formando um secreto sorriso...
Passado o vento na tarde que se fez outono
Em minha vida, esvaneceram alguns sonhos,
Mudou o tema da poesia,
Muitas histórias para contar...
Envelheceram as linhas do rosto e do corpo.
Mas o coração solto, liberto ainda quer amar.
Lento e invasivo, o amor chega sem avisar,
Outra vez laço de abraço e o gosto de um beijo.
Nos desvarios das horas na praia...
Continuo meu passeio na areia molhada
Perdida na memória dos meus passos
Vou deixando as ondas para trás e
Sigo em tua direção para te encontrar
Além da estrada, além do tempo para
Viver este presente de amor...
Seja grato por tudo que você viveu até aqui, gratidão deixa a vida mais leve, te torna uma pessoa mais nobre e feliz.
As pessoas vivem dizendo que detestam falsidade! Mas daí quando você chega e fala a verdade as pessoas se ofendem. Logo chego a pensar que o ser humano AMA coisas falsas, adoram ouvir mentiras, porque a Verdade, ahhhh a verdade dói...
Deixe-me viver, caminhar com meus próprios pés e colher as consequências das escolhas que eu faço. Você não irá ser um mau amigo se me deixar correr esses riscos. Basta apenas que você esteja presente quando eu estiver chegando perto do chão. É só não me deixar cair.
Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
Pés para caminhar, objetivos para se atingir, livre-arbítrio, na busca de uma direção, ânimo, se por ventura fraquejar e uma fé, no coração, toda sua, para superar e prosseguir.
Meu herói foi o amor, vencendo tudo com mãos e pés pregados na madeira. Sendo assim tornei-me livre pelo amor. Uma expressão de amor me tornei, vivendo, assim, como um reflexo do próprio em atitude, e no coração carrego uma porcentagem, por isso nada de quem sou é meu e nem preciso ser eu. Quem não consigo ser, Ele será por mim!
Eva não foi feita de sua cabeça para não superá-lo, nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele, mas de seu lado, para ser igual a ele, de sob seu braço, para ser protegida, e de perto de seu coração, para ser amada.