Pérolas
Guarujá.
O sonho se tornou pesadelo, os porcos engoliram as pérolas e os bandidos executaram os mocinhos.
Somos uma cidade feia, de gente pobre, inculta e doente.
Todos os políticos que administraram a cidade enriqueceram , se prostituíram, foram presos ou ainda poderão ser.
A maioria tem seu patrimônio espúrio bloqueado pela justiça e administram o butim como fizeram os gângsteres, à bala.
As praias continuam lindas, mas aos poucos alguns quiosques as transformam em favelas sem esgoto e em abrigos da ilegalidade.
Breve precisaremos medidas como Unidades de Polícia Pacificadora tais quais às dos morros do Rio de Janeiro.
A classe média se esconde, no que restou de dignidade.
PÉROLAS AOS PORCOS
Quando li que Jesus disse:"Não deis aos cães coisas santas,ou enfeites com pérolas os focinhos dos porco,pois certamente as levariam à lama e voltariam pra te atacar"Mat.7;6
Fique um tanto quanto apreensivo,pelo fato de estarmos a um passo da "burrice" ao agirmos com "bondade"
Conclui que : Em muitas situações, é conveniente sermos severos,antes de sermos "bonzinhos"
Pérolas entre pedras
Caminhando no meu mundo cinzento qualquer resquício de alaranjado faz toda diferença.
Um ínfimo facho de luz transmuta a escuridão em penumbra.
Alegro-me, mas logo me decepciono.
Neste insulamento vejo que a escuridão ainda existe, apenas jaz camuflada.
Sigo em frente e sinto pedras sob meus pés.
Pérolas em meio a pedras logo são notadas, apreciadas e cobiçadas.
Mas a vida tem percalços plantados por mãos imprudentes, dementes, inconsequentes.
Recolho todas que me são possíveis carregar.
O caminho é longo, árduo e cansativo.
O peso do tesouro me atrasa, fatiga e desanima.
O caminho que precisa ser percorrido me espera, me confronta e faz-me decidir.
Descarto o que, apesar de belo, me sobrecarrega.
E as pérolas permanecem em meio às pedras.
Se as pedras preciosas fossem talvez não me entristecesse tanto deixar as pérolas pra trás.
Mas cascalho que é cascalho não se presta a iludir, fingir ou camuflar.
Pedra foi, pedra é, pedra sempre será.
E como uma ironia do destino que teima em me afrontar, a vida me mostra dia após dia que até mesmo as pedras se adornam com pérolas que eu não posso carregar.
Pérolas de uma Vida
Cada dia que passa sinto mais falta.. Falta de uma estabilidade ha muito inalcansavel. Cansada de tantas vezes me sentir perdida no mundo, e de me sentir incompreendida por tudo e todos.
Nao sou facil.. tenho feitio complicado. Mas quando olho a minha volta e vejo tanta loucura sem descriçao alguma, faço uma retrospectiva profunda daquilo que sou, e orgulho-m daquilo em que me torno dia apos dia.
Ao tentar um dia alcançar a perfeiçao sai a perder.. sofri, cheguei ao fundo do poço, senti o mundo desabar sobre mim, senti uma dor profunda agarrada ao meu coraçao como que uma lapa. C o tempo fui aprendendo a ultrapassar esse sofrimento constante que me atormentava a alma, e ergui-me de cabeça bem firme.
Tornei-m mais forte e resistente.. mta coisa que antes me tomava a segurança, hoje passa-m ao lado como que um promenor sem a minima importancia, mas ha uma coisa que ficou e ficara sempre.. a minha eterna sensibilidade. Ha coisas que nao consigo suportar sem sofrer desalmadamente, sozinha na escuridao do meu recanto sem que ninguem se aperceba. Preciso de paz, e neste momento nao sei onde a encontrar.. sinto-me como que perdida no meu mundo na escuridao profunda da noite.
Insegura..
Andreia Ferreira
Não jogue pérolas nem mesmo aos porcos (que, certamente, as merecem muito mais do que os humanos)! Deixem as ostras em paz!
O amor de sempre...!
As letras que escrevo choram... Pérolas...
Sentidas... Quais lágrimas que morrem no canto da boca...
Aonde caminham as canções perfumadas
Que arrastava além dos sonhos e risos...
Antes de se perderem no tempo...
Na loucura dos dias...
Então escrevo...
E sinto a brisa em meu rosto
E os arrepios da alma...
Escrevo versos e muitos versos...
E assim preencho as páginas vazias
De tua ausência...
Eternizo assim meus sentires...
E vou escrevendo poemas horas a fio
Tentando descobrir-te num aglomerado
De letras... quem sabe poderás estar num
Poema distante ou no crepúsculo que
Invade o esboçar das noites de solidão!
celina vasques
Teu olhar são perolas, diamantes e esmeraldas que dão brilho aos meus. Tua voz tem magia quando fala, música quando cala. Teu andar são pássaros em movimentos, são folhas levados pelo vento...tem a beleza do mar e da maresia, tem a pureza de ondas, é feito doce mel, quando em tardes de verão te ouço, é outono, primavera. Tem saudades, músicas, versos e prosas. São assim, o que vem de você e chega até mim: um sorriso me encanta, um olhar me fascina, o falar me canta, me ganha, me devora...é segredo teu silêncio, jardins tuas palavras. Cheiros brotam da tua pele, rolamos pelas flores, cores...o mundo é só nós dois, o mais já era !
Do amor sublime de Dona Lilli... ilumino-me com as pérolas de uma prece; ouço em silêncio o que ela me diz ao coração. Entrego-me nos braços suaves da esperança e da saudade. Miríades de astros brilhantes comporão um diadema de luz! Meu beijo de luz para minha estrela no céu...
As pérolas de meu irmão Jadeilson
Meu irmão, Jadeilson, é um homem simples, mas vez por outra me manda uma pérola filosófica. Outro dia, ouvi de sua boca algo espantoso, para um homem que tem como ofício, ser pedreiro e criador de galinhas.
Disse-me ele em uma conversa sobre política e corrupção: "Prefiro conviver com Leão saciado a ter que viver com um Cão faminto. Fazia ele analogia simples ao político rico e ao político pobre. Hoje, todavia, em outra conversa, me disse meu irmão: "Evan, você sabia que a persistência é a mãe da prosperidade?"
Nos dois casos, disse pra ele que são conceitos, contudo, vindo dele, de quem eu sei que não leu em livro algum, disse que sim era um pensamento original de muita relevância, uma vez que lhe veio à mente pela observação e não por estudo meticuloso, também a ideia do cão faminto nos reporta ao livro de "Eclesiastes", mas sei que ele não tem a maldade intelectual para plagiar o ora dito Clássico Bíblico. Disse a ele, meu irmão você um verdadeiro filósofo, à moda de Sócrates, que não escrevera nada.
Desejo
Quero debruçar-me na janela
e colher pérolas de orvalho
nas manhãs frias de inverno
quero montar um lindo colar
de contas gélidas, cristalinas
para presentear minha mãe
Quero abraçar-me a um cipreste
e sentir o cheiro da minha infância
numa manhã de natal
quero pintar um lindo desenho
de giz cera e aquarela
para presentear minha avó
Quero um desejo de criança:
nunca ser gente grande!
Éramos duas pérolas, e tínhamos consciência disso, mesmo cada um em sua respectiva concha. De vez em quando a abríamos para ver se o outro ainda continuava ali, pertinho, porque também tínhamos consciência disso.
Parecia confortável, seguro, embora o trato de se permanecer ali nunca tivesse precisado da anuência das ondas. Estávamos ali, e pronto.
Daí você se fechou, e como já era previsível, se abriu novamente algum tempo depois.
Claro, encontrou a minha concha vazia.
Agora pode abrir a sua quantas vezes quiser.
Jamais saberá se eu atravessei o oceano, ou se encontrei alguém disposto a ficar bem mais próximo à mim, mais do que os seus olhares por entre as coxas, ou melhor, entre conchas.
Pérolas Muçulmanas
... E naquela manhã, dia belo de uma semana trágica e sem precedentes,
gotículas caíam do firmamento,
orvalho inocente que prenunciava
a aurora da guerra iminente
que despontava na atmosfera
do Hemisfério Norte.
Mal o dia nasceu completamente,
meu estômago reclamou escandaloso
o afago da fome que se alastrava
dominando meu corpo
e enfraquecendo minhas forças.
Gula! Ah, que delicioso pecado,
(vaidade ocidental)
Sonho distante pra muitos
em ambos os mundos.
Meus devaneios flutuavam
na troposfera do meu quarto emprestado;
ligado o televisor, eis [a Catedral de] Notre-Dame,
lotada de devotos rezantes,
cegos de hipocrisia e malvada bondade,
guerreiros implacáveis e corajosos, porém
temerosos do terror muçulmano.
Yankees choravam o caos implantado
e o mundo compartilhava de sua dor
- o mal lhes sobrevira dos céus
e o armagedom mostrou sua face.
As nações buscaram refúgio nas orações,
Cada qual aos seus deuses
- mas inconscientemente todas se voltavam para Alá, o deus dos oprimidos e exaustos.
Israel ergueu sua espada e lançou o seu poder;
O inimigo se encolheu e deu o bote.
Dono de nada, escravo da indiferença,
reagiu contra o leão judaico
e conheceu a dor da opressão milenar.
Vislumbrei, e eis que o ofendido ficou irado
e lançou um ataque fulminante!
O oprimido se recolheu na sua coragem
e desapareceu sob um cogumelo [atômico]!
As nações fizeram a sua parte
e exterminaram o restante em nome de Alá.
Era preciso eliminar o trigo,
pois ele estava sufocando o joio.
14-09-2001