Permitido
O meu amor é lindo, onde tudo pode e é permitido.
Inunda minha alma com romantismo e ternura,
Corre o mundo e escala montanhas.
É um amor completo, vivido intensamente,
Da maneira mais sublime.
É um amor de almas, que fantasia coisas, que
Num mundo real jamais acontece.
Esse é o amor que trago no peito.
Do que adianta sabermos da música se não nos é permitido escutar o som?
Morrer bravamente ou morrer covardemente?
Mando agora a frase feita! ser ou não ser? eis a questão?
A inversão de valor faz com que o mundo inexista diante do que é ridiculamente permitido várias vezes
RECOMEÇAR
como
tornar permitido
se ao menos
fizesse sentido
os sentidos
menos
complexos
sendo
admitidos.
o poder
de um sentimento
que no momento
querido
e exprimido
a ti.
razões
de inequações
reluzidas
de minhas memórias
expressadas
agora
por curtas frases
mesmo
desordenadas
mais
todas as palavras
enfatizadas
os sentidos
reais
de um coração
vivido
não mais partido
decidido
recomeçar.
recriar
as novas linhas
escritas
não como as minhas
mais refeitas
sendo justas
impolutas
aguardado
o agraciado
momento
que o sentimento
adentrará
na minha vida.
tudo passado
será removido
todo futuro
será vivido
com paz
harmonia
amor
dedicação
e fidelidade
pois
assim necessito.
RECOMEÇAR
Então, se eu soubesse que doeria tanto encontrar de novo um abraço, nunca teria me permitido ir atras desse encontro. Sangrar sozinha de novo, com a falta que poucas palavras me fazem, ou simples gestos. Não sei ao certo se o presente já é passado, se sorriso já é lágrima. Perdi todos os sentidos e as direções, você me enterrou e eu estava tão viva meu amor. Sentindo, pele, coração, voz...
Sentir.
Sentir.
Sentir...
Mais um semana vencida! Obrigada meu Deus, por ter permitido que vivesse e concluísse mais uma semana. Admito que não foi fácil, tive lutas, contratempos, angustias e por algumas vezes fraquejei, mas em meio a tudo isso tive a Sua mão que me sustentou, o seu amor que me fortaleceu e aqui estou, venci mais uma etapa. Priscilla Rodighiero
Quando os olhares dizem além dos mais profundos versos e suas palavras, nos é permitido ouvir a conversa entre duas almas apaixonadas, declarando entre elas seus sinceros sentimentos.
Logo, as mesmas almas, percebem que essa sincera troca de olhar, está sendo naquele momento, como o mais doce, intenso e apaixonado beijo.
Pois, sempre que dois olhares sinceros e apaixonados se encontram, duas almas sinceramente apaixonadas se beijam!
Contradição
Se o amor é dor e sofrimento, e em
algumas vezes deixa de ser permitido.
Ter que escondê-lo da realidade é sofrer
sem saber, e sem sentido.
Não seria melhor não vivê-lo?
Alheio a ele ser, esquecê-lo.
Buscando viver, tendo outros
sentimentos.
Mas, o coração assim não pensa.
E nos diz: todos os outros sentimentos
trazem consigo maiores sofrimentos,
e perto deles, o amor é um bálsamo,
uma paz um viver intenso.
Porque todos os outros do amor nascem,
são paixões bem menores e sem lógica.
Só o amor tem uma maneira de mostrar isso
na prática.
Sem ele , a vida não existiria não teria
razão de ser, não seria mágica.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Um carro velho que emitia muito monóxido de carbono. Velocidade abaixo do permitido naquela via rápida. Ainda ouvia fitas de um velho rock and roll. Óculos escuros para evitar o sol de frente no final da tarde. Cabelos que balançavam com o vento gelado do inverno. Finalmente noite para libertar a energia acumulada o dia todo como se fosse bateria recarregável. A pista, uma boca bem desenhada, olhar sedutor e qualquer corpo bastavam.
Um estúpido - como diria a música - cupido que causava buracos feito cupins na madeira. E uma paixão por alguém, depois por algo, para preencher aqueles espaços vazios uma vez por semana. Dez lances de flechas erradas. Mais de mil recordações.
Sintonia fina. Garçom, por favor, dois copos de atitude. As luzes cansavam a visão. O barulho, antes música, depois apenas ensurdecedor barulho que irritava os tímpanos. Nada tão bonito que não pudesse esquecer, exceto seus sapatos de salto comprados especialmente para ocasiões como aquela, então levados em mãos e largados no mesmo carro – calhambeque – num momento de completo delírio causado pelo etílico das bebidas. Achou-se Cinderela. E foi na busca por achar-se que tantas vezes se perdeu.
Cinderela de profundas olheiras. Cara borrada pela maquiagem comprada na farmácia. Corpo suado. Enfim, só. De frente para ela mesma num reflexo confuso que sugeria ser mais bonito do que realmente era. As fotos espalhadas pelas paredes pareciam sorrir. Pareciam. Acessórios de camelô. Decoração barata. Moradora de apartamento de um canto pobre da cidade.
Ainda assim habitante do mundo e um mundo que habitava nela. Como todo mundo. Amiga dos versos, das poesias tortas, das músicas dançantes, dos cupcakes e dos gostos amargos do amanhecer. Passagem pelo hospício. Mas para quem foi dado o direito de julgar? E como chamar alguém de louco na era do politicamente correto? Pensamentos viraram questionamentos que careciam de respostas para todo o sempre. Despiu-se. Despiu a alma também como um atentado violento ao pudor.
__ Louca. Crazy. Crazy. Crazy!
Dizia para si mesma como tapa na cara em frente o espelho.
Transtorno Obsessivo Compulsivo foi o último diagnóstico. TOC. Toque. Vícios? Possuía muitos. Principalmente os de linguagem.
__ Perdoe-me pelos mal conjugados verbos.
Desculpou-se em oração.
E depois, sem fôlego para mais uma dança e cansada por não conseguir parar de pensar, deitou-se. Adormeceu. Sonhou e encontrou um mundo distante do seu. Mesmo assim eloquente. E o relógio mais compulsivo e transtornado então despertou.
E despertou. E despertou...
E quando se alcança a tal da: maturidade nos é permitido sonhar menos, fantasiar menos, priorizar as atitudes no outro, olhar o outro com menos ilusões, e devaneios. Aceitamos com com menos sofrimento, entendemos com mais tranquilidade, e queremos com mais carinho, cuidados e com mais doçura do nosso "outro" Certas palavras, frases prontas que todos dizem por dizer, sem sentir, já não fazem falta, e sim: o poder contar com o Outro nos momentos difíceis, a preocupação conosco, o interesse na nossa vida, em nós.
"Para o homem que já nasce livre do jugo da escravidão física e mental, tudo lhe é permitido mas nem tudo lhe é lícito fazer. A busca por uma ideologia não pode ferir a sua honestidade e a confiança que outro venha a depositar em suas ações, pois a confiança vem aliada à uma ética construída através de sua moral e de suas qualidades profissionais. Um homem que passa por cima de sua ética profissional e moral em prol de uma ideologia, acaba por destruir a base firme e confiável de suas ações, manchando assim, a sua conduta perante seus semelhantes."