Permanecer em Silencio
Folha em branco
Certo dia eu estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade. Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, se dirigiu a mim e disse:
Professor, pode me dar uma folha em branco?
Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco. Ele respondeu:
Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.
Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele.
Aquela sua atitude causou-me simpatia. Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que Deus lhe deu até agora, e só tem feito rabiscos, tentativas frustadas e uma confusão danada...
Acho que agora, seria um bom momento para se pedir a Deus uma nova folha em branco, uma nova oportunidade para ser feliz. Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa, também depende da atenção de que demos aos ensinamentos do nosso professor, Deus.
Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo. Não se preocupe em tirar 10, ser o melhor. Preocupe-se apenas em ter a simpatia do Mestre. Ele está mais interessado em quem pede ajuda, portanto, só depende de você.
"Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, ele dará porque é generoso e dá com bondade a todos"
Quantas palavras foram gastas para falar do silêncio. Quantos abraços foram aceitos impregnando o meu campo energético com um peso denso, e quantas vezes me protegi de uma carícia sincera. Quantas vezes suguei e fui sugada chamando isto de bondade. Quanto mais adequada eu tentava ser, mas eu me perdia do que eu era. E abafei minha loucura no peito comprimido para ser socialmente agradável. E escrevi coisas otimistas quando estava sofrendo de tanto medo. E ninguém sabia que aqui do outro lado eu estava chorando. E deixei que me julgassem sábia quando sou apenas mais uma buscadora tateando no escuro à procura da luz que pretendo beber a grandes goles.
Por isto gosto de pegar a estrada. É bom para fazer você lembrar que o mundo é maior do que o interior da sua cabeça.
As pessoas pensam em si mesmas como pontos se movendo no tempo. Mas acho que é o contrário. Estamos imóveis, e o tempo passa entre nós soprando como um vento frio.
"Bonedog"
Voltar pra casa é terrível, quer os cães lambam o seu rosto ou não.
Se você tem uma esposa ou apenas solidão em forma de esposa esperando você, voltar para casa é terrivelmente solitário.
De tal modo que você pensará na opressora pressão barométrica lá de onde acabou de voltar com afeição, pois tudo é pior após chegar em casa.
Você pensa nas pragas grudadas nos talos da grama, longas horas na estrada, assistência rodoviária e sorvetes e as formas peculiares de certas nuvens e silêncios com nostalgia, porque você nem queria voltar.
Voltar para casa é... simplesmente horrível.
E os silêncios caseiros e nuvens não ajudam em nada, além do mal-estar geral.
Nuvens, do jeito que elas são, são de fato suspeitas e feitas de um material diferente, do que daquelas que você deixou para trás.
Você mesmo foi cortado de um outro pano nublado, devolvido, remanescente, malfadado pelo luar, infeliz por estar de volta, esgarçado em todos os pontos errados, um terno desfiado, maltrapilho, surrado.
Volta pra casa, aterrissado da lua, forasteiro. A força gravitacional da terra, um esforço agora redobrado, desamarrando seus cadarços e os seus ombros, entalhando mais fundo a estrofe de suas preocupações em sua testa.
Você volta para casa afundado, um poço ressecado ligado ao amanhã por um frágil fio de... Enfim.
Você suspira no massacre de dias idênticos, que é melhor aceitar, de uma vez.
Bem... enfim, você voltou.
O sol sobe e desce como uma puta cansada. O clima imóvel como um membro quebrado, enquanto você não para de envelhecer.
Nada se move, além das marés de sal no seu corpo. Sua visão embaça, você carrega o seu clima com você, a grande baleia azul, uma escuridão esquelética.
Você retorna, com uma visão de raio x, seus olhos se tornaram famintos. Você volta pra casa, com seus dons mutantes, para uma casa óssea.
Tudo o que você vê agora, é tudo... osso.
(Poema Bonedog, de Eva H.D.)
Ele é um amor. É sensível. Ele me escuta e é inteligente. Mas há algo inefável, profunda, impronunciável e irreparavelmente errado aqui.
"É triste pensar do estado do rock n' roll nos próximos 20 anos ou mais. Eu sinto que quando o rock n' roll morrer o mundo vai explodir, sabe? Agora tudo é uma repetição, uma cópia, apenas viver agora, você sabe, é nojento, as crianças não se importam mais com o rock n' roll, como fizeram com as gerações passadas, é só se tornar uma declaração de moda e identidade que eles usam para ter uma vida social. E nesse momento eu não vejo mais que a música é importante para o adolescente, acredito que seus sons e tons são usados em máquinas virtuais, eles os ouvem e recebem a mesma emoção.
Haverá muitas máquinas virtuais que terão telefones. Você pode falar e ouvir nessas máquinas, conversar com as pessoas e ir para outra sala e beber e drogar e f**, mas eu realmente acredito que serão essas máquinas virtuais que vão te drogar. A tecnologia será tão boa... E então haverá viciados em drogas virtuais, que encontrarão sua morte no sofá ".
Um dia eu hei de fazer um poema com a beleza dos teus vazios, com a incerteza triste e delicada de tua desilusão.
A bolsa de uma mulher é sua fonte secreta de poder. Há muitas coisas sinistras e perigosas nela sobre as quais não devemos saber.
Na vida somos peças de um quebra cabeça tentando nos encaixar. Nos lugares certos… Nas pessoas certas.