Perdoar
Para que odiar quando perdoar é o caminho sem espinhos, sem dor, sem rancor, sem amargura e cheio de amor e fé?
Para muitas pessoas, a maioria, arrisco-me a dizer, não é fácil perdoar e acabam nem perdoando porque a inveja, de tão bem e engenhosamente camuflada, lhes cegam através da dureza, frieza, cobiça recalcada e da raiva. Por isso a fé e o amor nelas se tornam manchadas, marcadas e impuras. E, interna e externamente, se tornam pessoas amargas e azedas.
O perdão, para ser verdadeiro, não pode ser visto para quem perdoa como um fardo, mas como um descanso; não como uma obrigação, mas como a mais nobre liberalidade.
Há mais alegria e prazer na congregação dos que se arrependem e perdoam sempre do que na dos "99", onde não há necessidade de arrependimento.
Quem perdoa não utiliza a culpa do outro para manipulá-lo. Não há perdão onde a culpa é instrumento para oprimir.
Procurar a Razão que tudo perdoa,
a razão que tudo se ama,a razão que tudo despreza,é ir de encontro a si próprio,e quando encarar-mos a face dessas razões,meditemos a vida:Razão maior de tudo ser.
Se foi falha minha, perdoa. Tudo que eu fiz foi na ânsia de acertar, queria apenas te fazer feliz, deixar transparecer pelo menos um pouco do amor que descobri em mim. Você revolucionou essa minha humilde vida, que até então estava apagada, a qual existia por existir. Quero ser pra você tudo aquilo que você sonhou, quero te fazer feliz, te completar, te mostrar que para o amor não existem barreiras.
Tenho mania de ouvir música quando vou dormir,
Tenho mania de perdoar aquele que me machucou,
Tenho mania de me iludir e depois me ferrar,
Tenho mania de acreditar em qualquer coisa que me falam.
JUIZO
Dos homens ardilosos e tristonhos
Sou eu o que mais perdoa.
Me apena os olhos escanteados
Dói-me a ferradura batida a martelo.
E quando o mártir não sou eu
Retiro os óculos e limpo a fronte
Para que vejam que não é pelo meu nome
Nem pela minha honra que enxergo.
Vejo por quem choraminga num canto longe.
Aplicado nos mandamentos dos assentos
Dos islãs, da Bíblia, das cartas de Maomé.
Dou como prêmio aos homens infratores
Um aperto nas mãos de ver sangrar
A piedade deles, em cálido gesto
E imputo a mim o rebaixamento no regresso.
Não me valho do posto de anjo sacrossanto,
Das vias que pisei, de pura lama,
Não, não abro o livro que escrevi na vinda,
Nem levo a risca os perigos que corri.
Mas um desafio, à minha alma pequena imputa,
O de ser bufo, o que faz provocar riso.
Quem vê escolhe entre mim e outros,
E de todos, até eu, sou escolhido.
Sou entre os anjos o que se perpetua na terra,
Um desatado, um homem em completude,
E a sentença que se anuncia é rude,
A ela deixo suportável, mansa em tudo.
Não matarei por cordas pêndulas.
Não esgarçarei por lâminas involuntárias,
Não permanecerei muito tempo em volta
Daquele que já foi, e até pode reincidir,
Nas maledicências, no desejo solitário,
Na liberdade que a mim foi concedida,
De fazer na vida, o que não na morte, onde
Poderei nem ver e ser cético, calado, morto.
Melhor ser pobre e ter coração cheio de amor
Capaz de perdoar quem te fere
E amar quem te despreza,
Do que ser rico e pisar ne quem é pequeno,
Nem olhar para baixo para ver
se está ferindo ou até mesmo
matando.