Perder Pessoas

Há pessoas tão aborrecidas que nos fazem perder um dia inteiro em cinco minutos.

Algumas pessoas preferem ser medíocres. Outras, quando resolvem não ser, correm o risco de perder amigos.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. E é assim que perdemos pessoas especiais.

Não queremos perder, nem deveríamos perder: saúde, pessoas, posição, dignidade ou confiança. Mas perder e ganhar faz parte do nosso processo de humanização.

É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.

Perder-se também é caminho.

As pessoas que você tem mais medo de perder, são as que saem da sua vida o mais rápido possível.

Você não pode ter medo de perder quem você ama para alguém, afinal você não tem as pessoas. Você está com elas. Logo, se você não as possui, você não pode perdê-las.

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.

Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.

O medo de perder tira a vontade de ganhar.

A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor.

Quem perde seus bens perde muito; quem perde um amigo perde mais; mas quem perde a coragem perde tudo.

É comum perder-se o bom por querer o melhor.

Possuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.

Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho.

O tempo é teu capital; tens de o saber utilizar. Perder tempo é estragar a vida.

Se um amigo te pede dinheiro, pensa bem qual dos dois preferes perder: o dinheiro ou o amigo?

A arte de perder

A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério. Perca um pouquinho a cada dia.
Aceite, austero, A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente Da viagem não feita.
Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe.
Ah! E nem quero Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas.
E um império Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles.
Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo que eu amo) não muda nada.
Pois é evidente que a arte de perder não chega a ser mistério por muito que pareça (Escreve!) muito sério

Há cem mil maneiras de perder o amor de uma mulher, e a única que não se previu é, precisamente, a que se realiza.