Perde
Há um pacto ancestral nas veias ocultas do mundo, onde nada se perde, mas tudo muda. A essência, velha viajante, veste novas peles ao longo de sua jornada, movendo-se entre o murmúrio e o clamor. Onde o ritmo se acelera, algo cede, como quem entrega o próprio espaço para que o fluxo siga seu curso. Em gargantas estreitas, o impulso cresce, desafiando os limites do contido, enquanto o equilíbrio nunca é alcançado, apenas sugerido, como uma promessa sussurrada ao vento.
Nas curvas indomáveis, no entrelace do visível com o inominável, o que se oferece também se recolhe, e o que se comprime desabrocha, num ciclo que escapa aos olhos, mas toca a alma. O movimento não é imposição, mas acordo: o vazio o guia, a queda o chama, e a resistência o molda. Nada é fixo, mas tudo pulsa em harmonia secreta, como se o universo, cúmplice e silencioso, afinasse cordas invisíveis, criando uma melodia que poucos ouvem.
Na fluidez, o caos beija a ordem, e o eterno se revela efêmero. As forças brincam, trocando máscaras, negociando territórios, enquanto a energia, imutável em sua essência, dança entre formas que nascem e morrem, lembrando que tudo é troca, e nada se desfaz. O segredo não está naquilo que vemos, mas no que sentimos nas dobras do invisível. Assim, o mundo respira, e nós, meros observadores, seguimos seu ritmo, sem nunca compreender plenamente a música que o rege.
Lembre - se que a felicidade é um sentimento simples, e também e fácil de perde-la por não percebe - la.
Se você julga as pessoas pelo que elas não sabem, você perde um tempo precioso de ensina-las. Se você se auto intitular o máximo e absoluto diante de outros , saiba que isso é fraqueza dos tolos e fracos.
O nosso inimigo somos nós mesmos. Pois muitas vezes carregamos mágoas e não admitimos... Perdemos a esperança e a fé, e não a buscamos. Esperamos muito dos outros e esquecemos que tudo que temos a fazer(...) é encontrar em nós mesmos a força, que sempre esteve, está... e estará em nós . E assim encontraremos Deus... nossa força maior.
Quando um escritor se propõe a escrever um romance, ele pensa: “Vou fazer assim, mas perde totalmente o controle do enredo, quem de fato assume o comando é um narrador onisciente, que abusa da condição de criador de realidades inimagináveis. Uma vez de posse do escopo, estando definido o rumo a ser tomado, personagens escolhidos e nomeados, então já temos uma história, história que será revelada a cada página. O Autor, quando entrega-se completamente à voz que escuta do narrador, não pode mais mensurar as medidas da obra que pensa que escreve.
Evan do Carmo. Autor de 30 livros. entre prosa e poesia..
O bom julgador deve ser considerado como tal por que ganha, por quem perde, ou por quem paga. Ou, por ele mesmo?
Quem fala pouco, consegue ver além da janela humana. Quem se perde em palavras, morre enforcado no silêncio.