Perdas
Depois de um grande problema resta-nos duas opções: a primeira, recomeçar, a segunda se entregar e viver dos cacarecos, das sobras, remoendo feridas e sentindo pena de si.
Muitas vezes somos pegos por uma série de infortúnios que costumam vir em combos. Perdas financeiras, separações, doenças graves e a morte. São nessas horas que a fé se esconde de nós, dando lugar a revolta, ao desânimo e a depressão. Como reagir diante da tristeza que consome a alma. Como arrumar a bagunça e a ruina deixada pela destruição emocional?
Para se reerguer de um grande abalo, é preciso avaliar a própria vida e focar em um novo objetivo. Aproveitar a insônia durante esse período para desenvolver ideias novas, olhar o mundo sob outro ângulo. E trabalhar, trabalhar muito também.
A revolta, a raiva e até mesmo o ódio, devem ser canalizados para uma mudança de vida. Sentimentos ruins podem ser combustíveis potentes para reverter situações trágicas. Eles se prolongam por um tempo, mas direcionados para coisas positivas, como trabalhar e manter a mente ocupada, organizar sentimentos e deixar lembranças dolorosas de lado, é o primeiro passo para o processo de recuperação.
Sobreviventes de grandes tragédias e infortúnios, quando decidem recomeçar, na maioria das vezes realizam coisas que a maioria das pessoas não conseguiriam, viram exemplos de superação, grandes empresários, inventores, escritores e até mesmo líderes religiosos, pois se tornam exemplos de força e fé.
Com toda a experiência acumulada, a reconstrução acontece de forma segura. Após grandes perdas é comum o homem desenvolver a capacidade de tornar-se humano, mais forte e cauteloso. Procurar bases sólidas e solos mais férteis.
O mundo é cheio de infinitas possibilidades. Podemos encontrar novos amores, novas alegrias, novas motivações ou a morte. A força existencial e individual é que vai definir o futuro de cada um. A vida sempre nos apresentará um caminho, uma escolha. Somos donos do nosso destino.
Viver não é e nem nunca foi tarefa fácil, precisamos ser guerreiros nesse mundo. Somos seres complexos e cheios de sentimentos primitivos de apego a matéria e aos que nos cercam. Mas aos poucos, estamos despertando para a compreensão de que somos eternos, que não perdemos nossa vida nunca, apenas evoluímos para um estado melhor.
O perdão é um dom sublime que nao deve ser disperdiçado com ressentimentos ou mágoas. Não há mal que não cure, não há dor que não passe. Nada substitui um coração amargurado de raiva. Portanto perdoe! Acumulem ganhos não perdas.
O seu sucesso é alcançado aos poucos, com suas vitórias, com suas derrotas, com seus erros, com seus acertos, perdas e ganhos, não abaixe a cabeça quando errar a primeira vez.
Ninguém escapa ao pó, à despedida
Mas deram-nos, um dia, a decisão...
Já me tiraram tudo nesta vida,
Mas não o que guardei no coração!
"Dias e dias, ainda sim as pessoas não entendem como funciona o jogo da vida. Nos dias mais difíceis, visto minha melhor Armani, uso o perfume mais caro e saio com o óculos mais escuro que tiver no armário. Perder com estilo, elegância e cabeça erguida é como ganhar sem ter vitória."
A retração social do passar dos anos pode tanto ser sentida como um retorno aterrador e compulsório ao casulo da impessoalidade quanto como reavaliação de escolhas pela visão ampliada de nossa realidade nuclear para exercício de um direito inalienável. Mais do que uma contingência, entendê-la é um privilégio pela tomada de consciência do quanto o superficialismo de antes se volatiliza para abrir espaço à plenitude da essência que ele mascarava. O núcleo, desta forma, se vê liberto da falsa idéia de perda, alcança maturidade bastante para entender o sentido da renovação e de seu real significado, o que o transforma num momento mágico.
Sou feliz porque sou da Geração 70. Você tenta , se não conseguir, estou aqui, dizia meu pai. Meus pais não me prometeram a felicidade, não disseram que eu jamais fracassaria, não me empanturraram de coisas materiais. Sempre me disseram que o esforço vem acima de tudo, mesmo quando se tem talento. Nossos pais 70 construiram suas famílias com espírito de conversa, de procupações, e não de soluções mirabolantes criadas na calada da noite ou no silêncio gritante do dia. Talvez, porisso, não sejamos frustrados, não culpemos nossos pais pelas nossas quedas, pelos nossos tropeços. A vida não é completamente bela, mas é a vida possível. E nós 70 nos divertimos com a vida, não com as ferramentas, pois nem as tínhamos. Sabíamos que éramos limitados, mesmo os gênios tem limites. A vida é cíclica, ninguém é completamente feliz o tempo todo. E nós não emburrávamos e desistíamos como os jovens de hoje. A Geração 70 teve professores 10, que educavam formando para a vida. Educar é aprender ensinando. Nossos mestres nos davam condições de aprender, de se letrar, de brincar com os números , com a fauna , com a flora e com as geografias da nossa História. A nossa felicidade não foi garantida, mas conquistada. Com lágrimas , com frustrações, com perdas, com faltas, mas também com reencontros como estes que estamos brigando para ter sempre!
Seus persistentes maus hábitos, adquiridos ou não no passado, irão deformar seu presente que é a base de tudo e sabotarão o seu futuro.
..."Nem toda lágrima é de dor, nem toda graça é sorriso, nem toda curva da vida tem uma placa de aviso, nem sempre o que você perde é de fato um prejuízo. Se chora por tudo, mas deixe que a sua vivência decida, pois, o choro é a manifestação mais autêntica da dualidade da alma."... Ricardo Fischer.
Uma guerra eviscera o pior dos dois lados, os desnuda, até mesmo dos que a comentam, na ilusão e pretensão de conhecer todos os detalhes e reais motivos sórdidos.
Nossos pais já tiveram pais, e hoje são avós sem pais, hoje nós somos pais, e amanhã seremos avós sem pais.
Se você já perdeu vários amores, não se preocupe, porque jamais perderemos a capacidade de amar!
Pedro Marcos
Às vezes sentimos perder pessoas amadas, não necessariamente por morte ou partida física, mas por elas se transformam tanto que não mais as reconhecemos. Não sabemos porque... Se algo específico as fizeram partir pra longe de si ou a se aproximarem mais de si... ou apenas a transformarem-se em outra pessoa... Situaçõs que caracterizam o distanciamento delas de nós. Resta-nos então nos adaptarmos a novos seres que nascem ou se revelam, amando-os... Ou simplesmente partir ou deixar que partam. Outras vezes as transformações ocorrem em nós... mesmos... #humanodemasiadohumano