Perdas
A vida é feita de ganhos e perdas, durante a caminhada nos acostumamos. Vão existir momentos em que teremos de abrir mão de coisas, ou pessoas, das quais a gente quer ter por perto.
Saber enfrentar os fracassos, as perdas, os danos ou os prejuízos é uma das mais nobres gentilezas que o ser humano pode prestar a si mesmo.
Mas nem todos pensam ou agem desta maneira, até porque, para muitos é inadmissível aceitar esta realidade, principalmente quando testemunha a vitória ou o sucesso dos outros.
É neste momento que se inicia a relação comparativa, utilizando expressões do tipo: Todo mundo consegue menos eu! Olha aí, para ele deu certo, só pra mim que nada saí do lugar!
Se a tua vida ainda tem desilusões, sofrimento, perdas ... Agradeça, pois sua alma ainda está em evolução...
Algumas perdas
revelam uma saudade!
Algumas saudades
revelam uma dor!
Algumas dores
machucam a alma
e parecem cortar a carne!
PERDAS E DORES
Vou começar dizendo que ninguém gosta de perder nada, até mesmo aquilo que não parece ter valor para a grande maioria das pessoas.
Tem perdas que acontecem e nenhum impacto causam, mas existem aquelas que nos causam dor e preocupação. A perda da saúde é algo que preocupa sempre, mas também não podemos esquecer que é praticamente inevitável com o decorrer dos anos, principalmente com o envelhecimento (todo cuidado é pouco); mas não esqueçamos que perda de saúde não acontece sómente com pessoas mais velhas, mas com todos que estamos vivos.
Dor das perdas, sim perdas causam dor e se existem uma coisa inevitável é a que chamo de idade das perdas, e que por mais que esperamos ou vejamos como natural, não tem como evitar a dor e a saudade.
A idade das perdas é aquele tempo em que vemos pessoas partindo daqueles fazem parte de nossa história: bisavós (poucos tiveram contato), os meus só conheci nos registros de familia, pois ficaram na Espanha, Portugal e nunca os vi. Perdi meus avós ainda criança; primeiro foi o avô Anselmo que sempre comprava chocolates na padaria do largo do Boturussu em Ermelino Matarazzo, depois foi a avó Elvira que sempre nos levava para limpar o casarão antigo dos patrões do local onde morava. Tempo vai passando e lá se foi a avó Carmem que nos encantava com seus cabelos ruivos e doçura em tudo que fazia e por ultimo o avô José Perez com sua fala rápida misturando espanhol com português.
A idade das perdas segue implacável. Dias atrás sonhei com meu pai, que para variar estava ajudando num trabalho numa torre de igreja ....saudade, que saudade senti quando acordei; já fazem 35 anos (tinha 56 anos), depois foi minha sogra Ana Amorim também com 56 anos e perdas vão se somando, veio meu sogro Silas um homem de Deus e mais recente em março deste ano minha mãe Mafalda.
Na idade das perdas somando-se a esses perdemos também tios, tias, primos e primas e cada vez mais pessoas vamos vendo partir deste mundo; e quando olhamos em volta vamos nos vemos cada vez mais sós.
É verdade que temos agora uma outra realidade seguindo o ciclo da vida, deixamos de referências e passamos a ser referência, pois tenho esposa, filhos, netos, sobrinhos, agregados. Fato que também nos leva a encarar que chegamos ao ponto em que no tempo certo de Deus pegaremos a senha e causaremos a dor da perda naqueles que nos amam.
Para as pessoas um pouco mais distantes o tempo se encarregará de esquecer, mas os mais próximos a perda vem com a dor que nunca passa. Diminui, mas não passa.
"Meus dias são como a sobra que declina, e vou murchando como erva. Mas tu, Senhor, está entronizado pra sempre, teu nome será lembrado por todas as gerações" Salmo 102.11,12
Apesar do tom melancólico do texto, sou grato a Deus por tudo e pela certeza de que o Senhor nos conforta a cada dia.
Um sonho aqui, uma lembrança ali, uma lágrima e na maioria das vezes sorrisos pela alegria trazida em vida por aqueles que partiram.
Não é uma tarefa facil conviver com perdas de qualquer natureza, mas a certeza da presença do Senhor nosso Deus conosco sempre nos renova.
Perdas causam dor e são inveitáveis, mas felizes são os que tem alegria de ver e conviver com as novas gerações.
Quero concluir com esse texto de Paulo aos Coríntios: "Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, foi ele mesmo quem brilhou em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Temos porém, esse tesouro em vaso de barro, para que o poder extraordinário seja de Deus e não nosso. Sofremos pressões de todos os lados, mas não estamos arrasados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 2 Co 4. 6 a 9.
"Sabemos que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com ele e nos apresentará convosco. Pois tudo é para o vosso benefício, para que a graça multiplicada por causa de muitos faça transbordar as ações de graças para glória de Deus". 2 Co 4.14,15
Deus nos abençoe, conforte e fortaleça no dia que se chama hoje.
Valdenir Albarral
As vezes as perdas acontecem em nossas vidas para que possamos recomeçar ainda melhor do que antes!
Na minha tenho perdas constantes, é uma realidade que me faz seguir sempre em frente.
Conquistar, manter e perder, esta é minha luta diária.
Nessa guerra emocional, parar de sofrer com as perdas, não é esquecer o outro, mas lembrar-se de si mesmo.
É interessante o quanto a natureza humana sofre com as perdas e, ao mesmo tempo, despreza o que ainda tem como se esperasse ficar sem, para então chorar quando não tiver mais.
Muitas vezes a experiência de vida nos mostra que fatos desagradáveis, sofrimentos e perdas, precisam ser compreendidos como nutrientes da evolução.
Cada mudança que acontece em nossa vida...
Não significa perdas...
E sim uma fase que durou o tempo que tinha que durar...
E o que se foi não é motivo para você parar,mas sim recomeçar...
E recomeçar quantas vezes preciso for,sem parar de seguir em frente..
E jamais parar no tempo...para chorar e se lamentar de saudades de tudo que foi bom enquanto durou...
E sempre...recomeçar,quantas vezes preciso for.
Ivânia D.Farias
Os medos, são culpados de não arriscarmos e responsáveis pelas perdas de muitas vitórias e emoções. Se não corrermos riscos, jamais iremos saber se a vida deu certo ou não. Nunca saberemos se a vida valeu a pena. Óbvio que o medo ao qual faço referência, nada tem a ver com colocar a vida em risco, mas sim, arriscar-se com responsabilidade e sabedoria, para uma vida feliz.
Todo vencedor já passou por inúmeras perdas. Ninguém ganha todas as vezes!
Os desafios é que nos fazem ser mais fortes. Sempre vamos encontrar alguém em nosso caminho para nos desanimar, para nos colocar para baixo, ou para dizer que é melhor a gente desistir. Não dê atenção a pessimistas. Olhe em frente e prossiga!
Vindo da parte de Deus, não lamente perdas. Qualquer que seja a dimensão desta perda, não é de se comparar com o valor da Vida que Ele deseja produzir em nós.
A sincronicidade cinética é a lixeira das perdas de tempo, por isso você anda, com alegrias pra colocar amor na vida inteira.
A velhice é uma longa caminhada de perdas, ausências, tristezas, alegrias, angústias, descepções e traumas, mas nada se compara a fadiga da solidão!