Perdão Pai
O meu perdão é um acerto de muitos erros imperdoáveis, mas é aceitável pelas pessoas insubstituíveis. O meu impulso faz com que certas atitudes de pessoas não confiáveis desaponte as minhas expectativas.
Fiz amigos eternos, mas também fiz conhecidos de sentimentos negativos;
Eu sorri quando não tive graça, mas também demonstrei seriedade quando não precisava;
Eu amei dentro de um sentimento que não era sólido, cantei e/ou gritei de tanta felicidade por promessas românticas não ousada;
Contudo, despedacei o meu coração, tanta vezes que julgo que foi por muita frustração!
Já alimentei a minha paixão com o sorriso, mas já morri de fome sozinho;
Eu sempre tive medo de ser deixado para trás por alguém. Porém, muitas pessoas que sobrevivia, vivia um outro amor também;
O perdão dos nossos pecados, longe de ser fruto de nosso merecimento, é resultado da misericórdia divina.
Ser humilde não é andar de pés descalços ou com uma roupa surrada é saber pedir perdão quando está errado.
“É fácil achar um culpado em todas as situações
Difícil é saber que errou e conseguir pedir perdão
Apontar os erros na outra pessoa sempre é mais fácil
Do que olhar pra si mesmo e saber que também errou.”
O erro é irreversível quando não conseguimos o perdão absoluto. A mente torna-se irreparável à tanta acusação.
A quem fiz mal, peço perdão. A quem eu ajudei, queria ter feito mais. A quem me ajudou, eu agradeço de coração (A. Desconhecido). Eu já fiz coisas que são moralmente repreensíveis e tenho fortes suspeitas de que
você também fez. Entretanto você não é uma pessoa má. Eu também não sou uma pessoa má. Contudo o mal existe. A religião tradicional nos dá preceitos a serem seguidos, tais como: “Faça aos
outros o que desejaria que eles fizessem a ti” ou “Ama a teu próximo como ama a ti mesmo”.
Certamente nós podemos concordar que, se todos pautassem a sua existência por essas
regras áureas, o mundo seria um lugar mais agradável de se viver. Mas eu não o faço e nem você o faz. Se aceitamos o princípio como válido, porque é tão difícil seguí-lo? Como posso
mudar o meu comportamento? O que preciso fazer para tornar-me mais amoroso? Com
demasiada freqüência a resposta da religião tradicional parece ser apenas uma: esforce-se mais (🙄). Entretanto, para Carl Jung, esses esforços são
feitos para ensinar crenças/condutas idealistas às quais as pessoas sabem em seus
corações que jamais poderão corresponder. E são pregados por pessoas que
sabem que eles mesmos nunca corresponderam, e nunca corresponderão a esses elevados
padrões. E mais: ninguém jamais questiona o valor desse tipo de ensinamento” (Eva Pierrakos - Livro: Não temas o mal). Hoje o meu convite é para você olhar para a sua sombra... Reconhecendo e acolhendo aquilo que o mundo não aceita. Não se engane, a iluminação não tem nada a ver com tornar-se melhor ou mais feliz (✌🏼). A iluminação é ver através da fachada da pretensão. É desfazer-se da inverdade (Adyashanti). O primeiro passo é não enganar a si mesmo - e você é a pessoa mais fácil de se enganar (Richard F.). Abrir os olhos pode ser a coisa mais dolorosa que você já fez. Neste processo, SEJA GENTIL CONSIGO MESMO e tenha coragem para olhar as suas contradições (A. Desconhecido). Não há despertar de consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a sua própria escuridão (Carl Jung).
Quando vamos buscar perdão, ficamos tão cegos por essa busca, que acabamos ferindo novamente. Por que não conseguimos compreender o quanto é difícil perdoar.
surdos são testemunhas
de crime sem perdão,
calado por simplesmente pensar
e falar em versos,
que são prova do crime, nostálgico,
a fama que desdem são sobras na sarjeta..
A necessidade de pedir perdão só acontece porque o sentimento de culpa corroê os principais alicerces que se fundamenta a consciência humana.
O dia em que o ódio vencer o amor, a vingança vencer o perdão, a tristeza vencer a alegria, o desespero vencer a esperança, a desgraça vencer a felicidade e todos os outros sentimentos que só enobrece a alma perderem para os piores sentimentos, o ser humano vai chegar tão perto da sua autodestruição, que só vai sobreviver rendendo-se ao seu maior inimigo, a sua prepotência de achar que ele não tem nenhuma culpa da lenta destruição do planeta.