Perda de um Amor
Espelho meu
Este espelho que é a nossa alma.
Que tantas vezes nos fascina.
Somos como peças perdidas.
Vendavais...
Tempestades...
Somos o que deixamos de ser.
O nosso próprio reflexo.
Árvore esquecida
Sofrida.
Na sofreguidão do ter.
Esquecemos
Não amamos.
Sonhamos sem viver.
Vivemos sem nunca sonharmos!
EAII PARCEIRO O MUNDO DO CRIME FEIS EU PERDER
A MULHER QUE EU REALMENTE AMAVA E O MEU FILHO
MAIS AII QUEM SABE NA PROXIMA ENCARNAÇÃO
EU POSSA MUDA O MEU DESTINO
(MC ADRIEL)pontal sp
Perdão
Desci o singular caminho
Auspicioso cambalear de idéias
Na mente opaca e necessitada
Não era uma estrada, nem uma condição.
Verti do mais fundo da alma
O âmago capaz de simplificar a história
Rompendo em gloria, o certo pesar.
Vagas lembranças decerto irão ficar
Mas sem a dor da mente
Incrustado na inércia mediana das torrentes
Romper correntes, libertar.
Do foco bendito apurado
Numa mente sanada ou não
Rabiscada e moldada
Num gesto de perdão
Sentimentos não são produtos. Não existe manual ou garantia. Ganhou, ganhou. Perdeu, perdeu. No fim o que importa é que vc viveu e só.
Eu não quero jamais te perder, quero que seja infinito...
...mesmo que seja pra ser vivido em outra vida!
se pudéssemos ultrapassar o ódio , recuperar o que foi perdido , não desistir apenas por um dia , a vida seria tão simples , deixe-os falar , mas nunca deixe-os nos parar
Fiquei perdido entre o barulho e o tremelique ao meu redor, fechei os olhos e imaginei um novo mundo. Sonhei.
Alcançar corações humanos é tão complicado! Um dia, acertamos o passo, no outro perdemos o prumo... E quando deixamos o orgulho falar mais alto, entramos num labirinto, caimos num poço sem fundo... Basta uma palavra mal interpretada, um olhar duvidoso e já era a sintonia. Amar é maravilhoso, mas a convivência dá um trabalho! Seja com quem for... cônjuge, pais, filhos, irmãos, amigos... Amar é viver na corda bamba das emoções!
"Quando tudo parece estar perdido e a escuridão se faz presente, não se desespere, existe a luz no final do túnel, pode acreditar. Nada acontece por acaso ou sem a ciência dele, o Deus do amor."
Trecho do livro - Descobrindo Todas as Formas de Amor
Só o tempo em nós pode responder, porque perdemos aquilo que mais desejamos... o tempo! - Poeta Almany Sol
Amar-te é perder sorrindo nos confins Do pensamento, deste horizonte sem fim...
Navego ao encontro do vento, Sinto a brisa ardente e Tua presença amada, e me entrego completamente dia e noite ate na madrugada...
As lágrimas são o mais vivo do sentimento, porque são o destilado da dor; são o mais encarecido dos louvores, porque são o preço da estimação; são o mais efetivo da consolação, porque são o alívio da natureza.”
Não importa se seu mundo tá caindo aos pedaços.
Quando você começa a ter mais fé, de alguma maneira linda a vida dá um jeito de ficar melhor.
Sou como o vento que passa perdido na imensidão... Caminhando dia e noite sem rumo e direção levando vida a todos sem nenhuma distinção espalhando alegria em cada coração...
"Sou como o vento que passa sem tédio e sem rancor sou a essência da vida o meu nome é amor"...
Ser como o rio que flui para vida todos os dias mas apenas na tranquilidade do seu leito que segue seu curso pode desembocar em pequenos riachos e com eles buscar o lindo mar com seu infinito...
"Os fracos nunca perdoam e ainda se acham sempre donos da razão. Manipulam, fingem, falam de hipocrisia, porém são os mais legítimos hipócritas. A pequenez de algumas pessoas é tão grande, que as mesmas buscam defeitos e erros nos outros para não sentirem-se sozinhas. Não quero pessoas assim perto de mim..Quero pessoas verdadeiras, pessoas com sorrisos sinceros, que queiram bem aos outros independente de suas virtudes."
Estante
O poema “A Arte de Perder” de Elisabeth Bishop nunca fez sentido para mim, desde o primeiro dia em que o li. Sempre questionei. Talvez por puro egocentrismo ou falta de maturidade, eu não sei. Passei os últimos anos da minha vida acreditando que eu podia ter tudo, que nada podia fugir de mim, que o que eu tenho eu não deveria perder.
Busquei insistentemente não perder nada. Nenhum instante, nenhum minuto sequer, nenhuma chave de todas as portas que eu abri, nenhuma parte de todos os estilhaços que caíram ao meu lado. Se eu perdia, corria pra achar. Se quebrava, corria pra remontar. Quantas noites juntei cacos, pedacinho por pedacinho, colando, remendando. Olhava a estante de longe e pensava: pronto, já dá pra colocar no lugar de novo. Ninguém vai reparar que quebrou. E voltava pra minha vida.
A verdade é que chega uma hora que você olha para a estante com mais cuidado. Com outros olhos. E isso acontece tão raramente. As vezes dura segundos. Você olha, talvez com a intenção dócil de tirar o pó. Pra ver se ainda está ali aquele porta retrato que caiu e você arrumou, dar uma folheada naquele livro que uma vez você emprestou, ouvir o DVD daquela cantora que você amava, o molho de chaves daquela casa antiga que agora está alugada e todos os vasos que já caíram e você colou.
Uma vez – e não faz muito tempo – lembro que joguei tudo no chão. Tudo. Minha estante inteira no chão. Tudo quebrado. O que não quebrou, rasguei, cortei, amassei. E me senti péssima depois. Um dia, voltei na sala. Refiz a estante, arrumei o que tinha quebrado, costurei, colei, remendei. Coloquei tudo no lugar. E o tempo passou.
Mas olhando agora, para minha estante, comecei a ver que não preciso guardar nada disso. Que tem coisas que não servem mais. Que não fazem parte de que sou hoje. Os vasos não ficaram tão bonitos como eram antes. Sim, foram charmosos um dia, mas olhando pra eles agora, posso ver cada remendo. Ao me lembrar dos cortes que fiz para juntá-los, penso até que valeu a pena. Mas hoje, hoje são somente vasos remendados. O retrato não precisa ficar a mostra por que já amarelou com o tempo. O que foi bom, simplesmente foi. Não é mais. Como a canção que hoje já não faz sentido. Como a árvore no fundo daquela foto que hoje não existe mais.
Se eu entendi o poema? Não. Ou ainda não como deveria. Há uma caixa cheia de coisas novas na sala. Mas o medo do novo é destruidor, não é? O novo, por mais que seja cheio é vazio se pararmos pra pensar. O novo não tem passado. Não tem história. O novo acovarda até os mais corajosos. Somos, bem lá no fundo, guerreiros que relutam para aceitar uma nova espada. A gente sabe que a caixa está cheia de novidades, mas não tem força suficiente para ir até elas.
Mas hoje, exatamente hoje, dia dez de outubro de 2013, olhei para as caixas repletas de coisas novas na sala. E mesmo assustada, mesmo com minhas mãos se desviando, meu corpo contestando e meu coração aflito, comecei a abri-las. Sim. Passa pela minha cabeça começar a montar outra estante e deixar essa que já existe como está. Mas não posso, não é? Preciso aprender a perder. Entender “a arte de perder” talvez ou finalmente.
Então, sentadas, eu e Elisabeth Bishop, nessa minha sala, tomando um bom vinho, rimos juntas olhando para minha estante. Cheia de histórias, de lembranças, de vasos inteiros, outros remendados, de fotos amareladas, de cartas que nunca foram enviadas, de belas canções, de sapatos com solas bem gastas, de chaves de casas por onde não entro mais, de relógios com marcador parado.
Me pergunto, em silêncio: por que eu acho que não entendi o poema ainda? Por que eu acho que não faz sentido desfazer de tudo isso? Mas afinal, é meu? Ou tudo é passageiro o suficiente para não precisar de estante?
Encontrei mensagens que eu nunca enviei, estavam perdidas no esquecimento, e a verdade é que fingi que esqueci, que ilusão a minha, viraram memórias em minha mente, mente esta cheia de eternas lembranças.