Perda de Amor
Adeus
Hoje acordei com você na cabeça.
Abri os olhos bem devagar e sob uma feixe de sol dentre a cortina, lembrei do sol dourado que iluminou nosso dia... aquele dia; o dia em que isolados entre um turbilhão de água e muitas sensações, dividimos por igual n'aquele rio... e que Rio.
Abri mais os olhos e senti o cheiro doce do café que vinha da cozinha. Por mais estimulante que possa ser esse cheiro, não desviou meus pensamentos.
'E' e 'se' são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer palavra, mas quando estão juntas, lado a lado, elas têm o poder de assombrá-lo pelo resto da vida.
'E se'... E se? E se?
Eu sei bem como nossa história acabou, mas se o que você sentia naquela época era verdadeiro, então nunca é tarde demais para seguir seu coração e ter coragem de ser exatamente como é.
E se não tivéssemos brigado, e se não tivesse viajado, e se não houvesse Rio, o de Janeiro, e se? E se? E...
O cheiro do café nunca foi tão próximo e tão íntimo ao mesmo tempo, que chego a pensar - na verdade, me vem a certeza que perdi.
Não que perder seja frustrante; perder é uma astúcia. Uma arte misteriosa.
O sol entra com mais força pela fresta entre a janela e a cortina, que posso até sentir o gosto do café pela boca; um gosto confuso; um tanto amargo, um tanto doce, um tanto ácido; mas é gosto de café.
Acidentalmente tantas coisas são perdidas que perder se torna mero acaso.
Perder é tão substancial que me perco um pouquinho todos os dias.
As vezes me perco por horas, horas de mim mesmo; perco a chave de casa, o horário do trabalho, o aniversário, o encontro. E porque não o amor?
Perdi até a viagem que já fiz, e as que não fiz também.
Já perdi um amor paterno, um amor fraterno, um amor carnal... Já perdi um continente meu caro!
Nada disso é imaculado, não muda nada... só resta a tal da saudade.
Mesmo que tudo permaneça um mistério, a arte de perder nem é tão honesta... faz parte.
Levantei da cama e deixei o sol entrar por completo. E o dia sorriu pra mim.
Sorriu dolorosamente como quem quer dizer algo...
Adeus!
É inevitável...
É sempre na calada da noite....
No inicio da madrugada amante dos dormentes, mas amiga e vilã dos corações apaixonados, que me pego pensando em você....
Você começa pensando por pensar
Pensando sem pretensões
Mas essa falta de pretensões geram as mais belas pretensões
Pretensões que você nem ao menos imaginava
Nem ao menos queria...
Mas é um olhar ou outro..
Um detalhe aqui, outro ali...acabam por colocar elas bem ali..
Onde não deveriam estar, mas docemente repousaram...
E profundamente mergulharem dentro de você..
Essa possibilidade...
Essa minha pretensão......
Essa minha insistência.....
Essa mania que insistentemente me persegue
Mania que insuportavelmente me domina
Me ronda....
Me cerca....
Até certo ponto você tenta evitar...
Mas não consegue..!
Cara! É incrível como não consegue...
Você luta.....
Mas perde...
E é o tipo de luta que por algum motivo você ama perder...
É que aqui as vezes a derrota significa vitória....
Ruim é quando a derrota significa perder...
Perder você de vista...
Perder você por perto....
Justo agora que te encontrei...
Tudo isso é como aquela música que você gosta.. mas que de forma prazerosa e insuportável te domina........
Quando você percebe já está cantando......
Você sente que aquela música faz parte de quem você é..
Por isso tudo que você deseja é viver aquela música...
"Degustar a música"
Dançar ao som da música...
Degustar cada letra, palavra, estrofe..
Degustar a melodia...
Cada momento que aquela música te proporciona..
Percebo que minha música já tem nome...
E ela é tão linda....tão doce..
Está tão perto de mim...mas tão longe...
Tão real, mas tão irreal pra mim...
Irreal a ponto de me perguntar se já gostei tanto de alguém antes..
Engraçado como as coisas são..
São os sentimentos e possibilidades mostrando que NESTE âmbito percepção nada tem a ver com perceber..
Mas perecer docemente naquele querer sem ter..
No medo de perder
No medo de ir embora..
DE ÚLTIMA HORA
Quando percebi
Que a ausência do nosso olhar
Tornaria sonho realizado da distância,
Tomo as rédeas
necessárias para virar uma ilusão
Convido- te de ultima hora,
Para sair a brisa do vento
A respirar cheiro de relva
e assistiremos após,
Um espetáculo inédito
Chamado "Nossa História"
Tudo...
De última hora.
VERBO SAUDADES
Saudades,
deveria ser verbo.
Conjugando o ato de sofrer,
o estado de amar,
no pretérito imperfeito de perder.
Descobriu, finalmente, que o não ter era bom. Não ter a livrava de perder e, qualquer coisa era melhor que perder. Porque mesmo quando ganhava, perdia e, ela não suportaria perder mais nada, nem ninguém.
Você nunca vai entender meus motivos e nem minhas dores pq você não estava lá. O máximo que você pode fazer é julgar, apontar, achar, e isto sempre será um problema seu, não meu.
Quem dera me perder nos seus braços
Achar-me em seus lábios,
Morrer em seus beijos
E no seu olhar, ressuscitar.
E no fim tudo que se procura é ser feliz! Mas muitas vezes buscamos coisas grandiosas e não enxergamos que a felicidade está aqui bem perto, nos detalhes e pequenas coisas e qdo nos damos conta passou, perdemos!
Até chegar o dia que temerás me perder
Da mesma maneira que perder-te temo
Quando finalmente sorriremos sem algum motivo
Mas até lá, vamos fingindo que tudo vai bem.
Destino
Sinto que a perco
A cada segundo se afasta
De pouco a pouco
Perco de vista meu mundo
Não existem culpados
Mergulhei em confusão
Ela em seu destino
Quem tomará seu caminho?
Vivo a querer amar-te mais
E assim vejo meu refúgio indo
Sem indícios de querer voltar atrás
Vá, sem ressentimentos.