Percurso
Transformação
O vento, o tempo.
Minha vida, teu percurso.
Exige perseverar no seguimento.
Vencer todo lamento.
Com a força de um urso.
Eu, tão frágil e insignificante.
Tão grande a força desse mundo.
Quão desejo nadar profundo.
Inquieto desde moço.
Mergulho, fundo do poço.
Afogando, sufocado.
Prisioneiro desesperado.
Fôlego ferido.
Coraçao, gemido.
Achei que fosse o fim.
O socorro fugiu de mim.
Gritando, saltitando.
Rasgando as vestes confessei.
Lá no fundo, o chão alcancei.
Atormentado, nem eu sei.
Como sai do poço.
40 anos de desgosto.
A saga que passei.
Prantos e sangramentos.
Cicatrizes e fragmentos.
Entregue, adornado pelo rei.
Foi Jesus.
Resgatou me, eu sei.
Lembrei me de anos, uns 500.
Anseios sedentos.
Vivo, viva a esperança do mundo.
Nessa água é confiável mergulhar profundo.
Que limpa, restaura e edifica.
Recebe a quem suplica.
Arranca das garras do imundo.
Giovane Silva Santos
A vida nos ensinou ao longo percurso o seu verdadeiro sentido
Nos encheu de sintomas de um bom hermeneuta
Para descortinar os atributos do ser humano
Descobrir as as virtudes, desvendar as suas hipocrisias
Nos preparou para enfrentar, resoluto
As boçalidades do dia a dia.
Mãos que transformam fios em linhas,
linhas em percurso,
percurso em arte,
arte em expressão.
Expressão em vida!
Se tens talento e vontade de vencer, desconfia de quem constantemente imagina empecilhos no percurso dos teus projectos, é maldade de quem quer o teu desalento.
A quem no percurso de vida nada aprendeu, na derradeira etapa da sua existência terá o destino que mereceu.
Ser forte não é ausência de lágrimas, ser forte é chorar no percurso porque quem é forte traça metas e vai, vai com a incerteza do que pode encontrar lá na frente, vai com medo, vai insegura mas não desiste de ir, não para. Porquê ser forte é não parar mesmo quando o vento insiste em soprar contra você. Ser forte é rasgar o vento com o próprio peito sem se preocupar com a dor, sem saber se depois de tudo haverá cura ou deixará cicatrizes.
O mais triste não é saber que um dia a jornada termina, mas perceber que durante todo o percurso você apenas andou nos trilhos.
Vida é risco e não nos oferece nenhuma garantia, muito menos teste drive. É no decorrer do percurso que aprendemos a reconhecer os perigos, os obstáculos e a nos desviar deles e, quando isso não é possível caímos, levantamos, seguimos, caímos de novo, nos frustramos, nos decepcionamos, choramos, sofremos e tantas outras vezes nos encantamos, rimos, nos surpreendemos e acertamos. Vida é contradição, vida é isso que acontece entre o sim e o não.
Planejamos o nosso percurso, mesmo sabendo que não podemos controlar a vida. No entanto, cabe a nós dar a chance de nos moldar diante de cada acontecimento. Incube a nós usar a vida ao nosso favor.
Todos nós temos nossa própria caminhada a percorrer. Neste percurso da vida, não podemos deixar de prosseguir, mas seja o que for que tivermos que passar, façamos com amor.
O rio caminha de encontro ao mar, e em seu percurso vai se perdendo até finalmente cansado e quase sem vida chega ao seu destino, assim somos nós vamos nos arrastando pelo caminho da morte até que um dia finalmente ela chega e esfria e endurece nossos corpos finalizando a vida.
Nosso caráter se desenvolve tanto para o bem quanto para o mal, no percurso de nossa existência. A força do caráter se conquista nas alegrias e nas tristezas, sentimentos que nos fazem refletir quem somos. Portanto, precisamos nos esforçar em aproveitar nosso tempo da melhor forma, tendo paciência para que seja sempre bom e honesto.
A vitória, o diploma, são consequência. O gostoso é o percurso e aprendizado com pessoas que viveram essa etapa.
Ao longo
de todo o percurso
Há coisas
que se movem
Tão devagar
Quanto a ferrugem
Mas o curso de tudo
As cores da luz
O ar, o vapor
A percepção
de que um dia pode voltar
A doer
A dor que nem mais doía
Esteja ela onde estiver
No movimento calado
A paisagem desbota
O lento acinzentar das folhas
No voltar atrás
O pranto que brota
Na incerteza, as escolhas
A beleza, o declínio
Nem se nota
O fascínio que não mais exerce
A quase ausência de pressa
Nessa fase da existência
A tocha nas mãos do Sol
A graça do tanto faz
Fragmentos de rocha
Calçamentos de estrada
Um muro, o quintal
As roupas secando no escuro
O varal
Até mesmo o número três
Nem sempre se encontra
Tampouco se os acha
Depois do número dois
Pois esse não volta mais
Quando o nada é tanta coisa
Pelo menos uma vez há de se ver
Assombrações na madrugada
A graça da vida
Tempestuosa, no breu na noite
Procura
Tudo passa
No curso das águas
Move pedras profundas
Pra que essas um dia
Se confundam
Com aquelas que o Sol rachou
O tempo, que resfria o próprio Sol
O encontro da noite com o dia
Solidão da madrugada fria
Até que se quede o Céu.
Mas, tem coisas
Que não há de se ver jamais
Nem no fim
Por que é que será
Que tem coisas na vida
Que pra sempre serão assim?
Edson Ricardo Paiva.