Pequenos textos sobre Morte
Me sinto um pouco mal de aproximar a perda de um amigo à perda de um amor, de uma companheira de vida, que parece pior. Mas aí eu penso que quando falamos de morte, falamos de vida, e das belezas da vida. Então escrever sobre o fim é também tratar do que se viveu. E quando contamos o que vivemos há a oportunidade da memória ficar ainda mais bonita.
Palavras são como brisa suave que acalanta a alma, sentimento fugaz, incapaz de mudar o mundo. O que transforma vidas e constrói legados são as atitudes. A iniciativa certa num momento crítico salva vidas. Já as palavras criam apenas um conforto espiritual preparando a matéria para o seu estado primitivo e mórbido.
Embora você possa nunca ter ido a um enterro, dois humanos do planeta morrem por segundo. Oito no tempo que você levou para ler essa frase. Agora, estamos em quatorze. Se isso é abstrato demais, considere este número: 2,5 milhões. Os 2,5 milhões de indivíduos que morrem nos Estados Unidos por ano. Os mortos separam esses momentos tão bem que os vivos quase não percebem que estão passando pela mesma transformação.
O medo é um grande aliado, pois nos impõe limitações, nos ensina e faz com que nos conheçamos melhor. Atos de coragem, na maioria das vezes, vêm de medos anteriores. Se você não tivesse medo do lobo, não pegaria a pedra para se defender. Quanto ao medo de morrer, só é prejudicial quando se transforma em medo de viver. Muitas pessoas, por temerem a morte vivem constantemente com medo e deixam de fazer várias coisas belas, sem com isso escapar da morte.
Sobre quem amamos, com quem vez por outra brigamos: Quando a lucidez da maturidade nos fizer perceber de uma vez por todas que a vida é finita, e que o tempo corrobora permanentemente para levar cada um a uma morte física, interromperemos o processo de queixas e reclamações pelo que temos de desafiador junto a quem amamos, nos conectando ao entendimento de que um dia, quando tudo passar, quando as pessoas passarem, sentiremos muita saudade delas. Tolice é deixar que atentemos à isso só depois que elas não estiverem mais em nossas estradas caminhando ao nosso lado.
O sistema agora utiliza um meio podre e execrável para atacar e manipular o povo. O sistema viu que fazer confusões e manipulações mentais é um meio muito mais eficiente do que o uso da violência, além de conseguir atingir as massas, a mesma é eficiente, pois uma guerra com uso de violência pode gerar revoltas. Mas uma guerra mental faz com que a pessoa se mate, ou seja o sistema não vai te matar diretamente, mas sim indiretamente. Fazendo você se matar, a manipulação mental é a arma de guerra mais poderosa que existe.
Inevitável fim, que seja na forma justa e merecedora, sem o pesaroso olhar de meus entes queridos, apenas de lembranças nostálgicas, sem prévio julgamento de algum santo milagreiro, nem o terrível desconsolo no purgatório das santas. Desejo uma marcha fúnebre para o corpo já desalmado, desprotegido de rituais santos das velhas a me purificar. Abstenho-me das flores fétidas, das luzes de pavio de vela e da cruz pesando sobre minha mente desfalecida.
A vida tem espetacularmente cada vez mais um preço fictício mais alto e choros cada vez mais breves e temporais bem próximos da corriqueira contumaz banalidade em uma sociedade atônita, indefesa e letárgica perante tanta corrupção, impunidade, insegurança e ilegalidade. O pedido de justiça só perdura provisoriamente em tempo limitado, enquanto arrebanha votos oportunistas, remarcam antigas bandeiras ou vendem mais revistas, noticias e jornais.
Esses dias, depois de um evento, notei a falta de educação e, até mesmo, a falta de empatia de alguns com os outros e notei a minha própria empatia no tratamento das pessoas. Em momentos tão difíceis nós ignoramos as pessoas, preferimos nos afastar a dar algumas poucas palavras de conforto. Nunca percebi o que "meus sentimentos", "meus pêsames", um abraço podem ser tão importantes em um momento tão triste.
A vida é povoada de nãos, de medos, de riscos. E sair da zona de conforto é trabalhoso. Custa coragem, custa tentativa, custa alguns erros, alguns empregos, alguns relacionamentos, algumas certezas. Mas a zona de conforto, frequente e ironicamente, é bastante desagradável. É o trabalho das 8 às 18. O trânsito na ida e na volta. É a mesma comida, a mesma coisa na televisão. O mesmo domingo, as mesmas queixas. A zona de conforto está lá, nos cozinhando em banho-maria, matando os nossos dias devagarzinho, acinzentando nossos hábitos.
Depois do susto, da dor, das lágrimas. Depois do ritual fúnebre, da missa de sétimo dia e do período de luto, esqueça o passado onde ele está, deixe de visitá-lo, de levar flores. Depois que se transforma em passado é impossível devolver-lhe a vida. Pare de reavivá-lo. Isso atrasa o seu crescimento, tanto como pessoa, quanto o espiritual.
"Morrer nada mais é do que voltar a ser o que você era antes de nascer, ou seja absolutamente nada; com a única diferença de que jamais nascerás de novo. Contudo, se assim não o for, todas as outras infinitas possibilidades de vida após a morte, certamente terá conotação de castigo."
Preocupamo-nos com a vida; a vida dos outros, provavelmente e desnecessariamente. Tolice, diria, o nosso prêmio é a morte. Além da morte tens apenas dois lugares para o qual daremos nossa infeliz opinião: O céu, meu não merecimento. Porque nunca nos sentimos dignos de tamanho Amor. O inferno, injustiça divina. Porque sempre temos um culpado para o que não deu certo em nossas vidas.
Eu esqueço o meu mundo pra cuidar do teu, me pego olhando os seus olhos, admirando cada parte do teu corpo e sabendo o quão maravilhoso é o amor, o seu sorriso iluminando a minha escura alma, dando sentido a vida que a muito tempo não tinha luz. Em cada passo teu, em cada movimento, pétalas de esperança caem me rodeando e me fazendo cair em teus braços. O receio de te encontrar novamente se abrange dentro de mim, a impossibilidade dilacera o meu peito, caindo no abismo cavado por mim mesmo.
A dúvida é a argamassa que solidifica a certeza. Ter uma convicção cega e inquestionável sobre tudo, o universo, a vida, a morte, enfim, sem abrir espaço para o questionamento, não representa sabedoria, pelo contrário, indica uma falta de capacidade de perquirir uma verdade genuína que vai além do mero conhecimento imposto.
Na realidade todos estamos mortos. Somente é uma questão de negação/percepção e tempo, mas vai acontecer. Isso é comum desde que o mundo é mundo. Apenas adiamos por artificialidades algo que cada ser vivo que pisou nesse mundo, vai passar. Fora os desesperados que acham poder escapar a qualquer custo, esse é o fim inexorável. Mas isso tudo não importa, pois a morte de alguém sempre vai ser lembrada por seus feitos. De que forma você quer ser lembrado?
Hoje eu marquei no calendário do meu celular o dia que eu vou morrer. Dei uma regra de 3 meses ai, mas era o aniversário da minha mãe. Então escolhi o mês do meu e o meu olho seguiu um número. Se for antes eu não vou ter aguentado e nem ter conseguido nada de que eu poderia ter segurado como esperança. Ainda não sei como vou fazer isso. Ainda.
Tentar manter uma relação em que apenas uma pessoa da o seu máximo é o mesmo que pular de um avião com um paraquedas. No começo da muito medo; Então você começa a sentir uma brisa muito gostosa batendo em seu rosto; Até você se dar conta que está indo em direção a sua morte. E agora, você puxa a corda do paraquedas para salvar a sua vida ou simplesmente morre? Nesse falso amor, ou você se livra dele ou se afunda com ele!
Estar sem chão não é que eu estou pisando nas nuvens , estou sem chão porque alguém que me sustentava só com seu olhar, com suas palavras firmes , com seu jeito de ver as coisas se foi .. Para um lugar ainde não tem dor e nem sofrimento se foi para os braços do PAI não tenho mais lagrimas nem tão pouco sorriso no rosto tenho apenas um sentimento de dor , não dor fisica dor no coração aonde não tem remédio que a faça parar de doer não tem abraços que conforta sentimentos assim ..
Ando vivendo a minha vontade, se eu morresse hoje eu seria eterna, vivi por mim, isso não cabe nos anos, tenho a sensação de ter vivido muito.Fui o meu não, fui o meu sim, não me permito mais ser talvez. A morte não me assusta, vivo aos beijos com o meu tempo, na minha hora tenho que ir, quanto ao agora quero que minha vida seja mais longa que os anos.