Pequenos textos Reflexivos
Por esta janela,
cujo vidro ainda me protegerá do frio,
observo gatos noturnos passearem pelos telhados
e carros atravessarem a ponte, ao longe –
gatos de aço passeando pela noite.
Consigo ver um pouco de mim
refletido no blindex por onde vejo
os gatos, os telhados, a ponte, os carros,
a noite, a cidade.
Não sou tão nítido quanto a cidade;
e assim sou eu.
Erros são orgulhosos
Observo de longe o sucesso alheio
Alheio você quem veio primeiro
mesmo sendo último me fez ressurgir
Antecipou aquilo que é dianteiro
O erro
Meu erro foi deixá-lo ir
Pode não ser pecado
Manter o orgulho ao lado
Mas a dificuldade me oprime
E a opressão é o que torna errado
Detesto lhe dizer
Detesto repensar
Em minha mente os cenários
Querem me matar
A borboleta
Eu observo uma borboleta
Ela pousa em uma violeta
Eu penso como ela vive
Sua vida é tão curta
Elas tem várias cores
Elas voam de flores em flores
São coloridas como um arco-íres
São frágeis como um vidro
Eu as amo
Porque a minha vida trazem cor
Pena que morrem rápido
Elas são tão belas
Como uma flor
Essa borboletas
São tão mágicas que me dão alegria
Quando morrem me trazem tristeza
Mas mesmo assim não paro de ver
a sua linda beleza
Não consegui dizer quem sou...
Fazia tempo que eu não parava para, assim como observo outras pessoas, me observar...
Quem eu sou?
Bruto, doce?
romântico, insensível?
Valente, medroso?
Leal, injusto?
De quantas personalidades eu me visto? Quantas carapuças me cabem?
7, 8, 1, 5... Qual me define?
Com tantos anos, quantos eus se formaram e deformaram?
A verdade...
A verdade é que não importa mais quem eu fui, mas em quem eu estou me tornando agora!
Eu aqui mero anjo triste observo, este tempo ridículo em que o amor pode ser comparado ao dia-a-dia de um trabalhador de classe média;
Com relações apertadas e sufocantes, como um ônibus pela manhã,
Cansadas e desgastadas, como os pulmões de um velho,
Banais e chatas, como relatórios de final de mês,
E mais uma vez como um fumante cansado, deixaram de correr atrás do que é verdadeiro e apenas sentaram- se em um banco de praça e se lamentaram por mais um dia perdido com um falso amor de classe média.
tudo o que vejo, olho, observo e admiro
fica registrado e tatuado na minh'alma
fica um significado puro, de amor extasiado
fica uma flor dentro do meu coracao, enterrada
fica uma dor no espírito elevado
fica uma cor no desenho tatuado
fica um jardim interior bem cuidado
fica um frio na espinha, exagerado
fica uma alma sensível e silenciada
fica uma fé incrível e estimada
fica uma vontade de amar e ser amada!!!
olho para trás e observo
tudo o que ficou
tudo o que me frustrou
tudo o que me transformou
tudo o que me alegrou
tudo o que aprendi
tudo o que arrependi
tudo o que vivi
tudo o que senti
tudo o que falei
tudo o que escutei
tudo o que amei
tudo o que desperdicei
tudo o que consegui
tudo o que possui
tudo o que plantei
tudo o que venci
tudo o que sonhei
tudo o que me tornei
e hoje eu me entrego flores
e digo a mim mesma
parabéns voce sobreviveu
então recomece
inove
tente
invente
faça de tudo
voce ainda não morreu
muito pelo contrário
voce cresceu!!!
❝...Não festejo a desgraça daqueles
que passaram inutilmente pela
minha vida. Apenas observo em
silêncio o estrago que eles mesmo
fizeram na vida deles. E sou feliz
por todos que permaneceram em
minha vida sem precisar pedir que
ficassem....❞
-------------------------Eliana Angel Wolf
AO SOM DO SILÊNCIO
Do fundo da noite
Observo o além...
Estrelas cintilam,
Doce inspiração
Qual prêmio me vem.
Um bando de sonhos
Agita minh'alma...
A brisa carrega
Um cheiro de mato
Que aos poucos me acalma.
Um pouco de vinho -
E mais poesia.
E bailam as horas
Ao som do silêncio
Da noite tão fria!
Ante o túmulo, onde jaz o corpo do pai,<>
Observo uma viúva, alegre e aliviada, cumpridora da palavra empenhada no altar
Foi até que a morte os separesse,
A seu lado, figuras escuras,
os filhos homens do falecido,
cujos corpos apodrecem vivos.
Nada faz apodrecer a carne mais rápido , do que a tanta falta de força, honradez, hombridad, dignidade e caráter.
No Dia dos pais.
VIVA A LEI MARIA DA PENHA!
Te vejo ao longe
Ao longe te observo
Tão pensante
Penso, dou-me esse direito
fantasia, que pensas em mim...
E me entrego à ilusão
Tua figura máscula
Cheiras à âmbar e tabaco
Atiças minha feminilidade
Aflora o meu libido
Tu, homem, bandido...
Quero-o !
...E tu pensas
Flutuas dentro de si
Melancolicamente
Quase poeticamente
E eu, teço versos
Pensando
em ti.
E apesar
da tua distância
do teu distanciamento,
trago-o para junto de mim...
Sempre gostei do céu à noite, me parece infinito, e é assim que me sinto quando o observo: infinito! Com o universo em mim.
Mas então somos só um ponto e eu sou só um grão que faz parte de um conjunto grãos.
Mas isso é maravilhoso, e só de saber que toda essa imensidão é parte de um conjunto bem maior de estrelas e galáxias e que existe mais além do que se pode ver, já vale à pena existir, fico feliz de ser só um grão.
Rosto de mulher
Na minha frente uma foto!
Seu rosto
Observo seu olhar, tentando me encontrar.
Sua boca suave diz palavras nas quais mal consigo interpretar.
Uma viagem além do que posso imaginar.
Estou a sonhar, será que é delírio
Me sinto no deserto onde busco em seu coração uma gota de água para me alimentar a sede.
Esse que de amor não pode esperar para se saciar.
Continuo a te olhar sem achar sequer uma resposta
Vou continuar até a vida me levar e do deserto do seu rosto me salvar
Descobri o que é amar nos simples traços e singelos traços de você mulher !
Daqui não toco o mundo,
Observo-o passando
Lenta e vagamente
Diante dos meus olhos.
Sonho com a vastidão
Do universo, alcançar
O céu e tocar as estrelas.
Fazer viagens, crescer e
Alcançar, conquistar
E retornar ao berço,
Minha terra, meu lar.
Esse é o meu pequeno
Mundo, meu quarto,
Minha casa iluminada
Por luzes artificiais e
A segurança de uma
Noite qualquer trancado
E amparado pelo silêncio
Vazio de uma pequena
Cidadezinha do interior.
A solidão é uma escola, paradoxa, que da perspectiva que hoje observo nos permite encontrar a liberdade e a independência emocional. Nos ajuda a arrancar as amarras do apego afetivo e através da introspecção nos permite conhecer a si mesmo. Mas também nos envolve em nosso próprio egoísmo.
Todos precisam de alguém, e no processo do aprendizado e do autoconhecimento em uma fase da vida é crucial o convívio com alguém que o complemente. Porém hoje considero adequado o q Nietzsche dizia: "Não me roube a solidão se não me oferecer verdadeira companhia."
Sentado à beira da minha vida, observo-a passar,
Procuro os momentos em dela participei,
Esmiúço minhas lembranças procurando os atos que conduzi,
Nas atitudes que tomei para chegar ate aqui,
O incrível que descobri,
É que na trama da minha vida,
Não tive o papel principal!
Não atuei na vida que escrevi...
Por isso, sentado aqui,
Continuo a olhar, vendo minha vida passar,
Não há papel principal, nem texto à decorar,
apenas na plateia, assistindo minha vida passar!
Almas Desertas
Observo sorrisos falsos,
Caminhando por todo lugar,
Em vias longas, infinitas,
Sem nunca em um fim chegar.
Vejo seres distantes,
Que estão sempre prontos para partir,
Humanos armados, desarmados,
Que não conseguem nem na vida persistir.
Eis que vi criaturas misteriosas,
De interior completamente destruído,
Que de esperanças vivem constantemente,
Ao idealizar seus pedaços reconstruídos.
Oh, prisioneiros livres!
Arrebentem já tuas algemas.
A alma no deserto não vive,
A alma no poema se alimenta.
Uma das coisas que observo há tempos. É a capacidade que a alguns tem de fazer sofrer quem tanto ama. Fazendo cobranças ou expectativas que nunca serão atingidas.
E isso por anos!
Transformando toda uma vida num suplicio interminável que só resulta em doenças crônicas ou psicossomáticas para a vida inteira.
Esse é para mim o suicídio mais lento que já ouvi falar.
Às vezes, te observo calada
observo o seu viver, e já me sinto bem
Amar tanto, e tanto ser amada
pensando e sentindo
admirando e sorrindo
Às vezes, na sua ausência, sinto seu cheiro
vejo cada traço, cada detalhe
torcendo para ser meu eterno companheiro
Às vezes, te amo em segredo
Às vezes, amo escancaradamente
amo intensamente, pacientemente
Sereno, sem medo
Amo, amo e amo você
O nome é vida
O sol que não me pertence
A lua que nunca foi minha
As estrelas que observo
E a terra na qual eu vivo.
O mundo onde há a minha água
O solo onde eu fertilizo
Os animais que eu cuido
E os caminhos que eu crio.
O fogo que me machuca
A escuridão que me sufoca
A depressão que me enfraquece
Sou frágil e sou suportável
Temo o meu oposto, a morte
Chamo-me vida, prazer em fazer você existir.