Pequenos textos da Vida
AMANHÃ
A solidão assusta-me
E ao mesmo tempo seduz-me
Mas não quero estar sozinha
A tua ausência dói em mim
A minha alma chora, a tua em mim.
Sobre a mesa está uma carta
Que fala sobre os nossos sonhos
Sonhos, sonhados e não realizados
Tantas coisas de nós, os dois
Escritas numa simples folha de papel
Tantas passagens de nós dois
Das nossas viagens, dos nossos passeios
Vividos e passados em família
Não importa onde iremos amanhã
Nem onde iremos parar
Eu só quero é estar contigo.
O Eu Sou
Como ROSA de um jardim foi desarraigado.
Como LÍRIO DOS VALES foi cortado.
Como HOMEM de dores foi pisado por aqueles que no jardim andavam desatentamente.
Como CAMINHO mostrou aos homens a verdade, mas eles não o compreendeu.
Como OVELHA muda foi sacrificada sem postergar.
Como INOCENTE foi ferido sem motivo algum.
Como AMOR nos mostrou a face do grande EU SOU.
Não quero que a vida me dê todas as respostas.
Quero acordar de manhã e sentir o frio na barriga das incertezas da vida,
Quero tomar café e sair pelo mundo, atrás das minhas próprias descobertas e respostas sobre as questões do mundo. É essa procura pelas respostas, para as perguntas que temos que dá sentido em viver.
Tenho aprendido com a vida, uma dura lição
A coisa certa a se fazer nem sempre é o que agrada o coração
Difícil decisão, mas lindo gesto de carinho e afeição
Quando aquele que prefere estar junto, vê que o melhor é abrir mão
Apesar de tudo, temos que seguir frente na nossa missão
De mesmo das histórias tristes, escrever versos de uma linda canção
Dizem que a gente muda a cada sete anos, dizem que é um ciclo que termina e um novo ciclo que começa.
Passei a acreditar mais firmemente nisso em meio ao meu sétimo ciclo. Foi uma fase de respostas, aprendizado e conhecimento.
O mais interessante é que percebi que os ciclos são interligados como os elos de uma corrente.
Hoje, quase no fim do meu oitavo ciclo, vi que as oportunidades voltam, que temos a chance de acertar, reparar e mudar pendências que ficaram lá atrás.
Certo dia o discípulo se aproxima do Mestre que caminha calmamente e pergunta: Quando me tornarei um Mestre?
O Mestre, sem ao menos olhar o rapaz diz: não sei.
O discípulo impaciente insiste, buscando irritar ao Mestre: E quando se tornou um Mestre?
Novamente, sem ao menos virar-se em direção ao discípulo, o Mestre responde: Não me lembro.
O discípulo já irritado grita: E como sei que é um Mestre de verdade?
Então o Mestre volta-se ao rapaz finalmente, fixa seu olhar no discípulo e diz: Somente um Mestre é capaz de reconhecer outro
Morte
Oposto da vida, sombra da luz
Para alguns assusta, para outros seduz
A morte atrai quando a vida nos trai
É o fio da esperança, letal e sagaz
Doses de estresse, dor e lamento
Estar bem por fora, sofrendo por dentro
Recebo a morte, contente e feliz
Nessa vida infiel
meu melhor eu já fiz
Eu.
Um corpo perdido no espaço, um equívoco, erro da natureza.
A improvável possibilidade da existência.
O erro quântico da física moderna.
A dilatação do espaço/tempo.
O caos eminente.
O Deus dormente.
O ódio concentrado.
A energia acumulada.
O amor.
O sonho.
O sonhador.
A dor.
Eu.
Sorria menina!
Que a vida é um teatro
E olha que engraçado
O ator principal é um palhaço
Sorria menina!
Que o teu sorriso
É o teu melhor alimento
No início da no final do dia
É como pôr do sol
No fim de tarde
É como o arco-íris
Depois da tempestade
Essa tua graça
Que ilumina a alma
Sorria menina!
Essa força que te habita
É de uma menina
Cheia de sabedoria
Da mulher que sempre
Te ensinou na vida
Nesse teatro
Não se fecha a cortina
Sorria menina!
Há muito que te aplaudir
Joyce Amanajás
Você sempre se sente sozinha.
Você sempre se sente triste.
Você sempre se sente Machucada.
Você sempre fica sozinha pelos cantos.
Você se sente sem carinho ,Mal-trada.
Você se sente ignorada,Humilhada.
Você se sente cada vez mais Pisada.
Você se sente sem ninguém, Sempre ignorada.!!
Raiane Oliveira.
Eu acredito que ninguém já nasce com uma razão de vida. Creio que… Essa razão seja algo que as pessoas têm de encontrar por si próprias. Uma razão por termos nascido. Uma razão para continuarmos aqui. Uma razão de viver. Todo mundo precisa procurar e decidir quais são suas razões. Talvez elas estejam num sonho. Talvez num trabalho. Ou quem sabe em alguém.
(Tohru)
Na vida me importei com muitas coisas, e deixei de me importar com outras que eram indiferentes à primeira vista, e que não fazia sentido se importar.
Hoje as que mais importavam não tem significado, enquanto as que não faziam sentido, fazem toda diferença.
Logo percebi que bens materiais são coisas, quem você é importa à quem realmente gosta de você, e que um amOr de verdade é melhor do que amores passageiros.
Aprendi com você Vida.
A vida acabou, no instante em que você partiu o mundo parou.
No silêncio, só o som das batidas aceleradas do meu coração, me endureciam.
Nada mais vi, pois copiosamente meus olhos lacrimejavam, a voz não saía presa por um soluçar constante, florido de angústia e dor...
Quando a porta bateu, como expressão mais triste da despedida onde nada mais restou, a não ser as lembranças dessa nossa história de amOr.
Meu amor!
Minha vida agora faz sentido
Tanto quanto como respirar
Meu viver agora tem um motivo
Somente a você quero me entregar
Meu mundo agora está feliz
Motivos para sorrir não me falta
Vamos andar juntos pelos nossos sonhos
Tentando viver a vida que sempre quisemos
Esse será nosso para sempre
Construiremos um conto de fadas
Vividos por eu e você
No fim contaremos nossas histórias
Tantas incertezas
Tantos desdizeres
Tantas dúvidas
E tantas respostas...
Somos um lindo mar revolto e ambulante.
Procuramos tão longe, o mais difícil, o quase impossível. E quando nossa última primavera na terra chega, no rosto nos brota um sorriso por finalmente perceber, que mesmo sem se lembrar de todos os detalhes, as respostas estavam embaixo de nossos próprios pés, mas como sapateamos incansavelmente, acabamos descuidando nossa atenção, e o mar revolto no fim de tudo se acalma ao findar a bela primavera da vida.
Sobre a morte e o morrer
O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define?
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
(Trecho do Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12-10-03. fls 3. Fonte: Projeto Releitura)
Fio de vida
Já fiz mais do que podia
Nem sei como foi que fiz.
Muita vez nem quis a vida
a vida foi quem me quis.
Para me ter como servo?
Para acender um tição
na frágua da indiferença?
Para abrir um coração
no fosso da inteligência?
Não sei, nunca vou saber.
Sei que de tanto me ter,
acabei amando a vida.
Vida que anda por um fio,
diz quem sabe. Pode andar,
contanto (vida é milagre)
que bem cumprido o meu fio.
Não sou o que vês.
Muito menos, o que não vês.
Sou a parte de mim que vagueia
sem entendimento algum.
E se a vida é um mistério
e eu faço parte da vida,
não tente me decifrar, então.
Apenas me componho em notas musicais
que ora ouço ora danço.
Mas sempre faço parte do meu
e, amiúde, do teu, tão igual,
indecifrável existir.
Na hora do acontecimento não aproveito nada. E depois vem uma ilógica saudade. Mas é que o tempo presente, como a luz de uma estrela, só depois é que me atingirá em anos-luz. Na hora não chego a perceber do que se trata. Parece-me que só sou sensível e alerta na recordação. Quase que vivo, pois, no passado por não reconhecer a espécie de riqueza do momento atual.
O esquecimento das coisas é minha válvula de escape. Esqueço muito por necessidade. Inclusive estou tentando e conseguindo esquecer-me de mim mesmo, de mim minutos antes, de mim esqueço o meu futuro. Sou nu.
O pleno florescer
A semente cresceu,
amadureceu e floresceu.
Surgiu-se espinhos
Na flor que era mocinha.
tornou-se tangível e sensível o seu tecido,
mexido ficou seu coração com a aflição
de uma velha dedução.
Uma atração exterior gerou o amor que deveres sente
por meio de uma solução.