Pequenos texto de Amor
Eu não quero alguém que morra de amor por mim, só preciso de alguém que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu amo, quero apenas que me ame como eu amo não me importo com que intensidade. Quero poder fechar os olhos e imaginar alguém e poder ter a certeza de que esse alguém também pensa em mim quando não estou por perto.
Nota: Trecho de um poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Mario Quintana.
Será que desisti do amor? Que alívio. É um processo que vem se arrastando há uns quatro anos, desde o que chamo de The Big Disaster, agora parece que con-so-li-dou-se. Será que é da idade? Fico ouvindo as pessoas naquele rodenir de ligou?-vou-ligar-não-sei-se-ligo-se-ligar-dizque-saí etc e etc. e acho de uma pobreza alagoana.
Tentar outra vez o mesmo amor. Quem já não caiu nesta armadilha? Se ele também estiver sozinho é sopa no mel. Os dois já se conhecem de trás para a frente. Não precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato favorito de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, está tudo como era antes, é só prorrogar a vigência do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel.
Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei...'
O amor é mesmo feito de coisinhas. Não importa que tipo de amor seja, se esse ou aquele, o meu ou o seu. São sempre olhares, sorrisos, afinidades, coincidências, abraços, paixão, respeito, saudade, encontro. Aprendi que as pessoas amam de formas diferentes, nem menos nem mais. Da forma delas, em silêncio, em palavras, gritando ou sussurrando.
O QUE SINTO POR VOCÊ
Nosso amor é um sentimento
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.
São dois galhos
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.
São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São nossas vozes de amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.
O Jardim do Amor
Tendo ingressado no Jardim do Amor,
Deparei-me com algo inusitado:
haviam construído uma Capela
No meio, onde eu brincava no gramado.
E ela estava fechada; "Tu não podes"
Era a legenda sobre a porta escrita.
Voltei-me então para o Jardim do Amor,
Onde crescia tanta flor bonita,
E recoberto o vi de sepulturas
E lousas sepulcrais, em vez de flores;
E em vestes negras e hediondas os padres faziam rondas,
E atavam com nó espinhoso meus desejos e meu gozo.
Amor e crença
Sabes que é Deus?! Esse infinito e santo
Ser que preside e rege os outros seres,
Que os encantos e a força dos poderes
Reúne tudo em si, num só encanto?
Esse mistério eterno e sacrossanto,
Essa sublime adoração do crente,
Esse manto de amor doce e clemente
Que lava as dores e que enxuga o pranto?!
Ah! Se queres saber a sua grandeza,
Estende o teu olhar à Natureza,
Fita a cúp’la do Céu santa e infinita!
Deus é o templo do Bem. Na altura Imensa,
O amor é a hóstia que bendiz a Crença,
ama, pois, crê em Deus, e... sê bendita!
- Então Charlie Brow, o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul.
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é amor...
Feliz aniversário, prima
Desejo a você mais um ano recheado de amor e alegrias.
Parabéns por ser tão especial na vida das pessoas que
te amam. Parabéns por suportar as dores e sempre vencer
novos desafios. Hoje está mais madura, mais feliz, mais
realizada. Hoje não preciso de rimar ou fazer versos, pois
você já é pura poesia. Te amamos, prima...
EXCLUSIVAMENTE PARA VOCÊ
Há coisas lindas na vida
Poesia, amor e você
Poesia é linda porque é triste
Amor porque existe
Mas como explicar você?
Há coisas incompreensíveis na vida
Deus, saudade e você
Deus se ama e não se explica
Saudade se justifica
Mas como justificar você?
Há coisas inexplicáveis na vida
Criança, sonho e você
Criança não sei se entendo
Sonho não os compreendo
Mas compreendo que gosto muitooooooo de você.
O quarto em desordem.
Na curva perigosa dos cinquenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor
que não se sabe como é feita: amor,
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar
a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais defeso, corpo! corpo, corpo,
verdade tão final, sede tão vária,
e esse cavalo solto pela cama,
a passear o peito de quem ama.
Amemo-nos sem termo nem medida,
pois que só para o amor temos nascido...
Vive por nosso amor! - é o meu pedido,
pois sem tal bem, que valeria a vida?
E se depois da vida já perdida
ainda se amasse. . . Eu, tendo já morrido
pediria outro amor - o bem querido -
para poder seguir gozando a vida.
Gozemos pois, tal como certamente
o primeiro casal no éden, ao ser
aconselhado assim pela serpente.
Que nos perdemos por amar se diz...
Tolice! Outra é a verdade, podes crer:
Só quem não ama sente-se infeliz!
Viver sem um amor, dói, mas se vive.
Dói mais, quando esse amor é platonico.
Não se vive. Simplesmente vemos a vida
passar se remoendo pelos cantos. Isso não
é vida. Se amar procure e fale, se não for correspondido...
...simplesmente espere seu coração, ele em breve
vai bater novamente... por alguem que vai te retribuir.
Apenas espere ele está chegando....
O Amor e a Morte
Sobre essa estrada ilumineira e parda
dorme o Lajedo ao sol, como uma Cobra.
Tua nudez na minha se desdobra
— ó Corça branca, ó ruiva Leoparda.
O Anjo sopra a corneta e se retarda:
seu Cinzel corta a pedra e o Porco sobra.
Ao toque do Divino, o bronze dobra,
enquanto assolo os peitos da javarda.
Vê: um dia, a bigorna desses Paços
cortará, no martelo de seus aços,
e o sangue, hão de abrasá-lo os inimigos.
E a Morte, em trajos pretos e amarelos,
brandirá, contra nós, doidos Cutelos
e as Asas rubras dos Dragões antigos.
ENTRE O SER E AS COISAS
Onda e amor, onde amor, ando indagando
ao largo vento e à rocha imperativa,
e a tudo me arremesso, nesse quando
amanhece frescor de coisa viva.
Às almas, não, as almas vão pairando,
e, esquecendo a lição que já se esquiva,
tornam amor humor, e vago brando
o que é de natureza corrosiva.
Nágua e na pedra amor deixa gravados
seus hieróglifos e mensagens, suas
verdades mais secretas e mais nuas.
E nem os elementos encantados
sabem do amor que punge e que é, pungindo,
uma fogueira a arder no dia findo.
Bastaria as pessoas serem mais sinceras, honestas e humildes, que veríamos comportamentos maravilhosamente diversificados, personalidades espontaneamente interessantes, equívocos rapidamente resolvidos, decisões amplamente mais libertas, preconceitos instantanemente eliminados e atitudes surpreendentemente menos egoístas.
Depois de algum tempo você descobre a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Nota: Trecho adaptado de poema de Veronica Shoffstall. Link
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida (...) mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure.
Nota: Versão adaptada de trechos da crônica "Meus secretos amigos" de Paulo Sant'Ana: Link. A frase é muitas vezes atribuída, de forma errônea, a Vinicius de Moraes
...MaisSabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?