Pequenos poemas de Carinho
" Ao poeta que não sou, desejo estudo
para dissipar toda a ignorância
do poeta que eu acho que sou...
" O frio aprisiona
dentro de casa
em roupas pesadas
em cobertores
mas o frio é especialmente bom para mergulhar
mergulhar numa garrafa de vinho
e tudo irá melhorar...
Que o amor seja diário,
Seja paciente,
Seja atencioso,
Seja carinhoso,
Seja pleno,
Seja honesto,
Seja fiel,
Seja verdadeiro.
Que o amor simplesmente seja amor.
" E eu que de tantas madrugadas, era amante da insônia
não acreditava mais no sonho
a vida por um fio, a esperança abandono
e vem o sol me acordar e dizer
levanta, há vida lá fora,
vem ver as luzes de um novo amanhecer...
Segue a noite devagar,
a lua em seu passeio,
segue também,
espiando a todos,
mandando luzes de carinho
desde o universo
de onde vem os
sussurros de Morfeu,
a ele seremos unos
num só abraço,
tanto você,
quanto eu...
" Hoje estamos renascendo
do ontem que não fomos
certamente amanhã
seremos passados
amortizados dos dias
que ainda nos restam para viver
felizmente...
" E foi só o que pudemos ser
um do outro
sem nada cobrar
interessante a porta estar sempre aberta
e por ela
nosso sonho poder sair
ou entrar...
" Talvez eu seja apenas um louco
achando que por pouco
sou poeta
mas modéstia à parte
dessa poderosa arte
sou ainda incompleto
um quase perfeito idiota
ou um tolo por completo...
Que tal se chegar nesse espaço,
vem, aqui estou a esperar,
quero apenas te dar um abraço
e todo meu carinho te passar !
" Quem vai entender os motivos
da fumaça dos cigarros
ou dos pensamentos voando livres
perpetuando-se em vaidades
as cores não têm efêmeros dias, apenas são
cristais pensam ser eternos
o corpo suporta e ri ao mesmo tempo
e a morte como se fosse a dona de tudo
ronda o mundo...
Olhar
Às vezes
As palavras não expressam
Tudo que se sente ou se quer dizer...
O silêncio nos revela um tesouro
Escondido em um olhar.
Já não digo que te amo,
Pois podes ver em meu olhar.
Edney Valentim Araújo
1994 / 1996
" A violência combatida com violência
a ignorância sendo tratada com mais ignorância
e ainda acharam no meio do caminho a intolerância
o amor desolado, abandonado, solitário
teme agonizar até o fim
mas não desistirá nunca...