Pequeno

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Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações.

O que me deixou triste não foi desistir de você, foi não ter conseguido fazer com que você sentisse o mesmo por mim. Mas tem algo que me conforta e me deixa feliz, aquele seu sorriso, que move o meu mundo e o meu coração.

Ela sorria porque sabia que chorar não adiantaria. Ela sorria porque ela queria disfarçar. Estava cansada de ter que dar explicações de tudo que acontecia em sua vida. Não queria contar os seus problemas, não queria ter problemas, não queria se importar.

Às vezes eu fico me perguntando: Será que vale a pena enfrentar tudo por alguém e, será que alguém enfrentaria tudo por mim?

Eu sou daquele tipo de pessoa que gosta de carinho, conversar, amar, beijar, agarrar, sussurrar no ouvido, rir, chorar, ouvir, cuidar, de fazer quem eu amo feliz. Eu sou aquela pessoa que quando ama, ama de verdade, e que quando diz “eu te amo” é porque está disposto a tudo por você.

Todos temos metas e objetivos em nossas vidas. Por mais que sejam árduas as batalhas, não desista daquilo que acredita. Apenas uma dica: use o amor para conquistar o que almeja!

Sempre estou sorrindo, algumas pessoas dizem que queriam ter a alegria que tenho, apenas sorrio e concordo. Se elas soubessem o que realmente acontece dentro de mim e do meu coração… não diriam isso.

É engraçado, eu me apego tanto às pessoas e me sinto tão importante para elas, mas no final eu sempre descubro que eu nem era tão importante assim.

Como aluno, tinha meus professores como pessoas comuns, hoje no papel de professor, vejo que não somos comuns, somos especiais, pois lembro daqueles seres iluminados que me deram diretrizes à vida!

Sabe o que é mais engraçado nas pessoas? Fazemos planos sem ao menos saber se amanhã estaremos vivos para colocá-los em prática.

Eu finjo não me importar com o que as pessoas falam de mim… Mas no fundo eu me importo, e confesso que às vezes dói.

Quando você se distancia, você começa a perceber quais eram as verdadeiras amizades.

Às vezes também sou imaturo. Não dá pra ser maduro o tempo todo, e isso é até bom. Quando as coisas amadurecem demais acabam apodrecendo.

Tô pecisando de um abraço, de carinho, de uma demonstração verdadeira de afeto, de um pouco mais de atenção, na realidade eu acho que estou precisando me sentir mais vivo, mais amado mais bem entendido.

Você para pra pensar em como você era antigamente e da risada, sente vergonha, fica todo vermelho achando que era uma pessoa idiota, é você realmente era. Mas isso só demonstra o quanto você amadureceu, o quanto cresceu e evoluiu, não tenha vergonha do que você já fez ou foi e nunca se arrependa de nada. Isso não é ser idiota, é ter personalidade.

O negócio é acreditar, é ir atrás, é não ter medo de se arriscar, a vida é boa quando se é vivida intensamente. Mentira. A vida nada mais é que um cativeiro que nos prende em nossos medos e nos ensina lições dolorosas, na maioria das vezes. Por isso muitas vezes temos medo de viver… por não estar preparado para se machucar. Por não saber como as coisas ficarão no final.

Falar verdades é fácil, difícil é ouvi-las.

Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.

Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe

E foi então que apareceu a raposa:
– Bom dia, disse a raposa.
– Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
– Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa, disse a raposa.
– Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
– Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
– Que quer dizer "cativar"?
– Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
– Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
– Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
– Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços".
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
– Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou...
– É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
– Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom. E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia:
– Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
– Por favor... cativa-me! disse ela.
– Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe. Rio de Janeiro: HarperCollins, 2018.