Pequeno

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O mais triste era que eles se amavam. Mas eram jovens demais para saber como amar…

– As pessoas veem estrelas de maneiras diferentes. Para aquelas que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve...

Eis o meu segredo: é muito simples, só se vê bem com o coração.

Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração.

A água pode também ser boa para o coração...

Tu decidiste partir. Vai-te embora!

Feliz é aquele que descobre que a beleza de um deserto esconde um poço!

Não se pode esquecer quem precisa da gente.

Ah! Pequeno príncipe, assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, os segredos da tua triste vidinha. Durante muito tempo não tiveste outra distração a não ser a doçura do pôr do sol.

As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.

Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo.

- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. Minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

Afinal era um amigo, e nem todos têm amigos.

- Ah! Que engraçado! Os dias aqui duram um minuto!
- Não é nada engraçado, disse o acendedor. Já faz um mês que estamos conversando.
- Um mês?
- Sim. Trinta minutos. Trinta dias. Boa noite.

Ei, trata de ser feliz vai.

- Não; não estou enganado. O dia é este, mas não o lugar…

Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

Talvez esse homem seja mesmo um tolo. No entanto, é menos tolo que o rei, que o vaidoso, que o empresário, que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando o apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho. E, sendo belo, tem sua utilidade.

‎Há vitórias que exaltam, outras que corrompem; derrotas que matam, outras que despertam.

Me conquiste que eu serei teu.