Pequeno

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Mas eu não estava seguro. Lembrava-me da raposa. A gente corre risco de chorar um pouco quando se deixa cativar...

A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa.

Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. (…) Mas eu era jovem demais para saber amar.

Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la.

Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras.

O que quer dizer cativar? É uma coisa muito esquecida... Significa criar laços.

Claro que eu vou te machucar. Claro que você vai me machucar. É claro que vamos machucar uns aos outros. Mas esta é a própria condição de existência. Para se tornar primavera, significa aceitar o risco de inverno. Para tornar-se presença, significa aceitar o risco de ausência.

As pessoas deveriam ver o pôr-do-Sol pelo menos uma vez por dia.

Só se pode exigir de alguém aquilo que pode dar.

O essencial é invisível aos olhos.

O Pequeno Príncipe

Nota: Trecho do livro "O pequeno príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.

Mas o vaidoso não ouviu. Os vaidosos só ouvem os elogios.

Vai ver as rosas. Assim compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.

É preciso exigir de cada um o que ele pode dar. A autoridade repousa sobre a razão.

Mais quando a gente fica vermelho, não é o mesmo que dizer "sim"?

– À noite, tu olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será para ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostaria de olhar todas elas... Serão todas suas amigas. E, também, eu lhe darei um presente...

– E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão louco. Será uma peça que te prego...
E riu de novo.
– Será como se eu lhe houvesse dado, em vez de estrelas, montes de pequenos guizos que sabem rir...

Eu sempre amei o deserto. A gente senta numa duna de areia. Não se vê nada. Não se sente nada. E no silêncio alguma coisa irradia.

– As pessoas veem estrelas de maneiras diferentes. Para aquelas que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve...

O que torna belo o deserto, é que ele esconde um poço nalgum lugar...