Os homens em geral ganham muito em não serem perfeitamente conhecidos.
É tão fácil enganar, quanto é difícil desenganar os homens.
O mundo floresce pela vida, e renova-se pela morte.
Pouco espírito inutiliza muito saber.
Somos muitas vezes maldizentes para nos inculcarmos perspicazes.
Os que mais possuem não são os que melhor digerem.
De nada vale a celebridade, quando os grandes crimes também a conseguem.
Os homens probos são menos capazes de dissimulação do que os velhacos.
A mocidade é um sonho que deleita, a velhice uma vigília que incomoda.
O ignorante espanta-se do mesmo que o sábio mais admira.
Os velhos prezam ordinariamente os mortos e desprezam os vivos.
Com pouco nos divertimos, com muito menos nos afligimos.
O hóspede acanhado é um dobrado incómodo para quem o hospeda.
O louvor fecundo distingue menos que a admiração silenciosa.
A intemperança da língua não é menos funesta para os homens que a da gula.
Um homem pode saber mais do que muitos, porém nunca tanto como todos.
O coração enlutado eclipsa o entendimento e a razão.
Os povos desencantados tornam-se insubordinados.
A ambição é um enredo que nos enreda por toda a vida.
Há crimes felizes que são reputados heróicos e gloriosos.
Ajude-nos a manter vivo este espaço de descoberta e reflexão, onde palavras tocam corações e provocam mudanças reais.