A ambição ardente priva a juventude de prazeres para governar sozinha.
O talento não evita que se tenham manias, mas torna-as mais notáveis.
Somos enganados mais vezes pelo nosso amor-próprio do que pelos homens.
Noite. Um silvo no ar.
Ninguém na estação. E o trem
passa sem parar.
O medo e o entusiasmo são contagiosos.
Folgamos com os erros alheios como se eles justificassem os nossos.
Divertimo-nos com os doidos na hipótese de que o não somos.
Uns homens ocasionam os males e exigem que outros os remedeiem.
Não desenganemos os tolos se não queremos ter inumeráveis inimigos.
A clareza é a boa-fé dos filósofos.
A virtude resplandece na adversidade, como o incenso reacende sobre as brasas.
Muitos homens são louvados porque são mal conhecidos.
Nobre e ilustrada é a ambição que tem por objeto a sabedoria e a virtude.
A ignorância vencível no homem é limitada, a invencível infinita.
Leve escorre e agita.
A areia. Enfim, na bateia
fica uma pepita.
O ar. A folha. A fuga.
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.
A vida reluz nos olhos, a razão nas palavras e ações dos homens.
Hábito e rotina têm um inacreditável poder para desperdiçar e destruir.
Suportamos tudo isso, por amor dos eleitos.
A preguiça enfada e quebranta mais que o trabalho regular.