Pensamentos sobre Mim
Eu estou em paz. Me dei conta de que não sou eu quem sai perdendo nessa história. Ponto pra mim. Rumo ao zero absoluto. Zerar todo e qualquer sentimento. Me esvaziar para encher de novo depois, com sentimentos fresquinhos como a primavera.
Atualmente, estou fazendo algumas mudanças em minha vida. Caso você não ouça mais falar de mim, você provavelmente é uma delas.
Não tenha medo de meu silêncio... Sou um louco mas guiado dentro de mim por uma espécie de grande sábio...
De mim, que tanto falam
Quero que reste o que calei
Que tanto rezam por mim
Quero que fique o que pequei
De mim, que tanto sabem
Quero que saibam que não sei...
Não te quero ter porque em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados.
(...) quanto a mim mesma, sempre conservei uma aspa à esquerda e outra à direita de mim.
Não é saudade, porque para mim a vida é dinâmica e nunca lamento o que se perdeu - mas é sem dúvida uma sensação muito clara de que a vida escorre talvez rápida demais e, a cada momento, tudo se perde.
Vocês não sabem nada de mim. Nunca te disse e nunca te direi quem sou. Eu sou vós mesmos.
Porque deveria eu pelos outros sofrer,
quando ninguém por mim irá suspirar?
Tem mais presença em mim, o que me falta.
Eu já tirei mais do álcool do que o álcool tirou de mim.
E eu compreendi que não podia suportar a ideia de nunca mais escutar esse riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.
Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigoso. Me deram um nome e me alienaram de mim.
O amor é irracional, eu lembrei pra mim mesma. Quanto mais você ama alguém, menos sentido as coisas fazem.
Mas quando for a hora de ir embora
sei que, sofrendo, deixarei você longe de mim.
Não me envergonharia de pedir ao seu amor esmola,
mas não quero que o meu verão resseque o seu jardim.
Tenho que ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista. Preciso de paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco sem saída.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil;
Não me firas a mim porque te feres.
Nota: Trecho do poema "O Poço" de Pablo Neruda