Pensamentos sobre Ler
A natureza é racional e revelará seus segredos àqueles que aprenderem a ler e a entender sua linguagem.
Sou um livro aberto, pode me ler à vontade, não tenho nada a esconder.
A tarefa difícil é me compreender nas entrelinhas, nas minhas subjetividades poéticas.
Você pode tentar ler as letras rasuradas neste papel antes que as corrija mas você não sentirá o impacto dessas palavras antes d'eu dizê-las.
Durante toda a sua vida, havia acreditado que bastava uma pessoa ler muitos livros para ser capaz de resolver um problema. Agora, não tinha tanta certeza disso.
Desde que parei de escrever, leio mais do que nunca. Palavras de outras pessoas, não as minhas. Minhas palavras se foram.
O que a literatura faz é o mesmo que acender um fósforo no campo no meio da noite. Um fósforo não ilumina quase nada, mas nos permite ver quanta escuridão existe ao redor.
O que Lacan chama de um sujeito petrificado pelo significante é um sujeito que não faz quaisquer perguntas. A definição mais simples de um sujeito petrificado é a daquele que não se questiona sobre si mesmo. Ele vive e age, mas não pensa sobre si.
A única coisa que separa os roqueiros do analfabetismo absoluto é a necessidade que ele têm de ler o manual de suas Mercedes.
Dia a dia ia-se agravando a minha secreta aversão por tudo aquilo de que se tira proveito. Ler e sonhar, estes narcóticos, eram os meus antídotos, mas as regiões onde são possíveis os atos pareciam-me definitivamente fora de alcance.
Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando for a Londres, escutar Dream’ Bout Me ou ler Nick Hornby.
O meu ideal seria viver tudo em romance, repousando na vida - ler as minhas emoções, viver o meu desprezo delas.
Eu escrevo para nada e para ninguém. Se alguém me ler será por conta própria e auto-risco.
Ler coisas positivas é um processo terapêutico. Encontrar em uma leitura a grata surpresa que aquilo veio direto pra você é uma cura, é um afago espiritual vindo de Deus, por meio de belas e certeiras palavras.
Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa.
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