Pensamentos Sábios
É tolo imaginar que se pode descartar isoladamente nosso ciúme, sendo que só nos livramos dele após uma bela faxina interior.
Não vejo um Mal e um Bem no sentido metafísico, nem tampouco atribuo à espécie humana uma natureza má. O que chamam de Mal me parece apenas a natureza inercial, e o que chamam de Bem, a natureza evolutiva das coisas.
Fazer a melhor escolha deve ser no máximo trabalhoso, nunca aflitivo. Se as circunstâncias que não dependem de nós são um limite, e nossos esforços e capacidades também são limitados, então no fim das contas não houve escolha. Houve apenas e justamente o que nos cabia.
Não seria burrice insistir nessa compulsiva busca pelas melhores ideias enquanto a capacidade de diálogo (algo bem mais primário) permanece atrasada?
O exercício humano se divide em três coisas: ação mental, ação corporal e inação. A ausência injustificada de qualquer uma das três pode e deve ser considerada preguiça.
Ninguém duvida da existência do bem e do mal. Já a grafia com iniciais maiúsculas denota uma notória desassociação de responsabilidades.
A razão última de cada coisa e de todas as coisas nos é tão obviamente inacessível, que automaticamente passa a não nos interessar.
Quando o enguiço da máquina beira a cronicidade, é trivial surgirem vozes bem intencionadas questionando se a roda deveria mesmo ser redonda.
O bolo da felicidade se compõe de uma massa chamada "necessidades comuns" e de uma cobertura chamada "inutilidades individuais".
Prática consciente de injustiça, em si, não existe. O que existe é conceito de justiça que privilegia a si.
Não importa o que você faça, sempre terá alguém para criticar. Portanto, procure agir de acordo com seus instintos, seja fiel aos seus sentimentos, ao seu eu. Como já dizia Nietzsche, "nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo".
Quanto embotamento é necessário para considerar o nascimento e a morte como nossos eventos mais extraordinários, quando a mais simples lógica demonstra o exato contrário?