Pensamentos Sábios
Nós, artistas! Nós, ocultadores do que é natural! Nós, incansáveis e silenciosos andarilhos, em alturas que não vemos como alturas, mas como nossas planícies, nossas certezas!
O homem do conhecimento, ao obrigar seu espírito a conhecer, contra o pendor do espírito e também, com frequência, os desejos de seu coração – isto é, a dizer Não, onde ele gostaria de aprovar, amar, adorar – atua como um artista e transfigurador da crueldade.
Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que realmente conhece.
No fato de um homem bem-educado fazer bem aos nossos sentidos: no fato de ele ser talhado em uma madeira que é dura, suave e cheirosa ao mesmo tempo. A ele só faz gosto o que lhe salutar; seu prazer, seu desejo acabam lá onde as fronteiras do salutar passam a estar em perigo.
Cada partido compreende que interessa a sua própria conservação não permitir que se esgote o partido contrário; o mesmo ocorre com a alta política.
Nós que defendemos outra fé, nós que consideramos a democracia não só como uma forma degenerada da organização politica, mas como uma forma decadente e diminuída da humanidade que ela reduz a mediocridade, onde colocaremos nossa esperança?
Pode-se prometer ações, mas não sentimentos, pois estes são involuntários. Quem promete a alguém amá-lo sempre, ou odiá-lo sempre, ou ser-lhe sempre fiel, promete algo que não está em seu poder; mas...
Esquecemos o desejo de Deus, de que o homem continue se permitindo ser atormentado. A esperança é o pior dos males, porquanto prolonga o tormento.
O que é bom induz a viver. — Todas as coisas boas são fortes estimulantes para a vida, mesmo todo bom livro escrito contra a vida.
(extraído do livro em PDF: Humano Demasiado)
Quando imagino uma espécie de homem que repugna a todos os meus instintos, o resultado é sempre um alemão.
Da escola de guerra da vida: o que não me mata, torna-me mais forte.
Ninguém deseja ajudar os outros, pelo contrário, as pessoas desejam apenas dominar e aumentar o seu próprio poder.”.
O que é tão difícil para os homens compreenderem, dos mais remotos tempos até hoje, é sua ignorância sobre si mesmos!
Eu procurava homens grandes, nunca encontrei mais do que «macacos de imitação» do seu próprio ideal.
O que acontece para a árvore, acontece também para o homem. Quanto mais deseja elevar-se para as alturas e para a luz, mais vigorosamente enterra suas raízes para baixo, para o horrendo e profundo: para o mal.