Pensamentos Góticos
Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A única diferença é... A morte termina. Isso... Pode continuar para sempre.
Jogue-me no oceano com meus antepassados que pularam dos navios, porque sabiam que a morte era melhor do que a escravidão.
Ninguém sabe, na verdade, se por acaso a
morte não é o maior de todos os bens para o homem, e
entretanto todos a temem, como se soubessem, com certeza,
que é o maior dos males.
Não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena.
Não pode um homem ter melhor morte que:
Lutando contra o desconhecido
Pelas cinzas de seus pais e
Pelos templos de seus deuses!
Achei que me convinha mais correr perigo com o que era justo, que, por medo da morte e do cárcere, concordar com o injusto.
A morte de alguém querido é tão difícil de aceitar. Nós nos convencemos de que eles não poderiam morrer.
(...) faze com que eu perca o pudor de desejar que
na hora de minha morte haja uma mão humana amada
para apertar a minha (...)
Quando descobrires todos os mistérios da vida, ansiareis pela morte, pois ela não é senão um outro mistério da vida.
Deixemos de coisas, cuidemos da vida,
senão chega a morte ou coisa parecida,
e nos arrasta moço sem ter visto a vida
ou coisa parecida aparecida
O amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável). O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade.
O suicida não deseja a morte. A sobrevida talvez. O cansaço de ser.
Apagar a lembrança quase intermitente do que é. Ele morre para pontuar.
E colocar um ponto infeliz ao final de sua história.