Pensamentos e poesias de Castro Alves

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Bendito aquele que semeia livros e faz o povo pensar.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n'alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!

Castro Alves
Espumas flutuantes (1870).

Eu já não tenho mais vida!
Tu já não tens mais amor!
Tu só vives para o riso,
eu só vivo para dor.

Castro Alves

Nota: Trecho do poema "Adeus"

Morena Flor

Ela tem uma graça de pantera
No andar bem-comportado de menina.
No molejo em que vem sempre se espera
Que de repente ela lhe salte em cima

A mim me enerva o ardor com que ela vibra

E que a motiva desde de manhã.
- Como é que pode, digo-me com espanto...

Na hora em que a terra dorme
enrolada em frios véus,
eu ouço uma reza enorme
enchendo o abismo dos céus

Castro Alves
ALVES, C., O Poeta e o Poema, 1942

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança

Castro Alves
ALVES, C., Tragédia no Mar

Nota: Trecho de "Navio Negreiro"

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Prendi meus afetos, formosa Pepita...
mas, onde?
No tempo? No espaço? Nas névoas?
Não rias...
Prendi-me num laço de fita!

Castro Alves

Nota: Trecho do poema "O Laço de Fita"

Tu és a estrela vésper que alumia aos pastores das arcádias dos fraguedos.

Castro Alves

Nota: Trecho do poema "Adeus, Meu Canto"

Meus filhos - alimária do universo, Eu - pasto universal.

Castro Alves

Nota: Trecho do poema "Vozes D'Africa"

Tudo vem me lembrar que tu fugiste,
Tudo que me rodeia de ti fala.
Inda a almofada, em que pousaste a fronte
O teu perfume predileto exala
...

Castro Alves

Nota: Trecho do poema "Horas de Saudade"

Amor è um carpinteiro
Que ri com ar de metreiro,
Cerrando forte e ligeiro
Na tenda do coracão...
Põe pregos de resistência,
Ferrolhos na consiência,
Tranca as portas da razão

A praça é do povo como o ceú é do condor.

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Nota: Trecho do poema "O Povo ao Poder"

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Eu sou como a garça triste
Que mora a beira do rio

Castro Alves
Os escravos

Unidas… Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Nota: Trecho de "A Duas Flores"

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Deixa-te disso criança
Deixa-te de orgulho que o orgulho cega
Não vês que esta vida é um oceano
Por onde o acaso navega.

...

Esta poesia não é de Gonçalves Dias, é de Castro Alves.

Que vale um ramo de alecrim cheiroso, que lhe atira nos braços ao passar, vai espantar o bando bulicoso das borboletas que lá vão pousar.

Castro Alves
ALVES, C., Os Escravos. São Paulo: Martins, 1972

Nota: Trecho do poema "Cruz na Estrada"

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Levo a vida sorrindo, embora me custe lagrimas.

⁠Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!

Inserida por joana_adrina

Quando eu era pequeno eu tinha medo do escuro, quando eu cresci descubri que o escuro que causa mais medo mora dentro de mim.

Inserida por JuniorAlves84

São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas,
Talvez no mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas.... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntas as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do Amor

Castro Alves
ALVES, C., Espumas Flutuantes, 1870

Nota: Trecho de "A Duas Flores"

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