Pensamentos do Imperador Marco Aurélio
O nosso corpo é a prova hábil e inquestionável de que, naturalmente, tudo perece com o tempo, com o uso ou mesmo com o seu desuso. Por quê, então, exigimos coisas ou pessoas em nossa vida, ao nosso redor ou de-redor, de forma permanente, de forma perene se tudo nos indica que nada é para sempre ?!!
Se sabemos, como nos dizem os mais velhos, como atestam a psicologia ao dizer que evoluem-se os pensamentos e os posicionamentos de acordo com a idade da pessoa, por quê insistimos, me vão, em aferrarmos nossas idéias em tolas discussões atuais se elas, inevitavelmente, irão mudar até que nos chegue uma nova idade ?
Na soleira da escada aprendemos uma injustiça natural que frequentemente ocorre na vida. Para `subir´ na vida, chegar até o ápice da escada só há um caminho: subir degrau por degrau; não há atalhos: o esforço é inevitável. Para `descer´ aprendemos que basta tropeçarmos para retornarmos ao início duma vez só.
Pode a humanidade extirpar as guerras, as diferenças religiosas, a crueldade, a cobiça e, consequentemente, a desonestidade, a fome, os desastres ambientais, as psicoses atuais e o entorpecimento das almas ? Pode o sofrimento da humanidade acabar ou será o destino do homem, da humanidade, ser simplesmente: desumano ?
A única obrigação do homem é fazer valer a vida e só se faz isso vivendo, ou seja, sendo um ser amável, prudente, honesto, perspicaz e saudável ... o que fizer fora disto faz com que morra a cada gesto, faz com que não viva, não fazendo valer a vida e, portanto, não cumprindo com a única obrigação que possui .... fazer a vida !