Pensamentos Desilusão
VEM
Vem, fica
Sentirás amor
Como nunca sentiste
Repousa, olha-me
Afaga-me, despe-me
Sente-me na adrenalina
Que timidamente te provoco
Do meu ser, num abraço
Que te prende num longo beijo.
Sabes meu amor
Quando toquei no teu corpo
Senti o meu a tremer percebi
Que entraste no meu coração
Sem me pedires autorização.
Amor quando
Os nossos corpos
Se encontram que seja
Numa perfeita harmonia
Como se estivessem
A compor uma bela canção
O amor é uma casa
O amor é liberdade
O amor tem asas
O amor é um ninho
O amor não tem algemas
O amor não é uma prisão
O amor é simplesmente entrega.
São nas vazias
Ruas da minha solidão
Entre prosas e sonetos
Dos molhados becos escuros
Que estão abandonados todos
Os poemas que te escrevi
Durante toda a minha vida
QUERO
Quero ter-te
Quero amar-te
Como se não
Houvesse mais nada
Deste meu querer
Que me torna submissa
Amando-te
Mais do que cobiço
Quero ter-te
Quero amar-te
Mais de mil vezes
Que vivi matei e morri
Desejando-te.
SIM
Cobre-me
Com teu calor
Revela-te a mim
Pois tenho sede
Tenho fome
Fome de ti
Invade o meu corpo
Deseja-me
Dilacera-me
Domina-me
Aquece-me no Fogo
Que me queima
Loucamente
Na Vontade de sentir
A tua boca na minha.
A MINHA
A minha alma está seca
De lentes quadradas
De soltas alegrias
De risos perdidos
De vazios insondáveis
De sonhos violáveis
Doi-me o corpo que mendiga
Perdão, perdão que não consegue
Alcançar de tanto procurar
Nos sonhos perdidos
De uma alma seca, a minha claro.