Pensamentos de Denis Diderot

Só se recorre à injúria quando faltam as provas.

Há homens cujo ódio nos glorifica.

O dinheiro dos tolos é o património dos espertos.

Se a razão é uma dádiva do céu, e se o mesmo se pode dizer quanto à fé, o céu deu-nos dois presentes incompatíveis e contraditórios.

Se, quando somos ricos, temos tudo, qual o interesse em termos mérito e virtude?

Apenas há um dever, o de sermos felizes.

O que hoje é para nós um paradoxo, será para a posteridade uma verdade demonstrada.

Não há nada como as paixões e as grandes paixões para elevar a alma às coisas grandes.

A voz da consciência e da honra é bem fraca quando as tripas gritam.

Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo é indispensável para sermos bons no nosso ofício.

Aquele que de algum modo condena o seu semelhante à felicidade - é feliz.

Há quem morra desconhecido por não ter tido um teatro diferente.

Existem, hoje, cinquenta mil patifes que dizem o que querem a dezoito milhões de imbecis.

O que é a virtude? É, seja qual o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios.

E porquê punir o culpado quando não resulta quaisquer vantagem do seu castigo?

Há muito tempo que o papel de sensato é perigoso entre os doidos.

Faça-se aquilo que se fizer, nunca se perde a honra quando se é rico.

Os erros passam, a verdade fica.

As coisas de que mais se fala entre os homens são quase sempre aquelas de que menos se sabe.

A criança como o homem, e o homem como a criança, prefere divertir-se a instruir-se.