Pensamentos de Sartre
O conceito de inimigo não é completamente certo e claro, a não ser que o inimigo esteja separado de nós por uma barreira de fogo.
Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim.
No amor, um mais um é igual a um.
O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.
Somos indivíduos livres e nossa liberdade nos condena a tomarmos decisões durante toda a nossa vida. Não existem valores ou regras eternas, a partir das quais podemos no guiar. E isto torna mais importantes nossas decisões, nossas escolhas.
A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo.
Não importa o que faremos de nós. O que importa é o que faremos daquilo que fizeram de nós.
A imaginação é como um braço extra, com o qual você pode agarrar coisas que de outra forma não estariam ao seu alcance.
Não há por que não criticar muito severamente quando se tem a sorte de amar a pessoa que se critica.
Lágrimas de um adulto eram como uma catástrofe mística, qualquer coisa como o choro de Deus acerca da maldade do homem.
A experiência mostra que os homens vão sempre para baixo, que é preciso corpos sólidos para os conter.
Quando sou visto, tenho, de repente, consciência de mim enquanto escapo a mim mesmo, não enquanto sou o fundamento de meu próprio nada, mas enquanto tenho o meu fundamento fora de mim. Só sou para mim como pura devolução ao outro.