Limpando o nariz,
lembrei o quanto te amei,
ó linda Beatriz!
LA
Olhando a janela,
notei quão alto pulei,
ó bela Graziela.
LA
É lindo lembra-te
aquelas pernas tão belas
bordando com arte.
LA
Vidrei em Letícia.
Por um triz não fui feliz.
Mas uma delícia!
LA
Ali, bem juntinhos,
beatos, nossos sapatos
olhavam quietinhos.
LA
Lembrar o passado
exuma coisas da bruma
de um tempo mijado.
LA
Um dia, Julieta,
te pulo o balcão e ululo
de amor bem porreta.
LA
O inútil e o fútil
só dão aquilo que são —
o fútil e o inútil.
LA
Rosinha me deu
as rosas mais venturosas —
morei no seu céu.
LA
O belo da vida
é ela, amor, nem ser bela,
mas só distraída.
LA
Crisântemo ou rosa,
nenhuma flor supre uma
mulher, mulher Rosa.
LA
Um dia te faço
um poema com o tema:
Me cede um espaço.
LA
Princesa sonhei-te
com o esposo longe e glorioso...
Foi puro deleite.
LA
Você é bem linda
e bela a deixar sequela
num sonho que finda.
LA
No Largo, Gracinha
pulava corda, mostrava
a linda calcinha.
LA
Deixavas ( recordas? )
de jeito a janela... e, ao leito,
atavas as cordas.
LA
Aquelas tatuagens
( nos teus belos pireneus )
convidam a viagens.
LA
Se mentes a mim,
igualmente a outros mentes —
me orgulhas assim.
LA
Sempre ávido e cúpido,
pilha o homem bem mais que come —
já nasce corrupto.
LA
Muitas vezes vivemos
do que poderia ter sido —
nos esquecemos de que hoje
é a nossa página em branco.
LA