Pensamentos sobre música
Lembrar o que te faz reconhecer
Saudades não vai ter
Pra onde é que quer chegar sem procurar
Achando que a vida é se esconder
Dor, só caindo sei sorrir
Compram dó, dinheiro corta flor
Floresce cimento e queima todo grande mar
Que país que cala?
Sempre medo de gritar
Como vou mudar?
Sempre grito o que achei que é real
Pra quem vou provar?
Não quero vender o que eu sou
Fácil
Morar no canto
Mesmo com dor
Lembrança
Traz saudades
De não ver
Caindo foi
Jogando
E vai soltar as faces
Deixa levar com medo
Vai deixar ir pra frente?
Livrar de tudo, já foi
Eu sinto falta do meu bem
Meu bem, nunca mais ligou
Eu vou embora pra Recife
Amanhã
Pros braços do meu amor
Em tempo de tédio
Abriu o caixão
Pegou os discos
E as fitas
Ligou a vitrola
E ressuscitou os mortos.
Somente uma pessoa sensível tem percepção suficiente para sentir a presença de Deus na beleza de uma canção.
Lá vem você virando na encruzilhada
Tentando disfarçar a cara de quem quer mas não pode ter
Qual foi bebê, é melhor entregar o jogo
Prefere me perder para outro
Meu pai me queria impávido
Eu precisei correr das brigas
Eu aceitei levar uns socos
Eu aprendi com as flores
Ah, se tu pudesses ser o que sou
Aeronave sem asas, prestes a apontar voo
Tu entenderias que sou
Obra inacabada, talvez
Uma apaixonada
Pela vã melancolia
Ah, me fale dos teus medos
Que eu quero fugir dos meus
Preciso fugir dos meus
Ou me conte algum segredo
Pra que eu possa carregar alguma importância
Moça, moça
Não me enlouqueça mais
Ouça, ouça
O que meu coração faz
Quando você se vai ele chora
Se esconde dentro de si
Mas meu dengo, quando tu volta
Ele canta, ele corre, sorri
Ô, amor
Eu fui preso pelo meu cansaço de tentar demais
E depois de tantas decepções
Não sobrou quase nada em mim
E por que ficou tão frio aqui?
Procure um medo meu, eu
Que eu ateio fogo
Pra poder sorrir