Pensamentos sobre música
E fui vendo que meus amigos fui perdendo
Aquilo em mim foi doendo
Comecei a expressar minha dor
Assim aos poucos fui conhecendo
Aquela que hoje é a minha diretriz
Me levanta, me adianta
É o que me faz ser feliz
Amor, tava andando na beira do mar
Contando as horas pra você voltar
Nem vi o tempo passar
Ó, meu guri, vamos sonhar
Você pra mim me faz pensar
Na noite em que você chegou
Pra me acompanhar
Ó, meu bem, não quero falar de amor
Romance que me machucou
E pra cicatrizar
Vai ter que esconder minha dor
E eu sei que era só um passatempo, mas o tempo resolveu parar
Era madrugada numa noite fria, 150 e suas batidas
Coração gelado querendo abraços desse amor que não tinha mais vida
Vai deixando o tempo passar
Com cada cicatriz, cicatriz que não fecha nunca mais
Pra que você ficou se tinha que ir embora, tinha que ir embora?
Pra que me chamou? Ilusão de cada história, história, nossa história
Devagar devagarinho eu chego lá, você vai ver
Atitude não me falta, mas te falta proceder
Continua subestimando, eu adoro surpreender
Ei, irmão
Respeita a minha caminhada
As mina que rima, as mina na estrada
Pra falador que só faz piada
Xinga as mina, não vai arrumar nada
Minha mãe criou uma mulher que é difícil de aturar
É mais fácil vocês surtar, então pode me xingar
Mente perigosa, erva daninha danosa
No tratamento de choque eu me fortaleci
Se eu tocar no seu radinho
Vai ser tão bom confia em mim
Posso preencher todo o espaço
O calor do meu abraço te deixa feliz
Aperta o play e me diz você
Eu aprendi a me virar pra não me machucar
Por mais que eu tema a solidão
Vou, sem medo de errar
Procuro um lugar
Que me seja leito e não prisão
Vai ficar profunda e firme
Vai dançar em todos os cantos
Da minha pele
E soprar todos os barcos de cristal
Sob o manto aquecido
Da minha saudade
Você vai ficar
Sinto muito gostar de você
Pro meu dia passar
Quis ouvir teu rio trazer
Flores num instante
Que eu vou agarrar, eu vou agarrar
Mas vai acabar, mas vai acabar
O que me faz pequeno
Dentro dessa armação
Que me faz sereno?
Que me tira o medo
Que me encontra noutro chão
E me engole aceso
Quem me traz o beijo?
Quem me entrega a pulsão?
Entro em desespero
O que estica o tempo
E entrelaça minha visão
Em fios de desejo?
Então é hora de rasgar amarras
Entender que as vidas são suas
Que quando os heróis se atrasam
É porque vocês ainda não tomaram
As ruas
Corrompendo um país submerso em sua própria ruína
Alguém lucra com a falta
E a falta determina
A guerra
Flor, deusa, queira
Me livrar
De frieiras financeiras
E mórbidas rotinas
Escritórios-purgatório
Nesse imenso velório
Da imaginação
Queira me livrar disso tudo
E me prender à você
Num dissonante
Fuso horário
Até que a morte
Venha nos provar o contrário