Pensamentos sobre música
A vida parece tão patética
Eu gostaria de deixar tudo para trás
Esta cadeira, esta cama
Estas paredes que caem em minha mente
Componho pra não me decompor
Poeta maldito perito na arte
De Arthur Rimbaud
Garçom, traz outra dose, por favor
Que eu tô
Entre o Machado de Assis e o Xangô
Ela fez carinho nas cicatrizes
Na sobrancelha e nos dedos
Disse que eu sou preto divino
E humanos nunca matam deuses
Meu coração é vagabundo
Samba na ponta do pé
Se envolve com todo mundo
Fica fora só quem quer
Mas você benzin
É o meu denguin
E quando chega a noite
Eu só quero te ver
Você não vai ficar comigo?
Porque você é tudo de que eu preciso
Isso não é amor, é fácil de enxergar
Mas, querido, fique comigo
Você é um cara durão
Do tipo de cara realmente malvado
Daqueles que não se satisfazem
O cara com o peito sempre estufado
Muito cara certo entrou na vida errada
Dinheiro sujo compra roupa limpa
Essa é a prova que os opostos se atraem
Entre nossos risos e tretas
Espinhos e violetas
Nosso momento de loucura um tanto um quanto caretas
Você querendo mudar de vestido
E eu querendo mudar de planeta
Seria muita utopia viver de poesia
Num país onde pra cada 3 farmácias que abrem, fecha uma livraria?
Ainda é cedo, amor. Mal começaste a conhecer a vida. Já anuncias a hora de partida. Sem saber mesmo o rumo que irás tomar.
Não sou rosa, não sou pura
Não sou dele e não sou sua
Meu caminho tem mais espinhos
Que a própria rosa nua
Hoje é você quem está sofrendo, amor
Hoje sou eu quem não te quer
O meu coração já tem um novo amor
Você pode fazer o que quiser
Você jogou fora o amor que eu te dei
O sonho que sonhei, isso não se faz
Você jogou fora a minha ilusão, a louca paixão
É tarde demais
Somos quatro desajustados que não pertencem juntos, estamos tocando para os outros desajustados. Eles são os excluídos, bem no fundo da sala. Temos certeza de que eles também não pertencem. Nós pertencemos a eles.