Pensamentos sobre música
Que negócio é esse daí?
É mulher?
Que bicho que é?
Prazer, eu sou arte, meu querido
Então pode me aplaudir de pé
Entre nossos risos e tretas
Espinhos e violetas
Nosso momento de loucura um tanto um quanto caretas
Você querendo mudar de vestido
E eu querendo mudar de planeta
Componho pra não me decompor
Poeta maldito perito na arte
De Arthur Rimbaud
Garçom, traz outra dose, por favor
Que eu tô
Entre o Machado de Assis e o Xangô
A vida parece tão patética
Eu gostaria de deixar tudo para trás
Esta cadeira, esta cama
Estas paredes que caem em minha mente
Você é um cara durão
Do tipo de cara realmente malvado
Daqueles que não se satisfazem
O cara com o peito sempre estufado
O sistema quer você burro,
seja martelo e não prego!
Avesso de tudo, não atendo
a demanda, encomenda
É fardo que eu carrego
Pássaro preso em gaiola
não canta, lamenta
Eu vou voar pelo mundo
Ela é uma bruxa, o feitiço não acaba
Deus me perdoe essa vida macabra
Ando vivendo em um abra cadabra
Tô fascinado por essa diaba.
— Quais são seus interesses?
— Um chalé de frente para a natureza, uma boa companhia e uma noite estrelada, é pedir muito?
Ainda é cedo, amor. Mal começaste a conhecer a vida. Já anuncias a hora de partida. Sem saber mesmo o rumo que irás tomar.
Seria muita utopia viver de poesia
Num país onde pra cada 3 farmácias que abrem, fecha uma livraria?
Meu coração é vagabundo
Samba na ponta do pé
Se envolve com todo mundo
Fica fora só quem quer
Mas você benzin
É o meu denguin
E quando chega a noite
Eu só quero te ver