Pensamentos sobre música
Eu voo lá pro céu
Pra buscar uma estrela pra você
Eu faço uma canção
Pra tentar fazer você não esquecer
Eu paro o mundo
Pra você ficar, cada vez mais perto
E lá no fundo
Eu posso encontrar, de coração aberto
Tudo o que você quiser
Me mostra o teu mundo
Nem que num segundo
Eu seja só seu refém
Te dou meu carinho,
Me faço de ninho
Pra te proteger
De cinza são formadas as tuas nuvens
Que embargam os olhos, te impedem de enxergar
O brilho amarelo do vestido, Sol de domingo
Do teu sorrir e de fazer alguém feliz
Entardece, dorme o sol
Amanhece um farol
Lá no porto desembarcam todos os cansados
Descarregam todos os fracassos
Há um cais seguro pra atracar
Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão
Foi assim, viu
Me vi na sua mão
O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco
A gente foi erguendo o nosso próprio trem
Nossa Jerusalém
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais
Ah, minha nossa! Eu morro todas as noites com você. Ah, minha nossa! Vivo para cada passo seu.
My My My!
Antes mesmo de te conhecer
Caetano já falava de você
Não me deixe só
Antes mesmo de eu entristecer
Todos os sambas já eram pra você
Se é inverno em toda rua
Se a minha cabeça vive na lua
Se o meu coração vaga, é por você
Se empilho as cadeiras no fim da estrada
Se eu jogo confete de madrugada
Se o meu corpo ferve, é por você
Morena, eu sei que você é dona de si
Mas deixa
Esse ano eu vou ser na avenida
O bobo que eu fui na sua vida
Vem cantar, que a vida não vai melhorar
Só um pouco de café
Vem dançar, que aqui não anda fácil assim
Te escrevi uma canção sem fim
É você que é a preguiça, você que é a malícia vem ver
É você que estremece, você que amanhece pra quê?
É você que ignora, vê se não demora a enxergar
Que a moça enjoa, que a moça trovoa, pulsa...
Se o que eu tenho e o que eu sou não valem mais
Se do meu jeito não consegui te alcançar
Agora é aceitar, e me silenciar
E entender que eu não sou pra você
A vida anda tão massa que eu fico bolada
Acho que tudo é armação
Tem câmera escondida dentro da minha casa
Pra filmar minha reação
Um adjetivo bom pra vida é: Louca
Porque pra viver não pode bater bem
Se bem que no fim o mundo está morrendo
E no final de tudo não sobra
Vou me colocar no meu lugar,
Vou me recolher pra te privar
de ver o estrago que ficou,
de sentir o cheiro do horror.