Pensamentos sobre música
Você não poderia surgir agora
Você nem deveria me olhar assim
Alguma coisa diz que é pra eu ir embora
E outra diz que eu quero você pra mim
Você é o fósforo e eu sou o pavio
Você é um torpedo e eu sou um navio
Você é o trem e eu sou o trilho
Eu sou o dedo e você é o meu gatilho
O nosso jogo é perigoso, menina
Nós somos fogo e gasolina
Não levo dor e nem tristeza
Ponho as cartas sobre a mesa
E a ferida cicatriza
Toda pena um dia passa
E o amor vira certeza
Trago na aba da minha saia
Costurada em zigue-zague
Café preto e um cigarro
Seu canto e gargalhada
Ecoando pela casa
O tempo é sua morada
Uma ironia de morar no centro é
Caminhar até a liberdade
Eu moro bem no meio sem olhar pra dentro
E sonho acordado na cidade
O medo me castra e arrasta tudo que eu senti
E eu nunca percebo
Um monstro me abraça, espaço, asas
Vou subir
Pra não ser eu mesmo
É sobre ser selvagem, ter coragem e não
Guardar rancor
É só ver a verdade e acreditar
No infinito amor
Eu só espero que você esteja deitado ao lado de alguém
Que sabe amá-lo como eu
Deve haver uma boa razão para você ter ido
De vez em quando eu penso que você poderia querer que eu
Aparecesse na sua porta
Mas estou com muito medo de estar errada
Eu sei que aquele vestido é o carma, o perfume do arrependimento
Você me faz pensar em quando você era minha
E agora eu estou totalmente na sua, o que você esperava?
Mas você não vai para casa comigo hoje à noite
Meu amor era verdadeiro
O teu era pirata
O meu amor era ouro
E o teu não passava de um pedaço de lata
Meu amor era rio
E o teu não formava uma fina cascata
O meu amor era de raça
E o teu simplesmente um vira-lata