Pensamentos sobre música
As palavras vão e vem
Trocam de lugar
Quanta coisa já pensei
Sem considerar
Todas voltas do planeta
E os mistérios ancestrais
Tantas possibilidades
Esperando no sofá
Quantas estrelas cabem no quintal
Me iluminando no final
Quando o silêncio encontra o seu lugar
É confortável se calar
Onde está não sei
Onde vou te encontrar
Estou a te esperar
No escuro do oitavo andar
Como prosseguir
Sem você pra me guiar?
E olha aonde eu vim parar
Hoje eu tentei falar de amor
Mas ninguém escuta nada
Ela não tem tempo para a dor
Me trocou pela risada
Então eu danço, até o mundo acabar
Finjo que estou bem, ao ver o teu retrato
Me canso, preciso respirar
Não se engane meu amor
Rir não me demonstra nada
Rir de tudo é desesperador
E deixa a alma camuflada
Então é esse o final, tudo tão anormal
Há muito o que dizer, mas tento esconder agora
O esforço abismal, o mar virou canal
E achei que com você poderíamos ver lá fora, não
De novo na imensidão
Eu vou desatando os nós, que me prendem a ti
Me largam aqui outra vez
Sonhando ver outros sóis, que iluminem a mim e a você
Estou a mercê
Do tempo que vai levar, pra esquecer mas não apagar
Sobreviver
Espere a chuva passar, para ver o sol nascer
Mais uma vez
A chuva passou e a sombra do céu migrou para o chão
O sol está lá e eu
Vejo que o fim ensinou a lição que a vida está sempre
A ensinar
A história acabou mas sou grato pelo que vivi
Junto de ti
Diz por que vem
Se no caminho nada mudou
Não quero mais
Da solidão que afoga no tempo
Se o momento é de pensar
quem vai me dar a mão?
Atravessar o vento
Paro pra pensar
Vivo observando e olhando pro céu
No mundo da lua
E a noite a brilhar
Perco a noção do tempo
Quando estou junto ao teu sorriso
Raio estelar
O mundo girando como uma canção
Outros tempos, novos tempos chegarão
Como um astro em movimento a ultrapassar
Os limites desse chão
Mas pouco do que eu sei
Viver talvez nem sei
É tão normal
Tentar me achar aos poucos
Saber quem eu sou
Nunca, talvez
Fumo um cigarro, leio as notícias
Tudo tá errado
Foi o tempo, foi do nada
Foi tudo confete
Confesse que me usou
Enquanto eu tento perceber
O que se passa no amor
Custa mesmo entender
O que se passa em mim
Perdido nessa confusão
Cansado
Eu preciso de você só mais uma vez
Virado, sem mais solução
Lembranças lindas de verão
Vem, eu quero você e mais nada
De manhã ou de madrugada
Vem, dispara em meu coração
Me traz um furacão
Somos estrelas, somos pó
Buscando o divino, a evolução
Será que somos deuses?
Como dizem os ancestrais
Ou pura diversão
De outros seres como nós?