Pensamentos sobre música
Hoje é o fim da tua regalia
Da tua história de querer me abusar
Nunca fui o homem da tua vida
Nunca fui tanto para você me declarar
Estive certo por tanto tempo
Mas você soube bloquear meus pensamentos
Feriu meu peito deixando a paixão desaguar
Ah, quem de nós
Vai enfrentar o caos?
Vai espantar o mal?
Ah, quem de nós?
Vai escolher a paz?
Tentar um pouco mais?
Deixa eu te dizer
Que o amor é fogo que arde forte para dois
Que muda tudo, finda o peito
E só depois
Te enche de pleno prazer
Fácil perceber
Que o padrão virou doença secular
Moldar o corpo se tornou tão instintivo
E a mente parou de malhar
Vou avisar
Vou avisar aos cachorros da rua
Que a minha ferida crua é melhor não lamber
Vou avisar
Vou avisar aos cachorros da rua
Que pro povo pobre, a vingança pode ser mel e prazer
Hoje eu que finjo que você não existe
Se soubesse de onde eu vim, não me sorria
No oposto do sol encontrei o meu posto
E te queimei com meus raios em grande quantia
Adeus céu azul
Mundo em descomunhão
Eu vou pra essa cidade
Pra perto do tal do ego bom
Adeus, adeus céu azul
Não rasga a pele
Fere o coração
Me dê intimidade
Pra deitar e sonhar no teu chão
Eu não me sinto uma pessoa boa mais
Eu não me encontro, só me perco e tanto faz
Eu acho que esqueci como é que voa
Ja andei por vias tortas
Me bateram portas
Ja penei demais
Tenho um maço de receios
Não durmo direito
Onde está meu lar?
Mas se te encontrasse hoje
Ao menos essa noite
Te chamaria pra dançar
Então sigo no desvio
Queimaram todo o pavio
E quanto mais eu lembro do calor que foi
Mais eu sinto frio
Sempre costurando o peito
Moço sem respeito
Procurando paz
Tem vezes que eu penso que é melhor
Largar isso tudo e não arriscar mais
Tem vezes que eu penso que é mais fácil
Não querer demais
Tem vezes que eu penso que é melhor
Bailar a solitude e deixar o cais
Mas você é o mar desse naufrágio
E dói demais
Íris de cor
Borboletas embrulham
Só pra você, oferto o mais belo de mim
Só pra você, fiz essa canção
É amor, emoção
Sons de trovão
Peguei minha caixa de giz
Estendi a mão, se deixa ir
Deixa eu colorir suas paredes brancas
Desvendar as dobras do seu coração
De papel, mel, veneno, mortífero, ingênuo
Menina, você veio do céu
Eu sou Majur, de Salvador
Terra do pelô
Berço da escravização ancestral
Libertação geral
Represento as cores, dores
De um Brasil de Preto, branco, pardo, índio
Eu pensei que você queria isto para a minha vida,
Disse que queria me ver prosperar, você mentiu
Apenas me diga o que você quer de mim
Sentimento pesado nunca quis admitir
Só queria que ela saísse dali
Não queria ela sendo tocada
Não queria ela sendo xingada
Nem que soubesse o que me fez sentir
Eu pago de boa
Banco essa leoa
Que vem gostosa senta e faz
Eu pago de boa
Banco essa leoa
Que tira a roupa e satisfaz
Eu já pensei em abandonar o meu mundo vazio
Só que meus medos fugiram comigo
E eu seria um fracasso em qualquer lugar
Resolvi ficar resolvi ficar