Pensamentos de Eça de Queiroz

Cerca de 55 pensamentos de Eça de Queiroz

A arte é um resumo da natureza feito pela imaginação.

Eça de Queirós
A Correspondência de Fradique Mendes

É o coração que faz o caráter.

Quando não se tem aquilo que se gosta é necessário gostar-se daquilo que se tem.

Pensar e fumar são duas operações idênticas que consistem em atirar pequenas nuvens ao vento.

Eça de Queirós
A Correspondência de Fradique Mendes

Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade.

Eça de Queirós
A Cidade e as Serras

É o comer que faz a fome.

Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as ações - mesmo as boas.

O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia.

O apreço exterior pela arte é a sobrecasaca da inteligência.

Eça de Queirós
Ecos de Paris

Para aparecerem no jornal, há assassinos que assassinam.

O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam.

Curiosidade: instinto que leva alguns a olhar pelo buraco da fechadura, e outros a descobrir a América.

Eça de Queirós

Nota: Versão adaptada de Link

É que o amor é essencialmente perecível, e na hora em que nasce começa a morrer. Só os começos são bons. Há então um delírio, um entusiasmo, um bocadinho do céu. Mas depois! Seria pois necessário estar sempre a começar, para poder sempre sentir?

Eça de Queirós
O Primo Basílio

Que mérito há em amar os que nos amam?

Eça de Queirós
QUEIROZ, E. "Prosas Bárbaras". Porto: Lello & Irmão Editores, 1903.

Nota: Trecho de "A Morte de Jesus", texto originalmente publicado no jornal 'A Revolução de Setembro' (1870). A frase é uma referência clara à Bíblia: Link

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Nos amores deste mundo, desde Eva, há sempre um que ama e outro que se deixa amar.

Eça de Queirós
Eça de Queirós entre os seus: cartas íntimas

Quem não conhece o poder da oração,
é porque não viveu as amarguras da vida!

Os políticos e a as fraldas são semelhantes, possuem o mesmo conteúdo.

Eça de Queirós

Nota: Versão de Link

Não haveria o direito de vencer se não houvesse o direito de perdoar.

O maior espetáculo para o homem será sempre o próprio homem.

Nem a ciência, nem as artes, nem mesmo o dinheiro, nem o amor, poderiam ja dar um gosto interno e real as nossas almas saciadas. Todo o prazer que extraía de criar, estava esgotado. Só restava, agora, o divino prazer de destruir.