Pensamentos de Carl Rogers
Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que eu não sou.
A experiência é para mim a autoridade suprema.
Um elemento que mantém as pessoas fechadas em sua solidão e a convicção de que seu eu real - o eu interior, o eu escondido dos demais - é um eu que ninguém poderia amar.
Com frequência, mesmo em relação aos nossos filhos, amamos para controlar, ao invés de amar porque gostamos um do outro.
A medida que se investe na congruência, torna-se mais consciente de si, aceita-se melhor, adota uma atitude menos defensiva e mais aberta, descobre que afinal é livre para se modificar e crescer.
Quanto mais aberto estou às realidades em mim e nos outros, menos me vejo procurando, a todo o custo, remediar as coisas.
A experiência dos outros não me serve de guia. Apenas uma pessoa pode saber se eu procedo com honestidade, com aplicação, com franqueza e com rigor, ou se o que faço é falso, defensivo e fútil. E essa pessoa sou eu mesmo.
Se lhe for dado a oportunidade, um organismo vivo tende a completar suas mais complexas potencialidades em vez de acomodar-se a satisfação mais simples.
O 'eu' e a personalidade emergem da própria experiência, e não de uma experiência traduzida... para se encaixar a uma estrutura pré-concebida do eu.
Pouco importa que o estímulo venha de dentro ou de fora, pouco importa que o ambiente seja favorável ou desfavorável. Em qualquer uma dessas condições, os comportamentos de um organismo estarão voltados para a sua manutenção, seu crescimento e sua reprodução.